Marianne On
Passou- se alguns dias desde que o vi e disse aquelas palavras, nem eu o procurei e nem ele me procurou. Ficou assim, desse jeito, e isso está me torturando. Não saber como ele está me preocupa, suas crises estão frequentes e pelo que venho lendo um dos principais sintomas é a automutilação, onde a pessoa se fere por vontade própria.
Já havia visto as cicatrizes espalhadas pelo seu corpo, algumas são profundas e outras pequenas que quase não se vê. Isso me preocupa, me preocupa em saber que ele pode se machucar ou até mesmo tirar sua própria vida. A mistura de seus sentimentos são uma total confusão pra mim e mesmo eu pesquisando a fundo sobre o assunto, ainda é muito novo pra raciocinar.
Um outro sintoma que acaba comigo é ver que a mesma vontade que ele tem de ficar comigo se dizendo apaixonado, é também ao mesmo tempo a desvalorização e insignificância com a minha pessoa.Isso me dói de uma tal maneira que não consigo explicar, eu o amo, o amo como nunca amei alguém mas essas descobertas estão me fazendo ter dúvidas.
Será que ele também me ama?
- Mari? - ouço uma voz feminina chamar minha atenção.
Fecho o notebook que estava em meu colo o colocando ao meu lado da cama, levanto meu olhar notando que Cris estava parada na entrada do meu quarto me olhando com seus olhos grandes e verdes.
- Entra amiga. - abro um leve sorriso olhando minha amiga vir até mim se sentando ao meu lado.
- Como você está?
Essa pergunta nem eu sabia como responder. Apenas suspirei sentindo algumas lágrimas caírem pelo meu rosto, e Cris me puxar para os seus braços onde me
abrigou em um abraço confortante. Cris sempre esteve ao meu lado nos momentos que precisava de alguém, e lá estava ela, eu agradeço a Deus por tê-la ao meu lado.Sinto suas mãos passarem por todo meu cabelo onde acariciou levemente os mesmos, tento controlar as lágrimas que caiam pelo meu rosto mas foi em vão. O soluço que estava preso em minha garganta soltou-se intensificando meu choro, eu nem sei o porquê que estou chorando sendo que não fiz absolutamente nada. Mas a falta que ele está me fazendo me faz sentir um vazio, era como se ele fosse uma parte de mim agora, mesmo que ele tenha todos os problemas do mundo eu o amo, o amo do jeito que ele é.
- Ei, ei, tá tudo bem amiga. - a confortante voz diz me fazendo olha-la onde a mesma tinha um sorriso em seus lábios. - Eu sei que está sentindo falta dele, e te ver assim me faz odia-lo mais.
Solto um riso fraco limpando meu rosto molhado pelas lágrimas. Eu havia contado tudo o que aconteceu para ela, e isso fez sua "raivinha" por Tom aumentar um pouco, ela sabe do que ele sofre mas mesmo assim acha que ele deveria vir falar comigo, o que tenho certeza que isso não passou pela cabeça dele.
- Ele não tem culpa Cris, foi eu que me precipitei e disse aquilo. Como eu fui burra!. - levo minhas mãos até meu rosto o cobrindo sentindo as malditas lágrimas virem de novo.
- Não se culpe por expressar seu sentimento ok? -sinto ela tirar minhas mãos do meu rosto.- O babaca dessa história é ele, agora pare de chorar e se arrume.
Arqueio uma de minhas sobrancelhas olhando-a se levantar e ir para fora do quarto, voltando a entrar com uma mala em sua mão.
- Me dei o direito de trazer umas coisinhas minhas pra passarmos o fim de semana juntas. - a loira diz com um enorme sorriso em seus lábios.
- "Coisinhas"? Ai deve ter seu guarda roupa inteiro. - solto um riso fraco. - Disse pra me arrumar? Vamos a algum lugar que eu não saiba?
Cristine revira seus olhos se sentando ao chão no carpete fofo abrindo a mala em sua frente.
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Help | Tom Holland | HIATUS
FanfictionMarianne saiu de seu país para tentar a vida como modelo em Londres onde tinha uma famosa agência que recrutava meninas jovens e sonhadoras para levá-las a fama e holofotes, e o dono nada mais era que Thomas Holland, um famoso empresário cobiçado po...