Um presente

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"A certeza de amor incondicional...
A plenitude da luz sem sombras...
A compreensão às vezes incompreendida...
A companhia na solidão infinita...
A alegria incontida mesmo nas lágrimas...
A felicidade multiplicada e infinda...
O meu eu fora de mim...
Permito-me: A perfeição divina oferecida aos homens."

Baque. Um som alto. Gritos e arquejos. Algo se partindo em milhões de cacos. O coração de Hermione acelerou-se de verdadeiro pavor e ela tentou correr, mesmo que o peso de sua barriga a estivesse retardando. E a cena que ela viu ao chegar ao topo da escada quase a fez desmaiar de angústia. Minerva estava desacordada em uma posição no mínimo estranha.

— Dobby! — Hermione gritou enquanto descia as escadas o mais rápido que conseguiu. Ela ajoelhou ao lado da amiga e checou-lhe os sinais vitais. O coração batia, o que não a deixava verdadeiramente aliviada diante da cena. Dobby apareceu ficando nervoso e falando incongruências. — Ah Dobby, traga o Dr. Doggis e a Madame Pilpes agora! — Hermione, sem ter controle sobre si mesma deixou que algumas lágrimas escapassem-lhe. Tinha medo pela amiga, tinha medo pelo bebê que ela carregava. Não tinha ideia de qual seria a extensão de seus ferimentos.

Em menos de cinco minutos Dobby voltava trazendo o Dr. Doggis. Ele arfou e foi correndo em direção ao corpo caído de Minerva. Logo em seguida Dobby trouxe Madame Pilpes, que afastou com destreza Hermione da cena.

— Hermione, você precisa manter a calma. Agora que Doggis chegou, tudo vai ficar bem. Os dois vão ficar bem. — a enfermeira falou, mas as palavras não foram suficientes para acalmar os ânimos de Hermione.

Dr. Doggis já realizava inúmeros feitiços fazendo com que o corte que vertia sangue da testa de Minerva fechasse. Por sorte, não havia nenhum osso quebrado. Ele fez o corpo da ruiva levitar até o quarto térreo mais próximo e a colocou deitada em uma cama de casal. Novamente, colocando sua varinha em ação, começou a murmurar feitiços em torno de todos os machucados externos de Minerva e tão logo que terminou o processo encostou a sua varinha na barriga da ruiva, mesmo por cima do tecido de seu vestido e pode escutar com clareza o coração acelerado do bebê. Mais acelerado do que deveria estar.

— Droga. — Dr. Doggis assustou-se. A hora não deveria ser aquela, mas seria mais seguro para ambos. — PILPES! — ele gritou a enfermeira que rapidamente o seguiu e fechou a porta, deixando uma Hermione nervosa do lado de fora.

Madame Pilpes segurava em sua mão a maleta com o acervo de poções. — Preciso de uma poção para que Minerva desperte e pelas condições do bebê, ele teria muito mais chances fora do útero do que lá dentro agora.

— Oh Doggis, ele só está com sete meses de gestação. Tem certeza? — Pilpes perguntou aflita enquanto procurava na maleta a poção pedida pelo medimago.

Era o filho do seu afilhado afinal. Ele não podia falhar com ele. Ele prometeu que cuidaria de ambos, tanto da mãe, quanto do bebê e ele o faria. Faria o que era correto e o que era mais seguro. — Tenho certeza Pilpes. — ele confirmou apanhando a poção e encostou o pequeno vidrinho com um líquido vermelho reluzente na boca de Minerva, segurando a sua cabeça para cima e forçando-a a engolir o conteúdo. Funcionou. Em menos de um minuto Minerva dava sinais de que estava despertando.

Ela pareceu assustada e Dr. Doggis reclinou-a na cama novamente quando ela ameaçou levantar-se. Suas mãos voaram para a barriga e ela entrou em um desespero momentâneo.

— Você está bem... Calma. Eu já curei os seus ferimentos, mas o seu colo deslocou e o bebê está com pouco espaço. A pulsação dele está acelerada e vamos precisar fazer o parto agora.

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