Protegendo (terceiro livro da trilogia Salva-me)

Capítulo 21

Angel

— Angel, acorda amor.

Despertei de meu sonho maravilhoso para acordar e sorrir como se ainda estivesse sonhando. O rosto de Jason me encarando com seus lindos olhos verdes me fazia crer que tudo era possível.

— Bom dia. — Falei timidamente me espreguiçando.

— Hoje não é somente um bom dia, mas o dia, Angel.

— Como assim? — Indaguei com interesse, agora me sentando na cama.

— Acho que encontrei uma maneira de vencermos o Sombra da Noite. — Anunciou com entusiasmo.

— Mas como? Porque as opções de estrangulá-lo, decapitá-lo e destroçá-lo em vários pedacinhos já passaram pela minha cabeça.

Jason sorriu com meu comentário.

— Eu queria pôr em prática todas essas opções, mas acredito que, se o que eu tenho planejado der certo, estaremos livres do Sombra da Noite para sempre.

Jason não quis me contar qual era o plano, só disse que precisava ligar para Allen Carter, e mexer alguns pauzinhos. Ele estava nervoso e ansioso, eu podia sentir.

Ele saiu do quarto usando suas roupas de ontem para ir à procura de um telefone para se comunicar com Allen, enquanto eu me levantei e me vesti. Alguns minutos depois, que me pareceram horas, Jason voltou com uma expressão muito séria no rosto, o que me deixou nervosa.

— E então? — Pedi apreensiva.

— Allen concordou com meu plano, vai nos ajudar... Mas, Angel... — ele segurou minha mão, seus olhos agora continham medo. — Talvez não dê certo, e se não der certo, corremos o risco de morrer. Só vou fazer isso se você quiser. Você confia em mim o suficiente para tentar e para, na pior hipótese, morrer?

Nem precisei pensar duas vezes. Se houvesse um por cento de chance de nos vermos livre daquele bandido, eu faria qualquer coisa. E se eu iria morrer, não vejo motivo melhor do que esse.

Morrer por alguém que você ama é uma morte honrosa.

— Eu confio em você. Se há uma chance de sermos felizes, Jason, eu lutarei até o fim para tê-la.

Ele me beijou, mas pude sentir que o medo era evidente em seu corpo. Ele estava nervoso, apreensivo. Talvez o plano não fosse muito bom, mas tínhamos que tentar.

— Fique aqui no quarto até eu voltar. Você vai estar segura aqui, por enquanto. Preciso que você pense em uma maneira de atrair o Sombra da Noite até nós. Precisamos que ele venha e não só seus capangas. Entendeu?

Assenti.

— Eu vou resolver tudo, meu amor. Vai dar tudo certo. — Não sei se aquelas palavras foram ditas expressastes para mim, pois Jason parecia estar tentando confirmá-las para si mesmo. — Eu te amo.

— Eu te amo.

Depositando um beijo doce de despedida em meus lábios, ele saiu do quarto, me deixando lá sozinha, com medo e incertezas, mas com esperança de que, talvez um dia, pudéssemos viver e não somente sobreviver.

Após duas horas, já podia sentir minha pele coçar sob a roupa, já não estava adiantando passar as mãos nos braços, a ansiedade estava me deixando louca. Pensei em várias alternativas de como fazer o Sombra da Noite vir até nós, mas nada parecia um plano bom o suficiente. Ele era covarde, não queria sujar as próprias mãos. Seria difícil fazê-lo vir até nós. Porém, como todo gato, Robert Petrova era manipulador e curioso. Então eu não precisava fazê-lo acreditar em mim, apenas se sentir curioso o suficiente para vir até mim.