Magia e falhas

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SEGUINDO EM FRENTE

Por DBacellar

Hermione permaneceu abraçada a Tom aspirando o cheiro maravilhoso que o moreno tinha. Era absurdamente surreal a complexidade das sensações que a proximidade do moreno lhe proporcionava.

Eles ainda estavam ali, abraçados e mudos no corredor do castelo, próximo à saída da sala de duelos, sem se darem conta do olhar ferino que o casal arrancava da maioria das alunas do castelo. Hermione somente se aconchegou um pouco mais ao moreno, o que deixava Abraxas e Minerva cada vez mais confusos.

Repentinamente, Hermione sentiu o moreno tornar-se tenso em seus braços, o que a liberou do leve torpor do momento. Ele se afastou alguns palmos de distancia podendo encarar assim o rosto da castanha.

— O que houve? — ela perguntou incerta, hesitante.

O moreno respirou fundo um par de vezes. Havia algo como brasa em seu olhar. Um brilho afogueado. A garganta de Hermione secou e de repente seus olhos saíram da prisão que eram os olhos ébanos do moreno, indo lentamente para o nariz reto e angular. Seus olhos inconscientemente continuaram a perscrutar o rosto incrivelmente bonito de Tom, e tão logo o olhar da castanha desceu até o lábios entreabertos do garoto que exibiam uma dica da fileira de dentes perfeitamente alvos que ele possuía.

Ambos sentiram algo diferente, uma tensão. Se fosse possível, tinham a impressão que a energia que os rodeava seria visível a olho nu, como uma áurea. Hermione sentiu-se levemente fraca, pois aquela mesma energia compelia-lhe a dar tudo o que aquele garoto desejasse. Oh Merlin, isso não pode ser bom.Ela pensou angustiada numa mescla de sentimentos extremamente impactantes.

Estavam se aproximando perigosamente. O corpo de Tom inclinando-se naturalmente em direção ao lábios rosados e carnudos que para ele naquele momento eram uma tremenda tentação.

A áurea de sedução era palpável e podia ser sentida pelas pessoas que estavam mais próximas a eles. Abraxas e Minerva, sem dúvidas, eram mais suscetíveis a isso. Eles sabiam que o núcleo mágico dos dois bruxos jovens atraía-se naquele instante, podiam sentir a magia de ambos esticando como um escudo elástico.

— Que inferno está acontecendo ali?! — Abraxas perguntou a si mesmo espantado e disposto a afastar Tom da castanha. Ele sabia o quanto a magia de Tom era instável e malditamente perigosa, mas sua intervenção não foi necessária.

Tom deu dois passos largos para trás e perguntou a Hermione com os dentes trincados.

— O que você está fazendo comigo?

A pergunta surpreendeu a Hermione, mas antes que ela pudesse demonstrar seu desconforto e surpresa, Abraxas lançou-se na frente do amigo, tapando a visão que o moreno tinha de Hermione.

De forma decidida, Abraxas aproximou-se de Tom e falou muito baixo, de modo que só o moreno pudesse escutar. O loiro temia ser cruciado na frente de todos, pois a instabilidade do moreno podia ser facilmente vista em sua expressão caótica.

— É melhor você decidir se quer agarrá-la ou mata-la. O brilho assassino em seus olhos me assusta e acho que já podemos parar com os show exibicionista, nada sonserino de sua parte, por sinal.

Tom processou as palavras de Abraxas assumindo sua habitual máscara de frieza e superioridade sonserina. Forçou-se a ser educado.

— Tenho que ir srtª Granger. Mais uma vez, perdoe-me pelo modo agressivo com o qual lhe tratei anteriormente. — Tom falou por cima dos ombros do loiro, evitando um contato maior que o necessário com a castanha assustada.

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