Uma agradável surpresa

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Lisbeth agora estava numa sala vazia. Preparou tudo o que precisava para que o feitiço que havia lançado mais cedo em Hermione funcionasse perfeitamente. Ela já sorria em antecipação gabando-se internamente pela própria genialidade. Nada seria tão eficaz quanto a própria garota afastar-se do Lord por livre e espontânea vontade. Claro que em parte, aquela atitude seria impulsionada por um certo hidromel que fora habilmente batizado por ela enquanto os donos do quarto saíram para a ronda mais cedo no castelo.

Foi necessária muita força de vontade para permanecer naquele ambiente sem que ninguém desconfiasse e estava cansada do uso contínuo da magia desilusória. Por isso precisou chamar Cedrella para lhe ajudar na segunda etapa do plano. E ali estava a morena com cabelos cacheados e rosto tresloucado. Cedrella era comumente conhecida por sua impetuosidade enlouquecida.

— Lis, o que você pretende fazer com a sabe-tudo? — Cedrella perguntou enquanto andava de um lado a outro na sala vazia.

— Ainda não sei Ella, mas ela não vai ficar com o lorde. Venha, preciso de você agora. — Lisbeth chamou a amiga e ambas apontaram a varinha para cima fazendo movimentos circulares.

— "Nosy, nosy cedo primus et novissimus." — as duas sussurraram enquanto continuavam a girar as varinhas e um brilho dourado saiu da ponta das duas como um pó de estrelas.

O pó logo tomou a forma de dois corpos. O de Tom e o de Hermione.

Cedrella sorriu. — Vamos sentar. Temos um show para assistir.

(...)

Lisbeth estava extasiada enquanto assistia a discussão, mas além do prazer de ver o casal se desentender, havia também o nojo em descobrir que ela havia sofrido a pior de todas as humilhações. O lorde estava verdadeiramenteapaixonado por uma sangue ruim. E as duas garotas estavam estupefatas demais para conseguirem falar alguma coisa. Surpresas demais para sequer saber como agirem.

O lorde era um fraco afinal, sucumbindo ao sentimento do qual ele mesmo alertara tantas vezes a todos eles. O amor é uma fraqueza. Era o que ele sempre repetia. Era o seu maior alerta, mas ele era hipócrita o suficiente para que ele mesmo caísse nessa armadilha. Ele a amava. A amava! Como Lisbeth poderia suportar aquilo? Estava chorando ao ver as imagens. Tom aproximando-se, Tom declarando-se. Tom beijando a sangue ruim.

— Finite. — Cedrella sussurrou. — Você não precisa ver onde isso vai dar Lis. — ela falou com raiva. A mesma raiva que Lisbeth sentia.

— O que faremos? — Lisbeth perguntou a Cedrella de forma entorpecida.

— Chamamos o Nott. — Cedrella falou com um sorriso enigmático no rosto. — Ele saberá o que fazer. — ela respondeu convicta. O seu Nott sempre sabia exatamente o que fazer.

(...)

Nott recebeu a notícia como receberia um presente. Satisfatoriamente era a oportunidade que ele esperava. Ele sempre fora preterido quando se tratava do Lorde que tinha um pensamento mais perspicaz, mais rápido, tinha mais força e uma frieza excepcional. Tinha tudo o que ele desejava ter, mas agora o garoto que dominava com seus discursos deleitosos sobre aniquilar sangue ruins e trouxas era o primeiro a hipocritamente deixar se envolver com uma indesejavel.

— Trouxe o mapa da família Black? — ele perguntou ironicamente a Cedrella.

O mapa era um enorme pedaço de pergaminho enfeitiçado. Era a garantia que nenhum indigno entraria para família. Ele conseguia informar as últimas gerações da pessoa e sua origem.

— Você sabe Nott... Isso está a um passo da magia negra. O mapa exige sangue para nos dizer o que queremos saber. Quanto mais sangue bruxo, mais preciso ele se torna. — Cedrella avisou.

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