Desencontro

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"- Acho que aprendi algo sobre o amor. Não é igual pra todo mundo, pode ter muitas formas diferentes. O que pode haver de errado com uma vida se for vivida com quem se ama?"- Anne Shirley Cuthbert. 

Malas, essa é a parte mais chata de uma viagem por que mesmo com check list - coisa que Marcela não fazia - a probabilidade de esquecer o que se precisa e levar o que não se vai usar é grande. Biquínis, saídas de praia, protetor os itens críticos estavam dentro. Faltava avisar a sua irmã para onde ela iria, ligou e Mariane atendeu rapidamente. 

-Mari eu vou viajar.- foi direta 

-Oi? Alô? Como assim bebê? Vai pra onde?- Perdida Mariane nada entendia.

- Tô cansada Mari, minha cabeça não tá legal eu preciso me conectar com o que me faz bem. Aqui eu não consigo, já falei com as meninas da assessoria tem uns dias e tá tudo bem.

- Você vai sozinha? Por que não me chamou? O Enzo sabe ou a mami? 

- Ninguém sabe, e sim vou acompanhada o Dan vai também por que soltei sem querer que iria e ele insistiu. 

-Honey moon amoooo.- Mari se divertia zoando a irmã.

- Para Mari, nós somos amigos. 

A noite de domingo pra segunda demorou a passar, a loira se questionava se teria sido uma boa idéia ter chamado Daniel. Mas ela precisava de ter alguém ao lado e ele era uma pessoa divertida e iria amar o lugar. Lembrou dos planos que havia feito com Gizelly sobre os amigos se reunirem em uma pousada no ES, pra ela ainda estaria de pé. Mas agora ela gostaria de está em Caraíva sentindo a brisa do mar e a energia boa que acolhia seu coração. 

Havia combinado com Daniel de se encontrar no aeroporto de Porto Seguro e de lá seguiriam rumo a ao paraíso. 

***

Faltava trinta minutos para o seu vôo e o pneu do Uber de Gizelly tinha furado. Seria um sinal do universo que aquela viagem não deveria ser realizada? Ela se perguntava por que desde daquela manhã de segunda já havia derrubado café em seu vestido branco, quebrado a rodinha da mala e agora o pneu do carro furou. 

-OH MEU DEUS HOJE TÁ FODA, ME HONRA SENHOR- Pensava alto enquanto o motorista gargalhava nervoso. 

- Moça é melhor pedir outro motorista, tá perto vai dá tempo.- Sr.Walter disse otimista.

Ela tava tão nervosa que não tinha pensado nisso, até que seguiu a sugestão do motorista simpático. 

Conseguiu chegar a tempo, um pouco descabelada e esbaforida resultado de uma corrida no saguão do aeroporto com uma mala de três rodinhas. Sentou na sua poltrona pedindo a Deus que ninguém a incomodasse estava uma pilha de nervos. 

Ainda não tinha falado direito com Marcela desde sábado, resolveu mandar mensagem perguntando se tava tudo bem de como tava os planos para o dia se ela poderia falar. 

"Quando puder me responde, tô com saudades bebê" 

O Avião decolou com destino a São Paulo capital, vôo relativamente curto com duração de uma hora. Durante a viagem Gizelly pensava em mil coisas pra fazer estava animada demais pra rever as pessoas que ela conviveu por três meses. Queria muito abraçar todos eles, entre eles seu amor maior Marcela. Mal sabia que a loira estava quase que simultaneamente indo em direção contrária a dela. 

O avião pousou e uma comissária de bordo pediu gentilmente pra tirar foto com ela. Gizelly se sentiu um por cento mais famosa depois da selfie com a  moça. No portão de desembarque Enzo a esperava com uma plaquinha com desenho de furacão que a fez dá uma risada onde todos a reconheceram e mais uma sessão de fotos. 

Eu vejo vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora