Status: Concluída, em revisão.
Mari, uma estudante de engenharia química super organizada e determinada sofre um acidente fatal em seu coração.
O diagnóstico? Um amor a primeira música quando escutou o Jão cantar.
O remédio? Iniciar uma carreira de...
Sabe aquele sentimento de entender a pessoa logo de primeira? Era isso que eu senti enquanto tomava café da manhã com Diogo Piçarras e Pedro. Eu pensei que pessoalmente as coisas iam ser diferentes, mas a conversa simplesmente fluia enquanto ele nos fazia experimentar comidas portuguesas.
Nem tinhamos terminado de comer e já estávamos compondo sem nem perceber.
- Você foi pra cidade grande e meu quarto ficou tão pequeno - Diogo começou a encaixar uma letra enquanto eu dedilhava seu violão.
- Já deve ter achado alguém, mas eu não te condeno - eu continuei.
- Mais quanto tempo vocês vão ficar nessa música? - Pedro perguntou - acho que uma pausa iria cair bem.
Olhei para ele e depois para a janela. Já estava escuro. Como foi que eu não notei as horas passarem?
- Nem percebi que era tão tarde - Diogo falou - querem sair para comer e conhecer um pouco a cidade?
- Finalmente! - Pedro falou. Por que ele estava soando tão babaca de repente?
- Vou trocar minha jaqueta então, esperem um pouco - Diogo falou.
- A gente não tinha combinado de hoje sairmos para conhecer a cidade ? - Pedro falou.
- Tínhamos, mas nem percebi que já era tão tarde, desculpa, amanhã vamos na livraria Lello, do Harry Potter, prometido? - eu falei.
- Tanto faz - ele falou e saiu.
- E aí, preparados para conhecer Porto? - Diogo falou sem perceber que Pedro não estava mais ali.
- Estou sim, mas o Pedro decidiu ir antes - respirei fundo e peguei a minha jaqueta - acho que vou querer uma boa dose de vinho do Porto.
- Prometo que vai experimentar as melhores - Diogo falou enquanto saímos.
Pedro voltou só na madrugada, acordando todos com seus gritos bêbados. Eu não podia acreditar que ele estava fazendo isso. Tinha momentos que eu nem reconhecia mais ele, desde que a turnê tinha começado algo nele - em nós - estava mudando. Na manhã seguinte eu nem esperei ele acordar, levantei cedo e fui enfrentar a fila da Livraria Lello.
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Narradora: Mari
Porto, Portugal. Eu, Jão.
Eu.
Portugal.
Agora faltava descobrir como eu iria descobrir onde o Jão estava.
Como achar Jão aqui? De onde foi que eu tirei essa ideia? Se eu iria gastar tanto dinheiro, perder minhas aulas, não era mais fácil só ter comprado um ingresso para algum show em uma cidade mais distante no Brasil?
De onde foi que eu tirei essa ideia?
Eu deveria estar doida.
Mas…
… Doida ou não eu estava em Porto, lugar da famosa livraria Lello, uma das mais bonitas do mundo, onde J.K.Rowling começou Harry Potter - os primeiros exemplares estavam ali para todos verem e seria um sonho realizado entrar naquele lugar.
Eu não pensei nem duas vezes, e assim que amanheceu eu arrastei o menino do intercâmbio para lá. A fila era enorme [GIGANTESCA (ABSURDA)]. Mas iria valer a pena.
De fora a livraria já era linda. As pessoas se aglomeravam cada vez mais a cada passo que dávamos, todos queriam ver o máximo que conaeguissem daquele lugar.
Enquanto estava na fila decidi verificar rapidamente as redes sociais do Jão, ele continuava a não dar sinais de onde estava - mas achei um stories do Diogo Piçarras fazendo ele experimentar algum doce- droga ele vai ficar em casa!
O jeito é aproveitar Porto (e o menino do intercâmbio também - que me olhava sorrindo que nem bobo, me fazendo pensar se eu estava com aquele sorriso também).
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Você já viu a Livraria Lello?
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