Carpe Diem

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Lisbeth Bullstrode estava no corredor logo atrás da garota que ela mais detestava. Hermione Granger. Como esse ser insignificante e sem graça consegue a atenção de tantos garotos sem fazer o mínimo esforço? Era o que ela pensava enquanto via os garotos torcendo o pescoço enquanto olhavam a grifinória passar.

Ela tinha certeza que seu rosto estava vermelho tamanha a raiva que sentia daquela irritante sabe-tudo.

Resolveu entrar na primeira sala que havia visto. Estava vazia. Controlou a respiração ruidosa e engoliu as lágrimas que ameaçavam cair. Era impossível controlar aqueles sentimentos. Ela sentia tanta falta do Lorde. Sentia falta de tê-lo em seu corpo. Sentia falta de ter a atenção do garoto e não se arrependia por ter se doado total e completamente ao moreno. Ela o amava. Amava a forma como ele a possuía. Como ele determinava tudo. Deixou uma lágrima grossa escorrer por sua face desesperada.

Eu, chorando. Tão previsível quanto areia no deserto... Mais patético sem ninguém por perto. Tão intenso que não dá mais pra conter

Ela era uma sonserina. Não podia se deixar sucumbir assim ao sentimento que a sufocava. Ela tinha que pensar friamente. Precisava conquista-lo novamente. Precisava fazê-lo retornar à sua cama.

Enquanto estava absorta em seus pensamentos no canto mais escuro da sala, percebeu que duas pessoas haviam acabado de entrar ali. As duas pessoas que ela menos esperava.

Lisbeth permaneceu quieta enquanto ouvia o diálogo entre o homem que amava e a garota que odiava. Custou todo o seu autocontrole permanecer quieta no canto mais escuro da sala enquanto o via beijando a garota asquerosa de forma tão casta e carinhosa. De uma forma que ele nunca havia feito com ela.

—Você vem?

— Adiantaria dizer não?

— Não.

— O que você quer comigo Tom?

— É exatamente isso que quero descobrir.

Oh pelas bolas de Salazar. Ela tinha que fazer alguma coisa. Esperou o moreno sair da sala e deixou seu corpo cair ao chão, liberando toda a mágoa através de suas lágrimas. Ela havia sido humilhada duplamente pela castanha asquerosa e ela se considerava mais bonita, mais esperta, mais notável, então porque o Lorde estava caindo de amores por ela?

Você pode não entender se às vezes fico pelos cantos. Um tanto quieta, recolhida, mergulhada no meu pranto... É que ele me liberta na hora. No momento em que eu boto pra fora e o que já não me serve vai embora
E assim, eu fico leve.

Enxugou as lágrimas com raiva. Talvez ela tivesse a sua resposta. Era bobo, ela sabia, mas ela notou o quanto a castanha parecia ser nobre e repugnantemente correta. E ela poderia usar isso a seu favor. Se talvez a Granger desprezasse o lorde, se talvez ela soubesse dos seus planos e de como ele pretendia dominar o mundo bruxo. Talvez a Granger se colocasse contra o Lorde e deixasse o caminho livre para que ela pudesse reconquistá-lo.

Seria magnífico estar ao lado dele quando ele ascendesse. Ela queria essa posição. Ela seria respeitada, seria notada.

Lisbeth deu uma fungada rápida. Precisava colocar a sua cabeça para pensar antes da noite. Precisava interferir e começaria a montar guarda observando a grifinória maldita.

A sonserina andou até a biblioteca. Era óbvio o lugar onda a rata de livros estaria. Sorriu presunçosamente ao apanhar sua varinha. Nesse momento, Lisbeth agradeceu por ser parente de uma Skeeter.

Ela empunhou sua varinha e apontou para a garota que lia um livro grande e bolorento de forma concentrada. —Loquacis curiosam. — sussurrou o feitiço do bisbilhoteiro sorrindo satisfatoriamente pela execução da primeira parte do seu plano.

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