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Eu nunca fui um herói e nunca quis bancar o herói

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Eu nunca fui um herói e nunca quis bancar o herói. Sempre deixei que Daxton me defendesse das brigas com caras maiores que eu porque ele sempre malhou mais e sempre foi muito mais esquentado. Eu nunca quis brigar. Nunca me envolvi tanto em alguma situação a ponto de achar que um soco ia resolver.

Então aquela provavelmente seria minha primeira vez.

Eu estava sentado em uma mesa que me permitia ver perfeitamente a interação entre Hope e do pai da filha dela. Os dois estavam tendo uma discussão calorosa e eu só observava de longe, pronto para me meter caso fosse necessário.

Mas por que você entraria numa briga com um cara maior que você, sendo que você e Hope nem são amigos e você não conhece a relação dela com o pai da criança? Boa pergunta. Muito boa. A resposta era simples: eu não era o otário que Hope pensava e estava disposto a provar isso para ela.

O que eu não gostava em Hope era o fato de ela me odiar por causa de algo que nem ela sabia me explicar. Eu não usava ninguém. Nunca tinha usado. E talvez fosse por isso que eu trocasse tanto de parceira. Eu não queria que ninguém se ligasse à mim porque eu não conseguia me ligar a ninguém. Hope tinha me julgado errado e eu podia provar.

Eu só esperava não ter que entrar em uma briga com o amigo de Hope para provar meu ponto. Sempre gostei muito de natação e isso nunca me deu um corpo digno de luta. Aquele cara provavelmente dormia fazendo flexão, então eu estava pronto para apanhar caso Hope precisasse que eu interferisse.

- Boa noite, meu companheiro - disse o cara parado ao meu lado, com um cheiro forte de cigarro e fritura - eu sou Stan e sou o dono dessa belezinha. Já escolheu o que vai comer? Tem alguma garçonete favorita?

- Aquela ali. - Apontei para Hope, engrossando a voz para que ninguém desconfiasse que eu era o cara na TV... não que Stan conhecesse a Chasing Queens. - Ela pode me servir?

- Opa! Com certeza... - Ele deu um sorriso torto mim. Mas não era um sorriso malicioso. Era torto mesmo - ela já tá vindo....

Stan se distanciou um pouco da minha mesa e gritou o nome de Hope tão alto que ela se assustou. Ele apontou para mim, mostrando que eu era a próxima mesa dela e Hope veio marchando ao meu encontro, com os punhos fechados.

- O que você tá fazendo aqui? - perguntou, quase sussurrando - vai pra sua casa.

- Não posso tomar café? Passei a noite acordado e agora preciso de energia pra conseguir dirigir.

- Então pede pra viagem, bocó. Esse lugar não é pra você. Vai embora...

- Tá com problemas com o seu amigo? - perguntei, ignorando o que ela tinha falado - precisa de ajuda?

- Evan, não - disse, um pouco desesperada - não, não se mete. Pelo amor de Deus, fica de boa.

- Eu tô de boa. Olha pra mim. - Me joguei na cadeira, abrindo mais minhas pernas. - Eu só quero um café pra voltar a dirigir.

Se Poupe, Hope! (Livro 2) -  [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora