Protegendo (terceiro livro da trilogia Salva-me)

Capítulo 16

Angel

— Angel! — A voz grave de Jason soou em um sussurro no meu ouvido.

— O quê? — Perguntei com uma voz manhosa.

— Você está quase fazendo meu autocontrole se esvair.

— Por quê? — Indaguei com ar inocente.

— Não faça de conta que está com tanto frio assim, porque eu posso sentir sua pele quente e o calor que está aqui embaixo do cobertor. — Jason protestou.

Eu ri.

Pelo visto, tinha sido pega na minha artimanha.

Jason e eu estávamos abraçados em conchinha, enrolados numa colcha fina, minhas pernas estavam entrelaçadas nas dele, e suas mãos apoiadas no meu ventre. As estrelas e a lua formavam uma verdadeira obra-prima no céu, transformando nosso hotel a céu aberto em um paraíso.

Maliciosamente, esfreguei minha bunda contra sua pélvis, encaixando perfeitamente meu corpo ao dele. Jason grunhiu irritado e bufou.

— Mas eu estou com frio. Eu juro. — Disse, segurando-me para não rir.

Eu amava brincar com o perigo. E Jason era um perigo tentador.

— Não minta para mim. Eu estou vendo uma gota de suor se formar na sua nuca.

— Não sei do que você está falando.

Me fiz de inocente e me aconcheguei, para provocá-lo ainda mais. Ele suspirou, frustrado, mas apertou meu corpo contra o seu. Puxando meu cabelo de lado, deixou minha nuca e meu ombro expostos.

— Ela está bem aqui! — Ele disse sedutoramente.

Então lambeu a gotinha de suor e beijou minha nuca e foi descendo com beijos pelo meu pescoço. Senti um arrepio percorrer minha coluna e se acomodar no meu ventre. Ele me virou de barriga para cima, mas se manteve acomodado ao meu lado. Os beijos continuaram a traçar uma trilha tortuosa por meu pescoço e clavículas, fazendo-me arquear as costas para cima para expor meu pescoço para ele.

Entreguei-me completamente a ele.

A luz da lua fez os olhos de Jason reluzirem, num verde brilhante iguais de uma pantera espreitando sua presa. E no caso, eu era a presa. Senti todo meu sangue ferver percorrendo em minhas veias e a droga correr através de cada célula do meu corpo, me fazendo estremecer a cada toque e a cada beijo que era depositado em minha pele. Eu sentia tudo mil vezes mais intenso. Jason desceu com sua trilha de beijos chegando até a borda do meu decote. Minha regata cinza não era de um tecido muito grosso, o que deixava uma bela visão dos meus seios e mamilos que já estavam rígidos. Jason ergueu minha regata me ajudando a tirá-la, ele encarou meus seios expostos por alguns segundo e sorriu o sorriso mais malicioso que já dera. Sua boca desceu até o meio dos meus seios, e ali ele começou uma brincadeira excitante, os lambendo, os mordendo e os apertando. Me enchendo de prazer e sensações que jamais havia provado. Seu corpo quente se acomodou em cima do meu, entre caricias e beijos. Senti o peso do seu corpo quando ele se encaixou perfeitamente em mim. Minhas pernas envolveram seu dorso, me fazendo sentir cada parte de seu corpo junto ao meu. Cada movimento que ele realizava sobre mim, me fazia gemer e respirar com mais dificuldade. Ele me beijava com uma necessidade voraz, me fazendo sentir a intensidade de seu amor por mim. De seu desejo.

De repente ele cessou os beijos e caricias, e me encarou, o olhei confusa, mas então, ele segurou a palma de sua mão aberta junto com minha mão no ar.

— Sente isso? Porque eu estou sentindo, e não quero começar a achar que, além de tudo, estou ficando louco. — Ele riu.

Uma vibração estranha, mas gostosa passava de sua mão para minha. Como uma descarga elétrica que trepidava entre nós. Não podia ser vista, só sentida. Era como se de algum modo, estivéssemos nos ligando, nos conectando. Nossas almas estavam em perfeita sincronia, se amando, se unindo em sua verdadeira essência. Então eu sorri. Porque nunca imaginei que iria encontrar o amor verdadeiro, e nunca acreditei em almas que se amam e são destinadas a se encontrarem, no entanto, ali estava a prova. O toque, o sentimento, a emoção em nossos olhares, eram quase palpáveis. Amávamo-nos imensuravelmente, mas, além disso, nossas almas se amavam.

E esse sentimento que explodia através de mim me fez ter a certeza de que esse era o momento perfeito. O momento pelo qual eu esperei. E se não fosse agora, quando seria? Duvido que eu encontre um lugar mais inusitado e um momento mais inoportuno do que esse. Estávamos no meio do nada, sendo caçados por um maldito ser maluco! Então por que não perder a virgindade agora? Ri internamente com minhas ideias malucas. Talvez se tudo desse errado no final, esse momento nem existiria. Pode ser que agora não fosse o momento certo, mas e se não existissem mais momentos como esse com Jason? E se não existisse um futuro para nós e se só o agora era o que teríamos? Amá-lo era a única certeza que eu tinha, então eu faria isso de todas as formas possíveis.

— Jason... — Desviei meu olhar do seu, pois não conseguiria falar o que tinha para falar olhando diretamente em seus solhos. Com um suspiro, tomei coragem e disse:

— Eu quero muito fazer isso com você, na verdade, desde que te vi que quero fazer isso com você — Ri por entre os dentes, nervosamente. — Então, por favor, não diga que não. Eu nunca imaginaria nada tão perfeito como agora, não estrague isso. — O encarei e encontrei seus perfeitos e hipnóticos olhos verdes me observando atentamente. — Eu juro que só vou me concentrar no amor que sinto por você. E se caso percebemos que não possamos nos controlar, tudo bem. Nós paramos.

Jason sorriu e seus olhos brilharam de desejo.

— Então você quis fazer isso desde que me viu pela primeira vez? — Ele chacoalhou a cabeça rindo. — E eu aqui sendo cavalheiro e esperando todo esse tempo.

Não consegui esconder o sorriso que se abrangeu em meu rosto.

Jason se ergueu e tirou a camiseta, expondo seu abdômen perfeito. Não consegui desviar o olhar e não ficar cobiçando. Minha visão aumentada, me fez ter o privilégio de analisar cada músculo definido, cada curvatura dos seus ombros largos e bíceps, e o modo como o V terminava sendo acentuando ainda mais pela calça justa que ele usava. Depois ele tirou seu jeans, de um modo que parecia estar se despindo para meu prazer, para mim me deliciar com suas curvas e nuances. Ele manteve a cueca boxer preta e, tirando a coberta que cobria parte do meu corpo, veio até o meio de minhas pernas e desabotoou meu jeans, os puxando devagar, me deixando cada vez mais nervosa e ansiosa com a antecipação que preenchia meu âmago. Ele tirou minha calça, me deixando somente de calcinha, que por sinal, era minha micro calcinha preta. Ela era minúscula e sexy, feita em um cetim brilhante, que quase o fez engasgar.

"Ah, obrigada, mãe!"

Jason se abaixou lentamente sobre mim, nunca desviando o olhar do meu. Seus olhos verdes neons eram penetrantes e intimidadores. Então espremeu-me contra o chão, me provocando, me excitando, me deixando maluca de desejo. Seu rosnado alto no meu ouvido me fez gemer em resposta, quando eu passei a língua sobre o lóbulo da sua orelha, e o beijei. Agarrei suas costas, cravando minhas unhas tão forte que eu sabia que deixariam marcas e o puxei para mim. Ele beijou meu pescoço e mordeu no mesmo lugar, doeu, mas foi uma dor boa. Um tipo de dor que só me enchia mais e mais de prazer.

Eu me sentia preparada para isso, eu queria isso com Jason. Eu confiava nele, sendo assim, tudo estava sendo fácil, simples e, principalmente, gostoso. Ele se sentou sobre os joelhos e me puxou contra ele, nos ajeitamos em uma posição onde fiquei no seu colo e que pude sentir toda a sua ereção. De um jeito feroz, ele puxou meu cabelo pra baixo fazendo meu pescoço ficar à mercê dele. O que eu gostei muito. A pressão dos puxões do meu cabelo, com o aperto de sua mão na minha cintura e os beijos que ele depositava por meu pescoço e seios, estavam me transformando em algo feroz também. Como se a fera dentro de mim estivesse se libertando. Ele me tomou com cuidado em seus braços e me deitou ao seu lado novamente e, sem pestanejar, rasgou minha pequena calcinha preta de cetim com uma mão, transformando-a em um farrapo de pano. Em um segundo ele estava sem sua cueca e, em outro, já o sentia dentro de mim, se movimentando e me penetrando. Me fazendo sentir dor e prazer em uma mistura alucinante dos dois.

E assim fizemos amor sob as estrelas e o luar, aos sons de corujas e cigarras e, principalmente, das batidas dos nossos corações.