Status: Concluída, em revisão.
Mari, uma estudante de engenharia química super organizada e determinada sofre um acidente fatal em seu coração.
O diagnóstico? Um amor a primeira música quando escutou o Jão cantar.
O remédio? Iniciar uma carreira de...
Fato: participo de um grupo de dança cover de kpop (sim, aqueles coreanos que fazem sucesso por aí, Black pink, BTS, Girls Generation, Monsta X, 4Minute, GOT7...) chamado POP YELLOW (sim, ele existe mesmo, vai lá no instagram popyellowdance dar uma olhada e curtida ).
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Entretanto, antes de narrar os próximos acontecimentos é preciso que você (você mesmo, que de alguma maneira está lendo estas palavras) entenda que eu não sei dançar, a minha falta de coordenação e minha incapacidade de decorar passos de dança não tem nenhuma relação com o fato de eu participar de um grupo cover de dança. Aqui vão algumas razões por que eu participo deste grupo de dança:
1. Minhas amigas são completamente doidas (e eu posso provar)
2. Eu sou gente boa e SUPER LEGAL e elas não resistiram em me chamar para fazer parte do grupo
3. Eu simplesmente estava lá na hora que o grupo foi criado (até ajudei a dar o nome) então seria super chato não me chamar
4. Eu tenho um estilo SUPER único (eu acho)
5. Eu gosto de kpop. Ok, essa nem fez sentido, eu passo 70% do tempo boiando sobre o que elas estão falando naquele grupo. Não sei sobre tretas dos famosos, não sei sobre os novos grupos, não sei sobre as novas músicas e não sei o nome de ninguém (tirando o Mark maravilhoso e o Minhyuk meu fofo). Mas FOCO. Vamos continuar.
6. Eu estava disponível para ir dançar
7. É sempre bom ter alguém reserva no grupo
8. Treinamos para as competições sem ter o objetivo de ganhar (apesar de lá no fundo a gente querer estar ao menos no top 5, o que não quer dizer que a gente consiga)
9. Eu já falei que sou legal?
10. Eu sei fazer sanduíches
Agora que você já sabe que não tenho talento algum para dança e estou em um grupo cover de dança kpop pela simples decisão do destino, eu posso prosseguir esta história.
Sábado. Dia de treino. Eu estava mais animada que nunca. Eu podia sentir a animação de ter um crush correndo pelas minhas veias, fazendo um sorriso bobo grudar no meu rosto.
Alguns poderiam até achar ruim levantar cedo em pleno sábado, enfrentar ônibus cheio e atravessar meia cidade só para encontrar suas amigas e treinar. Mas essas pessoas que achariam isso ruim não conhecem as garotas do PY (Pop Yellow), você atravessaria uma cidade inteira só para escutar os papos malucos e absurdos dessas garotas. Somos 6 garotas: Vi (fuja antes que ela te bata), Gi (parece gente boa mas é a mais carrasca das treinadoras), Nat (fonte confiável de babados e adora dançar coreos fofas), Mand (o rosto fofo esconde o ser que nos faz sofrer com suas sequências de exercícios), We (só sorrisos e aleatoriedades) e eu, Mari.
- Fique de lado, agora levante o braço direito, cabeça virada para trás, dê um passo com a perna esquerda, comece subindo o cotovelo, depois o resto do braço. Agora levante o braço esquerdo, olhando para frente, ande com a perna direita. Troque o braço. Erga duas vezes. Bata duas vezes o pé esquerdo no chão olhando para trás. Agora inverta o movimento e comece a andar de costas. Tentem fazer um movimento mais fluido - Gi falava enquanto nós tentávamos repetir.
Se você não entendeu nada do que eu acabei de escrever, obrigado. Este é meu sentimento TODOS (todos) os ensaios. Mas hoje eu conseguia estar mais perdida que o normal.
- Caraca, Mariana, o que deu em você hoje? Está pior que o normal - Vi falou rindo.
- Não ria de mim, o meu aprendizado tem um ritmo mais lento - eu falei.
- Mas hoje você tá muito ruim - a Vi continuou.
- Aí, não fala assim, Vi - a We falou tentando me ajudar. A Nat só ria no seu canto, já tinha pegado a coreografia inteira.
- Ok, hoje eu estou realmente muito ruim. Mas gente, vocês já ouviram falar de um cantor chamado Jão? - eu perguntei.
- Quem? - a We perguntou.
E era assim que eu planejava gastar pelo menos meia hora falando sobre o Jão quando a Gi me interrompeu:
- Bora voltar pro ensaio meninas?
- Ei, quer ajuda para aprender esse passo? - a Mand veio me perguntar, me ajudando a decifrar o que a Gi tinha falado.
Enquanto as meninas seguiam com alguns novos passos eu ficava ali, repetindo infinitamente um movimento até fazer ele certo.
Aqui vem outro ponto importante sobre eu e a dança: o meu sincronismo é nulo.
Depois de finalmente aprender o movimento é preciso encaixar ele no tempo certo da música. O meu pobre cérebro não tem ideia de como se faz isso.
E lá vou eu tentar de novo, agora encaixando o movimento na música. Eu sorrio pensando na música "Dança pra mim" do Jão. Talvez se eu fingisse estar dançando para ele seria mais fácil. Talvez. Eu iria tentar.
- Mari, vê se treina em casa, no próximo treino a gente tem que terminar essa coreografia - a Gi falou.
- Pode deixar! Até sábado meninas! - eu falei sem saber que no próximo sábado eu estaria o mais distante o possível deste ensaio (e mais perto do Jão como nunca)
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Ps: se você quer saber se dançar pensando no Jão me ajudou em algo, perca as esperanças. Só fez eu me perder mais ainda. Graças a deusa ainda tenho tempo até a próxima apresentação para decorar essa coreografia.
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Você já dançou ouvindo Jão? ______________________________________
