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Thayná 💫


Nós tinhamos chegado na minha casa, o terror tava na cozinha conversando com minha mãe enquanto eu terminava de arrumar as coisas.

A porta foi aberta e eu olhei pra ela vendo meu pai.

Thay: sai daqui.

Rogério: entende Thayná.

Thay: entender o que? Que você me vendeu por que pegou droga na boca e não tinha dinheiro pra pagar?

Rogério: eu não podia ficar com dívidas.

Thay: A solução foi me vendendo?

Rogério: era o jeito se não eles me matavam.

Thay: e a mamãe? - fiquei em pé olhando pra ele. -dinheiro com droga você gasta mas com ela não né!?

Rogério: você não tem o direito de falar assim comigo. - chegou perto de mim. - enquanto você estiver de baixo do meu teto você não fala assim comigo. - soltei uma risada irônica.

Thay: seu teto? Por favor, quem trabalha pra pagar aluguel? pra colocar comida nessa casa? Eu, eu faço tudo isso, você é um vagabundo que é sustentado pela filha.

Rogério: tua mãe também é sustentanda por você.

Thay: é totalmente diferente, minha mãe tem uma doença, ela precisa receber cuidados, ja você só tem vício mesmo.

Rogério: Olha como você fala comigo. - apertou minha bochecha. - eu sou seu pai e mereço respeito.

Thay: você não é meu pai, você nunca  foi meu pai. - falei chorando.

Rogério: não fala assim minha filha. - alisou minha bochecha. - papai te ama.

Thay: não ama nada, você sempre disse que nunca me viu como sua filha. - dei um tapa na mão dele. - eu só não conto pra minha mãe por causa da doença dela, ia prejudicar mais ainda.

Rogério: cala sua boca. - deu um tapa no meu rosto e eu virei a cara por conta do impacto.

Thay: eu te odeio. - olhei pra ele. - você nunca vai mudar, nunca, sai daqui. - ele continuou ali parado. - Sai daqui agora. - falei mais alto e ele saiu.

Sentei na cama passando a mão na testa e respirando fundo.

ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora