Lukas - Trilogia Sombras da Noite #2✔

Capítulo 16

Recadinho básico: Quem acompanhou Ansel e estava no grupo do WhatsApp durante a publicação, deve se lembrar que respondi todas as dúvidas sobre a história, ainda dei muito spoiler. Enfim, estarei fazendo o mesmo com a história do Lukas, responderei todas as perguntas hoje, às 20:30 no grupo. Prepararem suas perguntas.

Boa leitura! Tá maravilhoso o capítulo e tem um babado louco no fim. 😈😂

Lukas

Quando estou com o espírito do mal encarnado, todos que trabalham comigo sabem que se meter no meu caminho é a morte certa. Dois dias atrás fui enganado por uma mulher, debaixo do meu teto. Gabriela ou Erika, seja lá quem ela for, conseguiu foder com a minha vida. Meu filho também foi afetado, chora a todo momento, teve febre e não aceitava nem mesmo eu. Fiquei desesperado, com mais ódio ainda. Victor está com Olivia desde o dia que aquela mulher saiu correndo da minha casa.

Quando deixei a casa, levei Victor diretamente para Olivia, depois fui até a casa de Erika. Eu sabia que ela estaria ali. Senão fosse por aquela outra mulher que apareceu do nada, eu teria matado Erika.

Preciso saber onde ela está, preciso de respostas. Mesmo que para isso eu tenha que matar muitas pessoas.

— Ansel está aqui.

Jennifer avisa antes de deixar alguns papéis sobre a mesa e sair. Uma dor se instala na minha cabeça, Ansel aqui não é uma boa coisa. Percebo isso logo que ele entra na sala e me segura pelo pescoço.

— Eu disse para você não se meter com a máfia albanesa! Caralho Lukas! Qual o seu problema?

Empurro a mão dele e fecho minhas mãos apertadas.

— Isso não é da sua conta.

— Passa a ser da minha conta quando a chefe da Bratva entra na minha casa sem ninguém ver. Já pensou no que ela poderia fazer com Danielle, as crianças? — pergunta irado. — Não vou por minha família em risco por uma estupidez sua.

Jason salvou minha pele ao entrar na sala. Sua expressão de surpresa ao ver Ansel foi divertida, os dois não se davam bem.

— Encontrou tudo que pedi? — pergunto para Jason.

Ele acenou e caminhou até mim, tirou de dentro do paletó um CD.

— Foi difícil, mas está tudo aí. Você precisa ver tudo.

Peguei o CD e rapidamente coloquei no aparelho de da televisão. A imagem era ruim por causa da chuva, mas era possível ver uma mulher correndo pela rua, a imagem cortou e ela apareceu em outro ângulo. Ela parou no meio da rua, um carro que vinha também. Não deu para ver muito bem, a mulher caiu de joelhos no chão, a mão sobre a barriga. A imagem outra vez foi cortada e soltei um suspiro ao ver que a mulher no chão era Erika, um homem se aproximou e ficou de joelhos ao lado dela.

— Patrick Ramadani. — Ansel diz.

— Essa foi a última gravação que consegui. Eles sumiram depois, nenhuma câmera captou qualquer outro vestígio.

Jason pegou o controle e voltou o vídeo desde o início. Fechei meus olhos por alguns segundos, repassando tudo o que vi nos últimos minutos e nos últimos dias. Sentia algo diferente em relação à Erika. Eu... porra. Desgraça de sentimentos idiotas.

Olhei para a tela, Erika caindo no chão. Ela foi baleada. Estaria morta?

— NÃO!

Nós três viramos para a porta. Daryl tinha os olhos arregalados, olhava para a televisão. Sua noiva estava atrás dele.

— Daryl?

Então ele olhou para mim, a fúria tomando suas feições. Ele partiu para cima de mim, o soco no queixo deixou-me desnorteado. Outro soco veio, dessa vez atingindo meu olho, depois o nariz. Virei para o lado e Jason me segurou, Ansel fez o mesmo com Daryl.

— Que porra está acontecendo aqui? — Ansel grita. Daryl se debate, tentando se soltar. Eu permaneço olhando para ele, sem saber o que fazer.

— Daryl! Por favor para com isso.

A noiva dele fica de frente para ele, segura seu rosto.

— Fica calmo, por favor.

— Juro pela minha vida, Lukas. Se Erika morrer, te acharei até no inferno e mato você.  É uma promessa. — Daryl fala.

Ansel solta ele e Carol segura nas mãos de Daryl, empurrando-o para fora da sala.

Afasto de Jason e mexo o maxilar.

Mais essa agora. O que deu nesse louco?

 — Acho bom você começar a falar.

🍒

Daryl

A primeira lata de lixo que vi na minha frente eu chutei. Respirei com dificuldade, nem mesmo na pior das hipóteses pensei que uma merda daquelas aconteceria. Tudo na minha vida era traçado, sem erros.

Lukas fodeu com tudo. Falei sério sobre matá-lo caso algo viesse a acontecer com Erika.

Procurei pelo celular no bolso da calça, queria um cigarro agora, até mesmo uma bebida forte.

— Daryl.

Viro para encontrar Carol com meu celular. Tento pegar o aparelho, mas ela esquiva.

— Não teste minha paciência. — aviso, ela aproveita para envolver os dois braços ao redor da minha cintura.

— Respira fundo e me conta porque está assim.

Deixo meus braços inertes, respiro fundo e pego o celular, afastando ela.

— Preciso ir.

Caminho até meu carro e abro a porta. Entro no veículo, noto que Carol mostra o dedo e também entra. Não há questionamentos, agradeço por isso. Estou uma pilha de nervos, pronto para matar um filho da puta mentiroso.

Encontro-o em sua casa, sentado no sofá fumando um charuto. Tiro a arma e enfia dentro da boca dele, está tão drogado que só percebe o que fiz segundos depois.

— Estive fora e você disse que os Ramadani não estavam aqui! Eu confiei em você desgraçado!

Ele murmura algo e tiro a arma da boca dele.

— Qual é, cara? Disseram que eles tinham voltado para a Albânia.

Dou um soco na barriga dele. O infeliz cai no chão. Piso em sua garganta.

— Quanto te pagaram? Me diz!

Consigo ouvi-lo dizer quinze mil.

Piso consecutivas vezes na cabeça dele, usando todo meu ódio, minha raiva. Sangue respinga no chão de madeira, ele não se mexe mais.

— Para com isso! — Carol me empurra. — Ele já está morto.

Soco a parede e grito furioso. Meus olhos vão para Carol, que olha para o que restou da cabeça do homem.

— Qual sua relação com Erika? — diz e olha para mim.

Deixo meu corpo desabar no sofá e passo a mão pelo rosto, a adrenalina esvaindo aos poucos. Depois de alguns minutos eu respiro fundo e volto minha atenção para Carol.

— Erika é minha irmã.

Chama o cardiologista!!! 😱😲