Oie, eu voltei, fiz um capítulo fofinho para vocês.
...
Confesso que não queria te dar mais chances, pois eu sei a dor de te perder e a dor que sinto cada vez que vai embora e eu não quero mais me sentir assim, então se formos ficar juntas as coisas serão do meu jeito — falo ainda chorando — eu sei o que você sente agora, e saiba que a carta que me escreveu foi muito importante, eu precisava disso. Eu sinto muito pelo que minha mãe fez, eu sinto muito mesmo.
Nós nos abraçamos e dessa vez o abraço foi puro e singelo, como nunca, eu nunca achei que precisasse tanto desse abraço até tê-lo, pela primeira vez me senti protegida nos braços dela, pela primeira vez consegui sentir seu amor por mim, estávamos ali desnudadas de sentimentos uma na frente da outra, não havia mais nada que nos impedisse. Gizelly pediria a conta do emprego hoje, e eu estava feliz por isso, por mais que uma pontadinha de culpa corroesse meu coração, sabia que Gi gostava de dar aulas, mas aquilo seria bom para nós. Nos traria alivio. Marcela e Nat estavam fazendo o almoço enquanto nós ficamos apenas curtindo a presença uma da outra.
Talvez você não me entenda agora, não entenda o porque de eu ter voltado para os braços da Gizelly, talvez você ache que eu não deveria ter o feito, mas eu precisava, se um dia eu me machucar novamente saberei que lutei pelo que acreditei. E como Gizelly me escreveu "Nós duas separadas só nos machucamos" e talvez seja verdade, então eu quero ficar junto de quem eu amo.
Depois de almoçarmos nos 4, me isentei da louça já que ainda precisava ficar de repouso mais uns dias, Gizelly fez todo o trabalho sozinha enquanto Marcela e Nat foram para o ap de Marcela e depois minha prima iria trabalhar. Depois que ela lavou a louça ficamos deitadinhas no meu quarto, assistimos filme, trocamos carinho, foi incrível e eu espero que isso dure. Ainda precisava resolver minhas pendencias com o Rodolfo, mas essa era a menor das minhas preocupações. Gi fez uma sopa para mim antes de sair, pedi para que ela voltasse dormir comigo naquela noite, já que basicamente eu não podia dormir sozinha até meu atestado acabar, e ela assim faria.
Comi minha sopa enquanto conversava com minhas amigas via facetime, contei a elas o final da história com a Gi, e elas ficaram felizes por isso, concordaram que eu devia falar logo com o Rodolfo, eu só queria bloquear ele e fim, mas não era desse jeito então infelizmente amanhã eu teria que resolver isso. Bianca e Bárbara estavam saindo juntas desde o dia que ficaram, o que achei bom, já que as duas se combinam muito, então ela nos contou como estava sendo tudo. Desligamos a chamada e eu coloquei um filme, tomei meus remédios para dor, minha cabeça doía muito, acabei adormecendo, acordei com o barulho da porta, era a Gi. Ela estava com uma cara de choro, ela se sentou e me puxou para deitar em seu colo, ficamos em silêncio, ela acariciou meus cabelos e deu um beijo no topo da minha cabeça. Fiquei esperando-a falar, mas isso não aconteceu.
— O que houve? — perguntei a ela.
— Tá tudo bem agora — ela me respondeu com uma voz embargada.
— Gi, o que houve — falei me levantando para que pudesse olhar em seus olhos, ela estava chorando, acariciei seu rosto e enxuguei suas lágrimas.
— Sua mãe já havia contado tudo, eles não vão me denunciar ao concelho então vou conseguir um emprego em outra universidade ou qualquer lugar que eu vá, só me sinto impotente
— Eu sinto muito — falei a abraçando, eu realmente sentia muito, minha mãe conseguiu extrapolar todas as coisas possíveis, como ela podia ter se metido no trabalho de alguém, ela foi péssima, eu só queria ligar para ela e mandar ela para o raio que o parta, mas eu não podia.
Gi foi tomar banho enquanto mandei uma mensagem ao meu pai lhe contando o que minha mãe havia feito, ele ficou estarrecido com a capacidade de sua mulher de fazer algo tão absurdo, prejudicando alguém, que eu tanto amava. Ele disse que tentaria falar com ela, mas que era para eu ficar tranquila e tranquilizar a Gi, ele inclusive ficou feliz por ela estar comigo e me ajudando, aprecio isso em meu pai.
Quando Gi voltou eu já estava arrumando a cama para deitarmos, fiquei atazanando ela sobre as coisas que ela havia escrito na carta, sobre o quanto ela me amava e me queria, ficamos por um bom tempo brincando, ela ficou acariciando meus cabelos enquanto eu estava deitada sobre o seu peito, eu definitivamente estava sonhando.
Acordei no outro dia com a Gi trazendo café na cama para mim e me enchendo de beijinhos, ela precisava ir para o seu apartamento e resolver algumas coisas para trabalhar no escritório de sua amiga Mariana. E eu precisava ligar para o Rodolfo.
Logo que Gizelly saiu, eu liguei para o mesmo, ele havia acabado de acordar, estava com uma voz rouca, disse que estava feliz em receber minha ligação, mal ele sabia o que eu estava prestes a fazer. Ele me perguntou como eu estava, insistiu em saber o porque eu menti no outro dia quando sai de sua casa e eu apenas enrolei ele, perguntei se ele poderia passar aqui em casa mais tarde, já que eu não podia sair de casa e Natalia estaria em casa, o que seria ótimo. Fiquei deitada assistindo, minha vida estava tediosa, não tinha o que fazer, eu só assistia, dormia, tomava remédio, Bianca e Manu estavam quebrando um super galho para mim na faculdade, não me deixaram lidar com nenhum trabalho, de certa forma era um alivio para mim.
Minha prima e sua namorada chegaram com o almoço, contei a elas sobre Gizelly e sobre o que minha mãe havia feito, elas ficaram bravas, mas não tínhamos o que fazer, Nat resolveu que contaria a seus pais antes que minha mãe o fizesse, eu apenas a apoiei, não sabia mais o que minha mãe poderia fazer. Marcela iria fazer plantão a tarde no hospital e depois viria dormir comigo, então logo que terminou de comer foi para o trabalho. Por volta das 14 horas Rodolfo chegou, Nat foi para o seu quarto para podermos conversar em paz.
Pedi desculpas a ele por não ter contado sobre o acidente, agradeci sua preocupação e cheguei no ponto em que queria, mas antes que eu pudesse começar, Rodolfo foi se desculpando, disse que havia se escrito em um concurso já que estava em seu último ano, mas achou que não passaria, mas acabou que conseguiu a vaga e teria que ir embora logo que o ano acabasse, então não queria alimentar mais um relacionamento já que iria embora e não servia para namoros a distância, na minha cabeça eu só conseguia dar graças a Deus por isso, ele ficou um pouco triste mas como não tínhamos nenhum vínculo emocional foi tudo muito tranquilo.
Talvez minha vida estivesse entrando nos eixos.
...
O que acharam da Gizelly fofinha?
Prometo que a mãe da Rafa irá se redimir, mas por enquanto ela vai fazer o que for para destruir o relacionamento, será que vai conseguir?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Você acredita no destino? - Girafa
FanfictionPrimeiramente, oi, meu nome é Rafaella, eu tenho 18 anos e eu curso Direito. Hoje vou contar para vocês a minha história de amor ou de (quase) amor, mas isso vocês só vão descobrir com o tempo.