Lukas - Trilogia Sombras da Noite #2✔

Capítulo 25

Sem revisão*

Bom domingo a todas! Capítulo bombástico 💅❤🍒

Erika

Danielle e as crianças chegaram há alguns minutos, pela porta fechada consigo ouvir os gritos eufóricos e a voz de Ansel pedindo calma. Ela esteve aqui para me ajudar no banho, perguntou se eu precisaria de algo, respondi que não e ela saiu. Agora cá estou eu, com o caderno na mão, ansiosa e com medo das verdades que saberei. Passo a mão pelo rosto, são apenas algumas folhas. Então porque estou enrolando? Levanto da poltrona, deixo o caderno sobre a cama e saio do quarto.

Dustin passa correndo por mim, os cabelos esvoaçantes de Becca logo atrás. Com certeza comeram doces antes de voltarem, Ayla corre com uma espada de brinquedo e bate na cabeça do irmão.

— Morra! Seu elfo da terceira dimensão!

O menino cai no chão, agonizando. Becca tira uma adaga de dentro da capa e enfia em Ayla, que finge estar morrendo. Eu olho para eles com surpresa, por brincarem de forma tão violenta.

— Não fique assustada. — Danielle para ao meu lado, também olhando para a cena estranha a nossa frente. — Ansel ensina cada coisa, que as vezes fico de boca aberta.

— Pais e seus ensinamentos.

Nós duas rimos. Ela acena para a varanda e eu a sigo. O vento gelado da noite refresca meu corpo, inspiro o ar, acalmando minha mente. Sentamos em um pequeno sofá, ela estica minhas pernas, apoiando-as sobre um banquinho.

— Quando Lukas levou Victor, ele disse alguma coisa? — pergunto, olhando para as estrelas. Não ter o pequeno por perto era um vazio enorme.

— Disse que Olivia chegou na cidade com Juliana, e não queria dar mais trabalho para mim.

— Juliana?

— Ela é uma garota que Lukas encontrou na rua, ele não sabe muito bem o que fará com ela. — Danielle olha sobre o ombro e chama Becca. A menina corre até ela, abraçando-a pelo pescoço. — Está toda suada. Peça para seu pai preparar o jantar, e  trate de tomar um banho.

— Sim, mamãe general!

Becca bate continência e sai correndo. O sorriso bobo que Danielle mostra só confirma o amor que ela tem por essas crianças.

— Lukas disse que você tem uma filha... Quer falar sobre isso?

Solto um suspiro pesado, meu peito apertado apenas por lembrar da minha menina.

— O nome dela é Madalyn, tem três anos, e em alguns meses completa mais um ano de vida. Ela... é o que mais tenho de precioso. A última vez que a vi foi há seis meses atrás.

— Como assim?

— Eu trabalhava para uma mulher, ela me prometeu proteção em troca de favores. Engravidei no segundo ano trabalhando, quando tive minha bebê e nem pude segurá-la em meus braços.

— Essa mulher é uma vadia! — ela diz. — Que espécie de pessoa faz algo assim? Tirar um filho de uma mãe?

— A pior espécie. Essa mulher dissera que eu devia trabalhar para ela até quando ela achasse necessário, e Madalyn era a chantagem. Posso contar nos dedos quantos vezes tive o privilégio de ter minha menina ao meu lado. Nossas conversas foram poucas as vezes por chamada de vídeo ou ligação.

— Sinto muito, Erika.

— Obrigada. — olho para ela, e tento sorrir em meio ao aperto que sinto. — Tenho fé que logo terei minha Madalyn comigo.