Capítulo 5

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Acordei e fui fazer faxina com a Nat, afinal íamos sair de tarde e queríamos deixar a casa limpa, deixei a Bia dormindo enquanto organizamos tudo. Bia dormia igual uma pedra, podia quebrar minha casa e ela continuava dormindo. Nat foi ao mercado comprar lasanha de caixinha para comermos antes de sair. Tomei banho, sai enrolada na toalha, entrei no quarto chamando Bia para se banhar também. Vesti minha jogger jeans, um body de renda e meu vans preto, fiz uma maquiagem bem simples. Bia também vestia uma jogger, só que preta, com um cropped preto e um chapéu preto e tênis branco, sua maquiagem era bem mais extravagante e um batom rosa chamando a atenção.

Enquanto eu e Bia esquentávamos as lasanhas Nat já estava terminando de se arrumar, logo Manu chegaria. Mavi e Renata nos encontrariam lá mesmo. Almoçamos e logo Manu já chegou cantarolando.

— Uau Rafa, Uau Bia lindas hein

— Ai ai que boba, falou a gatissima do rolê — falei empolgada

Chamamos o uber, não demorou muito para chegarmos lá, nós já tínhamos nossos copos com tirante desde a primeira chopada que fomos, esperamos as amigas da minha prima e entramos. Começamos a beber muito, era open bar de várias bebidas, nós sempre bebíamos muito, tipo muito mesmo. Quando chegará no finalzinho da tarde nós estávamos trilokas, um cara lindo, alto, loiro, não lembro direito dos outros detalhes chegou em mim e eu o beijei. Quando ele saiu, as meninas gritaram alvoroçadas. Renata e Bia começaram a se beijar, Mavi e Natalia também se beijaram, eu sinceramente não estava entendendo nada daquele rolê, fui buscar mais bebida com Manu, quando voltamos as meninas estavam agindo como se nada estivesse acontecido, dançando felizes. Igor foi buscar a Manu por volta das 19h30, ela já estava mais pra lá do que pra cá. Bia e Renata se beijaram mais algumas vezes, eu não sentia ciúmes dela, mas me incomodava um pouco ver a cena, não sei, fui ao banheiro, minha prima veio atrás de mim, ela já estava caindo.

— Vamos chamar as meninas para dormirem lá em casa?

— Chame

Quando vi, estávamos divididas em dois ubers indo para nossa casa, aquilo me dava uma pontada de estresse, mas estava tão loca que resolvi ignorar. Bianca e Renata não se largavam mais, já estava achando que as duas iam dormir no sofá da minha casa.

Cheguei e fui tomar banho, Nat arrumou a cama dela para dormir com suas amigas, quando sai do banho, minha prima e Mavi já estavam deitadas, fui na sala e pra variar Bianca e Renata estavam quase transando, quando eu interrompi a situação.

— Vão ficar ai?

— Não, vou dormir com as meninas — Renata me respondeu.

— Bianca, vai pro banho, não quero sujeira da rua na minha cama — confesso que estava muito irritada com ela.

Ela tomou banho e veio se jogando na minha cama.

— Rafa, o que você tem?

— Nada, to cansada

— Me beija — ela sussurrou.

— Te beijar? Você tava quase transando com a Renata e agora quer me beijar? Eu hein

— Você também beijou Rafaella e pelo que bem me lembro, você não é minha namorada e nem eu a sua, e me lembro bem de quem foi a de...— antes de ela terminar de falar a interrompi com um beijo, não estava tão bêbada quanto antes, mas ainda estava um pouco bêbada.

Ela subiu em cima de mim, me beijando, afastou seus lábios dos meus beijando meu pescoço lentamente, o beijo era molhado e quente. Ela tentou tirar minha blusa, mas recusei. Puxei sua nuca e voltei a beijá-la, o beijo ficava cada vez mais molhado e quente. Até que Bia tirou a sua própria blusa e eu interrompi toda a situação.

— O que você está fazendo?

— Uai Rafaella, você me beija desse jeito, não quer transar comigo e ainda não posso tirar a blusa? Eu to com calor, relaxa, jamais faria algo que você não quer

— E se eu quiser? — eu sussurro em seu ouvido.

Ela me olha sem entender nada.

— Então você quer?

— Você sabe que eu nunca fiz isso, eu tenho medo, não sei transar com mulher — ela volta a me beijar, passa sua mão por dentro da minha blusa lentamente me fazendo arrepiar, tenta abrir meu sutiã, eu levanto um pouco minhas costas para que ela abra, então ela passa lentamente seus dedos em meus seios, começa a apertar, me fazendo arfar, eu não podia negar que sentia desejo, que estava molhada e que queria aquilo, mas tinha medo da situação, tinha medo de gostar daquilo, negando para mim mesma que já gostava.

Deixo Bia tirar minha blusa, ela faz e começa a beijar meus seios, seu beijo é molhado, me faz arfar, uma de suas mãos aperta o outro seio me fazendo soltar um gemido. Ela se levanta um pouco, pois estava sentada na minha cintura, e retira meu shorts, me fazendo ficar apenas de calcinha. Ela coloca seus dedos sobre minha calcinha, sentindo a umidade dentre minhas pernas, fazendo-a gemer baixinho. Começa a beijar minha barriga, enquanto passa uma de suas mãos lentamente na minha bunda me fazendo arrepiar. Quando finalmente Bia ia tirar minha calcinha eu desisti, não quis mais, eu não estava pronta, eu não queria aquilo, sentia como se não pudesse fazer.

— Chega, eu não quero mais, eu quero dormir — Mentira, meu sexo pulsava e implorava por prazer, mas eu não deixaria aquela situação acontecer.

— Foi algo que eu fiz Rafa? Me desculpa, sério

— Não Bia, você foi ótima, só vamos dormir tudo bem? Me desculpa

Bia virou para um lado e eu para outro e assim adormecemos. Ela foi embora no outro dia de manhã, sua mãe foi buscá-la, eu continuei dormindo, minha cabeça podia explodir a qualquer momento, me sentia mal por colocar a Bia nessa situação, nessa minha descoberta, ela não merecia isso, ela era muito bem resolvida e sabia o que queria. Resolvi que contaria tudo para a Manu, hoje mesmo e pediria sua opinião.

Liguei para Manu dizendo a buscaria para sair comigo, tomei um banho, um remédio, comi o resto da lasanha de caixinha e sai, as meninas continuaram dormindo. Parei no sinaleiro, ele estava fechado então fui ver meu celular que estava apitando, fiquei preocupada achando que podia ser a Nat, quando o sinal abriu e eu não vi, fazendo com que o carro de trás batesse no meu. Quando escutei o estrondo, já era tarde demais. Desci do carro brava, mesmo sabendo que era minha culpa. Do nada, quem sai do outro carro? Isso mesmo, a Gizelly, a professora, aquela que eu estava caidinha.

— Gizelly, me desculpa, é sério, eu pago por tudo

— Nossa Rafaella, é sempre assim?

— Não, me desculpa de verdade, eu pago pelo seu carro, me desculpa — eu estava tão nervosa, como se não bastasse bater o carro, ainda mais o carro dela.

— Você me parece sempre desatenta

— Eu já pedi desculpas, eu vou pagar pelo seu carro e olha, nem foi nada demais, garanto que 2 horinhas na mecânica já arrumam — Por sorte havia batido bem pouco e o estrago era pequeno.

— Fazer o que, eu tenho seu telefone, te mando o orçamento

— Tudo bem, fico no aguardo

Sai com meu carro e pra ajudar cantei pneu, o que pareceu ridículo, ela devia me achar uma idiota e era exatamente assim que eu me sentia infelizmente. 

Você acredita no destino? - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora