Capítulo 15

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A semana tinha passado rápido, como sempre. Era sexta-feira e eu me via mais uma vez sentada em frente ao meu guarda-roupa.

Sim, toda vez que eu vou sair eu faço essa mesma enrolação pra escolher uma roupa e no final acabo usando a mesma de sempre.

Billie tinha me chamado pra ir ao cinema. De início eu achei meio arriscado levando em conta que meu pai não quer me ver com ela, mas acabei aceitando depois de um tempo, ela sabia como me convencer e a mesma me disse que daria um jeito.

Assim que coloquei a roupa eu ouvi o barulho da campainha, abri a porta pra poder ouvir o que meu pai falava, não me perdoaria se ele fosse rude com a Billie.

— Lillie, quanto tempo — franzi o cenho assim que meu pai falou o nome da minha amiga, ela sabia que eu ia sair com a irmã dela — Pintou o cabelo? Ficou bonito — ele completou.

Depois disso eu não ouvi mais nada, só os barulhos da escada, fiquei sentada esperando Lili chegar, mas não foi ela quem passou por minha porta. Quase engasguei quando eu vi Billie com as roupas da minha amiga.

— Por quê? — foi tudo que eu perguntei rindo.

— Você estava com medo do seu pai descobrir que você ia sair comigo, mas ele não reclamaria de você sair com a Lillie — Ela disse como se fosse óbvio.

— Nunca imaginei que te veria de saia — levantei indo até ela e a forçando a dar uma volta — A sua bunda também é maior que a da Lili —

Dei um leve tapa em sua bunda, vendo Billie fazer uma feição de incrédula.

— Sua tarada — ela retribuiu o tapa de leve rindo.

— Vamos, Lili? — peguei em sua mão, ela deu passagem pra eu passar e depois veio atrás, enquanto segurava de leve na minha cintura.

— Pai! Estamos indo — gritei da sala, quando meu pai respondeu eu passei pela porta.

Billie segurava minha mão em todo momento. Eu não sei o que ela estava pensando mais estava adorando tudo aquilo, decidimos ir para o shopping andando, já que não ficava tão longe e nós queríamos passar no parque.

— Você sabe que não precisa segurar minha mão em todo tempo, não é? — perguntei rindo.

— Isso é normal, Peyton. Vai falar que não segura a mão de suas amigas quando vocês andam na rua? —

— Eu não sei que tipo de amigas você tem, mas as minhas e eu não andamos de mãos dadas por aí — respondi rindo.

— Está com ciúmes das minhas amigas? — ela perguntou me parando e se virando pra mim. Estávamos na rua em frente ao nosso destino.

Nossos rostos ficaram bem próximos, eu podia sentir sua respiração contra a minha. Já que estávamos fazendo loucuras essa noite, eu decidi ser um pouco mais ousada e puxei Billie pelo pescoço, juntando nossos lábios.

Logo Billie pediu passagem e adentrou sua língua na minha boca, levou as mãos para a minha cintura, massageando a região por baixo da blusa. Desgrudei nossos lábios olhando para seus olhos, que estavam fechados, desci o olhar para sua boca, vendo um sorriso de lado ali.

— O que foi isso? — ela sussurrou, abrindo os olhos.

— Um beijo, sua boba — respondi como se fosse óbvio — E vou te dar outro —

Quando eu ia beija-la mais uma vez, ouvi a voz de Anne, que eu nem lembrava mais da existência, chamando por "Lillie" e nós nos separamos rápido.

— Anne? Quanto tempo — eu digo me afastando de Billie o máximo que eu podia — Por que não está mais indo pra escola? —

— Eu ganhei uma bolsa em uma escola privada — ela responde sem olhar pra mim.

A barraca do beijo •Billie Eilish• |✅Onde histórias criam vida. Descubra agora