O resto do final de semana foi preguiçoso, dormimos, comemos, vimos série. Na segunda-feira, coloquei um vestidinho para ir na aula, buscamos Manu, quando chegamos na aula Bia não tinha vindo, temia que fosse por minha conta, mas esperava que não. Recebi uma ligação da professora Julia durante o intervalo, ela me avisou que estava doente e que uma professora chamada Gizelly substituiria ela e eu a acompanharia na quinta-feira.
Minha semana passou correndo, não fiz nada além do comum, acordei, fui para aula, dormi de tarde, tomei banho, fiz basicamente o que sempre faço. Fiz as pazes com a Bia, ela realmente havia ficado chateada comigo, ela acabou vindo para casa comigo na quinta, passamos o dia juntas, quando fui para a faculdade para a monitoria, deixei ela na estação de metrô.
Cheguei na faculdade e fiquei sentada em um sofá do lado de fora na sala dos professores, quando do nada a mulher bonita, SIM, aquela que eu esbarrei no primeiro dia de aula veio em minha direção.
— Você é a Rafaella?
— S-sim — respondi nervosa
— Tudo bem com você?
— Tudo sim e com você? Sabe o que a professora Julia tem?
— Estou bem sim. Pior que não sei, ela está bem doentinha, pelo que escutei ela está com câncer. A proposito meu nome é Gizelly, mas vou dizer para a classe me chamar de Bicalho, você pode chamar de Gizelly se quiser.
Eu não sabia o que estava acontecendo comigo, eu estava tão nervosa, minha mão tremia e suava, eu nunca me senti assim, não sabia porque estava daquele jeito.
— Tudo bem, srta. Biaclho, pode me chamar de Kalimann então — rimos juntas.
A aula foi incrível, ela era uma excelente professora, eu queria muito contar para alguém, fiquei refletindo se contaria isso para minha prima ou não. Quando a aula acabou desci junto com Gizelly até a sala dos professores.
— Até mais Rafaella
— Até srta.Bicalho
Fui para casa nervosa, cheguei em casa e Nat estava fazendo macarrão para comermos. Já cheguei falando.
— Tá, talvez eu goste de mulher, meu deus
— Oi Rafa, tudo bem comigo também, é a Bia?
— Não, eu não gosto da Bia. No primeiro dia esbarrei com uma mulher e essa mulher dá aula da matéria que eu mais gosto, eu vou surtar, eu queria beijar ela hoje, tanto
— Ela é professora, sem chances, mas te ajudo a achar uma mulher que não seja a Bia para você descobrir se gosta de mulher mesmo
— Não, tem que ser essa mulher
— Rafa??? Ela é professora?
— Mas não minha uai?
— Idai? Não pode, vem jantar
Jantamos em silêncio, aquela mulher não saia mais da minha cabeça, tomei banho, deitei, procurei a rede social dela e nada, não achei absolutamente nada sobre ela, aquilo me intrigava e me chamava a atenção, acabei caindo no sono. Perdemos a hora da primeira aula, Manu estava puta e Bianca mais ainda, pois teve que ver a primeira aula sozinha. Nat e eu não ouvimos o despertador, por isso nos atrasamos, nada deixava Manu mais irritada do que atrasos.
— Eu deveria ter ido de Uber para aula
— Manu, me desculpa
— Tá, tá, tá
Já vi que minha manhã seria uma chatice. Quando sai da aula, passei vigiando a sala dos professores, mas não vi nada. Deixei a Manu em casa e fui para a minha. Aquela mulher não saia da minha cabeça, eu queria tanto poder falar com ela novamente.
Logo que a Nat chegou do estágio recebi uma ligação, era o marido da professora Julia, ele me disse que ela estava se afastando do mestrado, já que estava muito doente. Me repassou o telefone de Gizelly para que eu entrasse em contato para ver se ela ainda queria que eu fosse monitora da disciplina. Eu queria já ter assinado o contrato, ai ela não poderia mudar de ideia. Salvei o telefone e amanhã mandaria mensagem para ela.
...
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Você acredita no destino? - Girafa
Hayran KurguPrimeiramente, oi, meu nome é Rafaella, eu tenho 18 anos e eu curso Direito. Hoje vou contar para vocês a minha história de amor ou de (quase) amor, mas isso vocês só vão descobrir com o tempo.