Capítulo Cinco

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Scott Prescott:

— Devia ter me deixado socar a cara daquele cara — Rol reclamou pela sétima vez.

— Esqueça ele — falei novamente e ouvi Levi e Spike rirem. — Você não pode sair batendo nas pessoas assim.

— Mesmo que ela seja um idiota — Rol falou. — Você devia ter me deixado socar ele, chegando em mim e falando tudo aquilo.

— Vejo que você é bem briguento — Spike falou.

Rol se virou para ele e rosnou, e Spike rosnou de volta.

— Parem com isso— Levi falou. — Vamos logo, temos que ir trabalhar ainda.

Assenti, e começamos a andar em direção ao carro de Levi. Fiquei surpreso que o de Spike estava ali perto.

— Até mais tarde! — Spike falou.

— Até, mais tarde! — Nós três respondemos.

Se estão perguntando onde Rol trabalha, ele disse que fica na empresa ao lado da cafeteria onde Levi e eu trabalhamos.

— Aquele cara vai se ver comigo se continuar com a patifaria dele para cima de mim — Rol falou. — Aquele Alvin é um idiota.

Tampei a boca de Rol, pois sabia o que aconteceria se ele falasse demais na frente de Levi. Meu irmão teria um troço ou as pessoas ao nosso redor.

— Rol, para de se estressar à toa por coisas idiotas— falei sério. — Não ligo para o que o Alvin fala. Ele é um idiota que só fala merda.

Rol resmungou, e tirei minha mão da frente de sua boca. Meu amigo assentiu a contragosto.

— Esse seu colega de quarto, ele é bem cabeça-dura — Levi falou.

— Sim, ele é — falei olhando para o meu irmão. — Vamos logo trabalhar.

Levi destravou o carro, entramos, comigo no banco da frente e Rol no de trás. Fomos em direção aos nossos respectivos trabalhos, o que levou vinte minutos da faculdade até a cafeteria. Quando chegamos, Levi já estacionou o carro e descemos. Os dois fomos em direção à cafeteria para começar nossos trabalhos.

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Até que a cafeteria estava bem calma hoje, e digo isso porque tem dias em que aqui é só gritaria e correria para podermos entregar os cafés das pessoas e os lanches que algumas geralmente perdem.

Hoje, apenas três pessoas entraram com bastante pressa, e assim foi meu tempo. Estava à beira de surtar pelo silêncio, afinal, Levi estava ajudando o gerente com algumas caixas no armazém da cafeteria.

Meu surto parou quando uma moça usando um vestido branco e longos cabelos prateados entrou pela porta da frente. Ela andava com delicadeza e parecia estar procurando alguém ou algo, segurando uma carteira branca com um nome que não conseguia ler ou muito menos entender a grafia do nome que pareceu mudar a cada segundo.

Quando sua visão se focou em mim, começou a caminhar na minha direção, sorrindo docemente. Seu sorriso transmitia calma, e seus dentes brilhavam de tão brancos que eram.

— Boa tarde, moça — falei sorrindo. — O que deseja?

Fiquei surpreso ao ver que seus olhos eram prateados e pareciam transmitir grande serenidade, como se transbordassem poder.

— Boa tarde, meu doce jovem — a mulher falou. — Pode me dizer o que tem no seu menu? Nunca saio muito para esses lugares.

— Claro! — Falei e peguei um cardápio que ficava ao lado da máquina registradora, colocando-o ao lado da mulher. Comecei a listar os tipos de cafés e lanches que temos aqui. — Então, o que vai querer?

Líder da Alcatéia (ABO/MPreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora