Capítulo 33

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Sem revisão*






Erika

O

plano deu errado. Natasha não deveria estar aqui. Olho para Carol e vejo o pânico em seu rosto. Quando Daryl pegasse Madalyn, eu iria até eles e Natasha saberia, indo atrás de nós. Mas não aqui, com Danielle e as crianças.

Natasha está fora de si. A arma treme na mão dela, seus olhos em todos os lugares. As luzes da lanchonete acendem, lá fora ainda um caos de escuridão.

— Pensou mesmo que ia me enganar assim? — Ela pergunta.

— Eu queria dar um fim em toda essa situação!

Ela entra mais na lanchonete, suas roupas escuras contrastando com a ocasião.

— Eu ajudo você a dar um fim em tudo isso. — diz serenamente. Balanço a cabeça e me afasto. — Começando por essa loira falsa.

Natasha atira em Carol, sangue manchando a blusa branca. Todos gritamos, Danielle tenta ir até ela, mas acaba levando um tiro no braço.

— Para Natasha! — Eu grito, me colocando na frente das crianças. — Por favor, eu faço qualquer coisa, apenas pare com isso.

— Então vamos lá, sem gracinhas Erika, ou eu mando matar todos eles.

Respiro fundo e caminho até ela. Natasha coloca a arma na minha cintura, empurrando-me para fora. A lanchonetes fica no primeiro piso, percebo que estamos indo para o estacionamento. A iluminação do shopping volta ao normal, as pessoas voltando as compras.

O estacionamento está lotado de carros. Minha mente começa a trabalhar, construindo um plano para me livrar de Natasha. Já basta! Estou cansada de ter minha vida sendo comandada por terceiros.  Dou uma cotovelada para trás, atingindo o rosto dela. Natasha é mais rápida, eu desvio de dois socos, sendo atingida por outro no rosto. Pulo sobre ela, nós duas caímos no chão, começo a distribuir socos na cara dela.

Com uma facilidade incrível ela cruza as pernas na minha cintura e me joga de lado, sentando na minha barriga. Ela puxa uma faca do coturno, a lâmina afiada vindo direto para o meu rosto, coloco minha mão a tempo, a lâmina atravessando a carne. Eu grito alto, a dor é horrível. Meus braços tremem pela força que uso impedindo de que a ponta da faca perfure meu olho. 

Sangue pinga no meu rosto.

— Você é uma pedra no meu sapato. Vai ser muito bom acabar com você e aquela pirralha.

Fúria domina meu corpo. Inclino minha cabeça para o lado para impulsionar meu corpo para o cima, a faca cai no chão, não perco tempo, enfiando minha mão boa no rosto de Natasha. Eu mordo sua orelha, sentindo a cartilagem romper entre meus dentes. Ela grita, apenas instigando minha voz de acabar com essa puta.

Natasha bate minha cabeça contra o chão diversas vezes. Seguro em seu pescoço, apertando forte na tentativa de pará-la.  Quanto mais ela bate minha cabeça no concreto, mais sinto uma moleza dolorosa, minha visão fica distorcida pela dor.

Meus braços caem para os lados. Natasha levanta cambaleante, tento mover meu corpo, mas é tão difícil, sinto como se um peso enorme estivesse sobre mim. Vejo ela pegar a arma e sorrir, balançando o objeto em sua mão.

— Eu sempre venço, Erika.

Ouço o som do destrave da arma. Ela não vê, sua loucura a deixa vulnerável no que acontece ao seu redor.

Natasha sorri e levanta a arma. E não vê Ansel atrás de si. Ele torce o pescoço dela, sinto que ouvi o estalo do osso. O corpo de Natasha caiu mole no chão, os olhos abertos olhando para mim.

Lukas - Trilogia Sombras da Noite #2✔Onde histórias criam vida. Descubra agora