Capítulo 15 | Part. 2

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Dios Santo! Estão prontas ? Pq eu não kkkkk  😂💔💔💔 surtei, bateram uma meta, e merecem!

Erika

Mais um raio riscou o céu, soltei a cortina e suspirei fundo. Nada de  pânico! O trovão tremeu as janelas e bati a mão na testa. Impossível sair nessa chuva. Andei pelo quarto, roendo as unhas, observando Victor dormir em seu berço, pensando no que viria a acontecer. Droga!

Ela estava aqui, eu ouvi sua voz.

— Mama... mama...

Virei com o coração batendo forte. Victor mexeu os braços e fui até ele. Hoje logo depois que cheguei ele começou a me chamar assim. Fiquei muito emocionada, mesmo não sendo a mamãe dele, criei um laço muito forte com o garoto. Seria doloroso ir embora e deixá-lo.

Para o meu desespero ele começou a chorar. Me senti a pessoa mais burra, trouxe tudo para o quarto, com o pensamento de sair daqui somente quando Briar fosse embora. E esqueci a porcaria do leite e a mamadeira.

— Calma meu anjo. Por favor.

Balancei ele algumas vezes, fiz carinho. Nada adiantou. Respirei fundo várias vezes antes de beijar o rosto dele e o deixar no berço. Abri a porta e olhei para os dois lados. Fácil, ir na cozinha e preparar o leito o mais rápido possível.

Corri em passos de bailarina. Entrei na cozinha e abri o armário, tremi mais que tudo. Deixei o pó da vitamina cair várias vezes antes de colocar a medida certa. Lavei a mamadeira, o raio que cortou no céu me assustou.

— Os copos ficam por aqui?

Deixei a mamadeira cair dentro da pia ao ouvir a voz dela tão perto. Santo Deus! O mesmo perfume que nossa mãe tanto amava, fechei meus olhos, lágrimas querendo sair.

— No entiendo tu idioma, señora.

O espanhol saiu embargado. Corri para fora da cozinha e entrei no quarto. Fechei a porta e procurei pela minha bolsa. Victor começou a chorar, eu ficando mais desesperada. Ouvi o celular tocar, o número desconhecido no visor. Porém eu já sabia que seria Natasha. Antendi olhando para Victor.

— Dê o fora daí, agora.

Um soluço escapou. Peguei a bolsa e joguei o celular dentro da mesma. Me aproximo de Victor e beijo seu rosto.

— Me desculpe pequeno.

Ele tentou pegar meus cabelos, eu me afastei e fui até a janela. Ainda chovia, estava mais calmo. E foi por ali que pulei e sai correndo. Duas ruas depois acenei para um táxi. Entrei no carro e comecei a chorar, de alguma forma consegui dizer o endereço a ele. Minha vida sempre foi uma merda, estou tão fodida, perdida. O que aconteceria agora? Nós últimos dias pensei que poderia viver uma vida normal, ser normal.

O táxi parou em frente a casa, minhas mãos tremiam e não consegui abrir a bolsa.

— Inferno!

Mordi minha mão, extravasando a dor.

— Pode ir, minha filha.

O taxista acenou para mim.

— Desculpa.

Sai do táxi e corri até a porta da casa. Abri, seguindo direto para o quarto. A imagem de Natasha estava na tela da televisão.

— Já sabe o protocolo. Pegue seus pertences, uma agente chegará aí em cinco minutos.

A tela ficou escura. Gritei, joguei a televisão no chão. Não consegui pegar nada. O estrondo que veio da sala deixou meu corpo em alerta. A parte incoerente fez-me ir até a sala.

— Lukas?

Ele olhou para mim, estava todo molhado. Não soube o que dizer, e a cada passo que dava em minha direção meu coração batia mais e mais. Por poucos segundos tudo girou quando levei o soco no rosto. Senti o gosto do sangue, Lukas agarrou meu pescoço, empurrando meu corpo com brutalidade contra a parede.

— Você matou ela! Você e aquele desgraçado!

— Lu..u-kaass...

O ar não circulava, meus pés não tocavam o chão. A pressão era grande, tentei arranhar os braços dele, seus olhos refletiam a raiva. Meus braços amoleceram, meu corpo sofrendo espasmos pela falta de ar.

Vi a mulher entrar e puxar Lukas pelo pescoço. Cai no chão feito fruta podre. Tossi diversas vezes. Olhei para Lukas, minha visão embaçada. Ele tentava se soltar, seus olhos nunca saindo de mim.

Levantei com dificuldade, pernas moles, pescoço doendo.

— Vai embora! — a mulher grita.

Reuni forças que não tinha e sai correndo da casa. A chuva mais uma vez açoitando. Vaguei pela rua deserta. Chorando por tudo. Querendo morrer. Tentando esquecer.

Meus pés fixaram no lugar, um carro escuro virou na esquina e o vidro do passageiro desceu. Apenas ouvi os sons dos tiros. Um gemido baixo saiu da minha boca, o sangue também. Coloquei a mão na barriga, a dor pungente, queimando.

Cai de joelhos no chão. Mais sangue escapou da minha boca.

Alguém desceu do carro, eu não vi e senti mais nada. Era assim a sensação de morrer?

— Minha pequena gatinha.

Fuiuuiii 🙊😂

Lukas - Trilogia Sombras da Noite #2✔Onde histórias criam vida. Descubra agora