Status: Concluída, em revisão.
Mari, uma estudante de engenharia química super organizada e determinada sofre um acidente fatal em seu coração.
O diagnóstico? Um amor a primeira música quando escutou o Jão cantar.
O remédio? Iniciar uma carreira de...
Desisti de mandar currículos, vídeos, fazer provas online. Cansei de não receber respostas. Essa semana tentei conseguir uma vaga pelo método tradicional: sai por aí entregando currículos. Só espero conseguir algo.
Mas hoje não é dia de pensar nisso: hoje é finalmente o dia da nossa apresentação do Pop Yellow (o grupo de dança cover de kpop, caso você tenha caído de paraquedas nesse capítulo).
"Boa sorte na apresentação"
O menino de Portugal tinha enviado.
Mas íamos precisar bem mais que isso. Precisávamos de um milagre. Estou falando sério.
- Nat, tenta relaxar, já retocamos sua maquiagem quatro vezes - a Vi falava enquanto eu refazia o delineado da Nat. Ele estava suando frio de nervoso.
- Olha só quem fala, sua maquiagem já saiu quase toda também, Vi - eu falei.
- É verdade, você tem que parar de dançar um pouco, pelo menos espere a gente se apresentar - a We falou.
- Sim, não precisa dançar todas as músicas que estão tocando no evento - a Gi completou.
- Mas que raiva, eu vim aqui para dançar- a Vi falou.
- Ei, vamos ficar calmas e alongar? Daqui a pouco vão chamar a gente no palco - a Mand falou.
A minha barriga gelou. Estava chegando a hora.
- Pop Yellow pode subir ao palco - cedo demais eles nos chamaram.
Eu não tinha nem repassado a coreografia ainda.
Subi no palco com a maior confiança que consegui arranjar e colei um sorriso no rosto.
Cada uma foi para sua posição e de repente a música começou e as luzes apontaram para nós.
O meu coração batia tão acelerado que eu podia sentir o vestido vibrando.
Meu corpo foi me guiando - se eu dependesse da minha mente estaria ferrada. Ela era feita de fumaça no momento.
Eu tropecei na Nat. Quando olhei para frente para ver se alguém tinha notado o meu corpo saiu do modo automático.
O que eu fazia depois do giro mesmo?
A minha hesitação foi o suficiente para ver os jurados olhando para mim.
As meninas estavam indo para a fila.
A FILA!
Caçei um sorriso e fui correndo para a fila tentando imitar os passos da Gi.
Eu dei uma espiada nos jurados- já era tarde demais, eles já olhavam para as notas e alguns balançavam a cabeça.
O que foi que eu fiz?
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Narrador: Jão
- Não é para rir, é verdade, lá em Portugal uma menina me parou e falou que as bolhas do refrigerante cortam nossas línguas - eu tentei fazer Pedro me escutar. Eu realmente tinha pesquisado e era verdade.
- Mas isso não é refri, estou tomando champanhe- ele riu.
- Mas tem bolhas do mesmo jeito e- eu tenet começar de novo.
- Vocês estão juntos? - alguém pergunta na festa, interrompendo a minha explicação.
- É claro que não- Pedro fala.
Olho para ele.
Ouvir aquilo com todas as letras doía bem mais que todas as minhas dúvidas.
Eu sei. Nunca oficializamos nada
Nunca pedimos por mais.
Mas ouvir aquelas palavras já era demais para o meu coração.
Larguei o champanhe e fui a procura de uma bebida mais forte.
Peguei meu celular e deixei meus dedos varrerem livres pelo teclado enquanto as lágrimas escorriam pelo meu rosto. A música corria tão mais fácil em mim quando eu estava triste.
Você tem prioridade mas eu tenho sentimentos.
Eu nem vejo graça mais no seu sorriso, meu peito não bate mais como era antes.
De perto vejo que éramos distantes.
Volta e vai viver com todos seus amigos ricos.
- Ei, está tudo bem com você?
- Nunca estive pior - eu levantei o rosto e enxuguei as lágrimas - o que você está tomando? - eu perguntei apontando para o copo.
- Algo forte o suficiente para mandar suas lágrimas embora - falou enquanto mr estendia o copo.
- Perfeito - eu peguei o copo e olhei na direção onde estava com o Pedro antes. Ele agora estava cercado de pessoas e todos riam - Então vai se F**** - tomei o conteúdo do copo em um gole só.
Você é meu grande amor.
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Qual foi a pior festa da sua vida? ______________________________________
