Capítulo 11

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Sem Revisão*

(NÃO BATERAM A META 💔, MAS COMO PRECISO TENTAR TERMINAR ESSE LIVRO ATÉ O FIM DO MÊS, RESOLVI ACELERAR O PROCESSO.)

ERIKA

"Mamãe gritou para que tia Mila me levasse, vi seu corpo ser fuzilado, o corpo que sempre aquecia minhas noites de pesadelos. Eu gritei de todas as maneiras possíveis, queria ir até lá e não deixar que nada de ruim acontecesse. No fundo eu sabia que era tarde demais. Nem mesmo quando saímos pelos fundos da mansão e vi meu pai com a cabeça decapitada eu parei de chorar e gritar. Tia Mila morreu tentando me proteger. Então eu corri, corri até que meus pés e pulmões pediram clemência. Tudo desmoronou em poucos segundos. As palavras de mamãe ecoam na minha mente.

— Não confie em ninguém meu amor, nem na sua irmã e nem o seu tio.

Foi uma das últimas palavras que ela me disse, antes de tudo virar gritos e estilhaços. Andando pela rua, sentindo o frio congelar meus ossos eu tentei pensar no que fazer. A imagem dos meus pais mortos e minha tia deixava-me aflita. Meu coração batia forte, mais rápido do que o normal. Lágrimas escorriam no meu rosto."

Abri meus olhos rapidamente, sentindo minha respiração afoita. Tudo pirou ao ver Lukas sentando na beira do colchão. Puxei o cobertor até a altura dos seios, olhando assustada para ele.

— O que está fazendo aqui? — pergunto tentando manter a calma. Eu não sabia se eu falava dormindo, rezei para que não.

— Desde que senti o seu cheiro algo está me incomodando.

Notei que em uma de suas mãos estava o frasco do meu perfume favorito. Também era o favorito de minha mãe, flor de laranjeira.

— Conheci uma mulher, primeiramente foi o perfume cítrico que me chamou a atenção. — fala, olhando para o frasco. — Eu segui a mulher, fodemos de uma maneira totalmente estranha e prazerosa. Aquela foi a última vez que a vi, ou senti o perfume.

Agora Lukas olha para mim. Não consigo dizer ou pensar em nada. Toda minha pele se arrepia, o olhar intenso de Lukas deixa-me totalmente sem reação.

— Até um dia uma mulher mexicana entrou na minha casa e meu pau reagiu ao sentir a porra do perfume cítrico. Era você na festa do Carter.

O nome faz sentido em tudo. Lembranças daquele dia começam a aparecer. Sim, eu vi o rosto de Lukas naquele dia. Quando recebi o envelope de informações dele, a imagem do homem de olhos azuis me parecia familiar. Aquele não tinha sido um bom dia, eu chorei pois lembrei de como minha vida só descia ladeira abaixo. Tinha um cliente idiota esperando no andar de cima. Ao passar por tanta gente entre lágrimas e pouca vontade, eu vi Lukas. Agora lembrando de tudo, sinto que ele saber da minha presença naquele tipo de festa pode por meu plano tudo fora dos eixos. Transei com um desconhecido naquela noite e agora ele está na minha frente, e pior.

Meneei a cabeça de leve. Evitar falar me ajudaria a pensar em algo para dizer, caso mais dúvidas surgissem da parte de Lukas.

— Quero que seja minha submissa.

Levei poucos segundos para entender o que realmente ele tinha dito. Lukas devia ter visto a enorme expressão de interrogação no meu rosto. De tudo o que pensei, isso jamais se passou pela minha cabeça. Sabia que ele era envolvido com esse tipo de coisa.

— Sabe o que é uma relação entre Dom e Submissa? — pergunta.

Afirmei, sabia muito mais do que o normal. Ser submissa está nas minhas veias. Ter meu corpo subjugado por alguém, a forma como posso ser dominada e tomada. É sem  barreiras, eu aceito tudo, e quanto mais dor eu sentir, mais eu gosto.

Lukas - Trilogia Sombras da Noite #2✔Onde histórias criam vida. Descubra agora