Inesperado

1.3K 129 28
                                    

SEGUINDO EM FRENTE

Por DBacellar

(***)

Tom estava agora em seu dormitório de monitor-chefe juntamente com Abraxas. Estava absorto demais em pensamentos, com o olhar fixado na parede como se pudesse perfura-la. Abraxas estava calado ao seu lado, apenas esperando o bater da meia noite para que fossem para mais uma reunião. Tom tinha planos, precisava traçar novas diretrizes para os comensais.

Assim que a hora se aproximou, ambos lançaram sobre si o feitiço desilusório. Eram tão bons no que faziam que realmente conseguiam ficar completamente invisíveis.

Andaram apressadamente pelo castelo, evitando a todo custo serem pegos. Tom já havia feito a sua ronda. Encontraram-se na torre da astronomia. Tom e Abraxas permaneceram invisíveis enquanto notavam os outros chegarem. Credrella, Callidora e Charis Black, Caspar Crouch, Mulciber, Avery, Lysandro Yaxley, Benjamim Nott, Todos estavam presentes.

Assim que Tom e Abraxas se permitiram ser vistos, os outros reverenciaram Tom curvando-se. Abraxas era o único que não se curvava diante de Tom.

Tom começou o seu discurso.

— Como devem ter notado, estamos em suspensão há algumas semanas. Precisamos ser discretos com nossos planos de dominação. Estive arduamente pensando em uma forma mais efetiva de ligação entre nós e será extremamente necessária quando atacarmos as malditas aldeias dos trouxas imundos.

Abraxas sentiu seu braço queimar. Por mil diabos, aquela marca queimava. Tom havia lhe explicado mais cedo como funcionaria a marca negra e havia usado Abraxas de cobaia. Abraxas não estava muito satisfeito com a dor pinicante e quente em seu braço, mas resolveu deixar o mal humor de lado e prestar atenção ao que Tom falava.

— Darei a vocês a minha marca. A marca que representará o nome de Voldemort. Um nome que será temido por toda Inglaterra, por todo o mundo. Vamos subjugar esses imundos, vamos varrê-los como o lixo que são. — Havia expressões esperançosas nos rostos de todos os comensais presentes. — E vamos extinguir e escravizar os sangue ruins da face da terra.

(...)

Depois de todos os comensais receberem a marca negra a reunião encerrou-se discretamente, assim como havia começado. Novas diretrizes foram traçadas e todos voltaram aos seus dormitórios, permanecendo apenas Tom, Abraxas e Nott.

Milorde. — Nott falou com sua voz falsamente aveludada. — Consegui as informações que o senhor me pediu. Está tudo aqui. — Nott entregou um envelope pardo a Tom e tão logo quanto possível saiu da presença do lorde.

Tom respirou fundo e olhou para o envelope.

— É sobre os seus pais? — Abraxas perguntou incerto.

Tom apenas abanou a cabeça positivamente.

— Vai procura-los? — Abraxas perguntou com o cenho franzido.

— Ainda não sei. — Tom respondeu numa voz muito baixa. — Preciso ficar sozinho. — ele falou sem a arrogância costumeira e Abraxas entendeu se retirando em seguida.

Tom ficou ali na torre olhando para o envelope pardo. Assim que abriu viu os registros de Merope Gaunt, a mulher que havia deixado ele no orfanato. Nott havia feito o trabalho completo e localizado o seu pai, Tom Riddle. Sentiu asco por carregar o mesmo nome que ele. Esperou que ele fosse um bruxo muito poderoso e esperou também que ele o aceitasse porque havia se tornado o melhor aluno de Hogwarts. Por um segundo ele só desejou ser aceito.

(***)

Hermione sentiu um aperto em seu coração. De alguma forma ela sabia que Tom estava angustiado. O que estava acontecendo com ela afinal?!

Seguindo em FrenteOnde histórias criam vida. Descubra agora