Capítulo 8

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Oi gente, o que estão achando da história? Estão gostando?

...

Quando a Natalia desceu daquele carro, eu só pensava em matar ela. Em como eu queria enforcar minha prima.

— Rafaella, eu queria que soubesse que não sou grossa com você — Gizelly interrompe o silêncio, que chegava a ser ensurdecedor.

— Ta tudo bem Gizelly, eu não acho você grossa e como você já disse, você é a professora e eu a aluna, só acho engraçado você não aceitar minha carona mais cedo no almoço e agora querer — o silêncio voltou, só ouvia as nossas respirações.

Quando eu parei no sinaleiro, Gizelly me fitou de cima a baixo, eu fingi que não vi, mas aquilo estava me deixando nervosa, não estava entendendo o que estava acontecendo.

— Você é tão linda Rafaella — engoli seco, o que estava acontecendo? Ela não estava tão bêbada assim, permaneci em silêncio, meus pensamentos gritavam.

— A partir daqui você vai ter que me dizer o caminho, eu não sei qual é

— Rafaella, eu não quero que me leva a mal, olha, eu realmente fui grossa com você, mas aquele é meu ambiente de trabalho

— Gizelly, não estou entendendo onde você quer chegar com isso — Eu realmente não entendia, afinal, o seu ego era tão grande para ela achar que eu minimamente a achava bonita e que por um acaso meu coração palpitava toda vez que a olhava?

— Rafaella, você fica toda nervosa quando está perto de mim, você não me engana

— Continuo sem entender onde você quer chegar — Nesse momento, Gizelly pede para eu parar o carro, continuo dirigindo, não sei para onde, mas eu estava, apenas dirigindo, não sabia o que fazer.

— RAFAELLA, PARA O CARRO — Ela gritou tão alto, a ponto de me assustar, juro que pensei em parar o carro e sair andado, mas infelizmente eu moro em São Paulo.

Parei meu carro.

—  O que você quer Gizelly?

— Rafaella, eu não consigo parar de pensar em você desde o dia em que nos esbarramos na universidade, eu torci tanto para você não ser aluna de Direito e quando percebi você era minha monitora

— Gizelly, infelizmente eu não posso dizer o mesmo, me desculpa — as palavras engasgaram na minha garganta, mas eu não podia me deixar levar, um dia ela me odeia e no outro não para de pensar em mim?

Ela desprende o cinto de segurança e se inclina em minha direção, só sinto sua mão passando pela minha nuca, respirei fundo. Ela me puxou de forma carinhosa em sua direção fazendo com que nossos lábios se encontrassem, começamos a nos beijar, sua língua pediu passagem pela minha boca lentamente, o beijo era macio, molhado, me fazendo arrepiar, senti minha intimidade pulsar. Interrompo o beijo.

— Gizelly, eu não posso fazer isso, preciso te deixar em casa, onde é?

Ela me guiou até o seu apartamento, quando chegamos, ela me deu um beijo demorado na bochecha e em seguida se lamentou.

— Me desculpa Rafa — Quem ela pensa que é? Eu nunca deveria ter beijado ela.

No caminho para casa fui ouvindo música, mas a minha atenção se dava apenas a memória do beijo que acabará de acontecer no meu carro, eu ainda estava com muita raiva da minha prima por ter me deixado sozinha. Não entendi Gizelly, primeiro me tratou igual lixo, não me queria perto, agora me beija do nada? Não podíamos nem andar no mesmo carro e agora ela pode me beijar no meu carro?

Eu estava com muita raiva da mulher, ela não pode brincar comigo como se eu fosse seu brinquedinho. Cheguei em casa, minha cabeça estava um turbilhão, meus pensamentos. Fui tomar um banho para espairecer, coloquei meu pijama, olhei no visor do meu celular e:

Apenas ignorei, quem ela pensa que é, para se achar tão inesquecível assim, eu hein, me bati muito para dormir, na manhã seguinte acordei e avisei para Manu que só iria para a segunda aula, ela disse que também, que era para eu passar buscar ela

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Apenas ignorei, quem ela pensa que é, para se achar tão inesquecível assim, eu hein, me bati muito para dormir, na manhã seguinte acordei e avisei para Manu que só iria para a segunda aula, ela disse que também, que era para eu passar buscar ela. Penso em responder à mensagem da Srta. Bicalho, mas desisto, se ela queria fingir que nunca aconteceu eu iria agir como se nunca houvesse ocorrido mesmo. Dormi por mais meia hora, levantei, coloquei uma calça mom escura, um moletom cropped amarelo e meu vans branco, foi a primeira roupa que vi, peguei um Yogurte e fui buscar Manu, a menor parecia empolgada, mas meu humor estava irritável hoje, não queria papo com ninguém, minha noite que devia ser legal, foi uma bosta.

Quando chegamos na sala, Bia já havia anotado todas as coisas que deveríamos saber sobre a aula que perdemos. Ela estava feliz também, eu não aguentava o bom humor das duas.

— Rafa, você quer minha companhia hoje?

— Dispenso Bia

— Eu assisto a saga crepúsculo inteira com você — Bia sabia como me agradar, eu amo a saga crepúsculo, mas hoje infelizmente isso não mudaria meu humor.

— Hoje não Bi, vai pra Manu — Manu concordou comigo, então eu deixaria as duas na casa de Manu depois da aula.

Eu não quis nem sair da sala na hora do intervalo, as meninas nem ousaram me perguntar o que havia acontecido comigo, eu queria muito que elas perguntassem, mesmo sabendo que eu não contaria, mas eu queria muito contar tudo sobre a noite anterior.

O caminho até a casa da Manu foi um silêncio absoluto, as duas deram um beijinho no meu rosto e saíram do carro, eu só arranquei e fui embora. Tentei ligar para a Natalia, mas ela não me atendeu. Passei pegar um almoço pronto, almocei calmamente e resolvi levar meu carro na mecânica. Deixei ele lá cerca de 14hrs e voltei de Uber para casa, por volta das 18h30 o mecânico me ligou dizendo que ele estava pronto, então fui buscar, ele me cobrou 250 reais, já que só havia dado uma amassadinha. Chegando em casa me deparo com minha prima, eu só tinha vontade de matar ela, mas resolvi ignorá-la.

— Rafinha linda, você me empresta seu carro? Preciso trancar minha matricula — cara de pau, me apronta uma dessa e ainda tem a cara de pau de pedir meu carro emprestado? Nem respondi.

Resolvi arrumar meu guarda roupa, Nati veio se jogando na minha cama.

— Rafa, me empresta, por favor, eu preciso economizar, não posso ficar chamando uber

Silêncio.

— Rafa, me desculpa, por favor

— Sai Natalia, chama um uber do meu celular e não fala mais comigo

— Não custa você me emprestar seu carro Rafaella

— Custa, custa sim

— Meu Deus, que péssima, te aguentar as vezes é difícil

— Que bom Natalia, te aguentar também não é nada fácil, pega essa merda e some

Fiquei mal por ter tratado ela mal, ela não tinha culpa do que havia acontecido, mas se ela tivesse me contado que encontraria alguém na balada, eu nem teria ido, eu não queria ficar de vela e nem ter beijado Gizelly. Na verdade, eu queria beijar Gizelly, mas ela não queria me beija mais.

Você acredita no destino? - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora