Capítulo 18 - O destino do caçador

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"É um erro tentar ver muito longe no futuro. A corrente do destino somente pode ser puxada um elo por vez."

Winston Churchill

Gahyeon já esperava na porta do hospital antes mesmo das primeiras ambulâncias serem ouvidas. Seu coração batia como louco e olhava em expectativa para o portão por onde os veículos passaram com as sirenes ligadas, acompanhadas por viaturas logo atrás.

A equipe médica à disposição logo se pôs em serviço, ajudando a levar macas com os pacientes enquanto chegavam os sinais, os soros e direcionavam cada um ao destino mais adequado.

A enfermeira correu entre os carros, buscando pelas pessoas que almejava encontrar. Observou que entre as pessoas desaparecidas também haviam muito caçadores feridos e até em estado grave, preocupando-a mais ainda.

– Jimin! – chamou, não vendo o filho em lugar algum, até que uma pessoa sobre uma maca chamou sua atenção. – Seojoon?

O homem rapidamente olhou na direção da voz, ficando quase que hipnotizado pela beleza da mulher que amava vestindo a roupa que mais combinava consigo, pois transmitia muita paixão pelo que fazia.

Havia sido de uma maneira similar que se conheceram, então estava sendo como o primeiro encontro.

Rapidamente a senhora Park pediu para que a esperassem, pois precisava falar com o marido.

– Meu amor, você está bem – murmurou, alisando o rosto maltratado pelo tempo em que ficou preso, ainda que já tivesse sido cuidado na floresta, melhorando seu aspecto comparado a forma que havia sido encontrado nas teias. – Pensei que nunca mais o veria.

O abraço desesperado fez o sr. Park retribuí-la com um sorriso divertido, acariciando os cabelos lisos que soltaram em meio a sua afobação.

– Disseram que foi um animal selvagem que atravessou a pista quando eu e um ônibus passávamos – comentou desgostoso, ainda sentindo dores pelo corpo algumas vezes pelo movimento que sofreu com o impacto do caminhão.

– O que? – a expressão confusa no rosto da mulher durou pouco tempo, pois Namjoon a encarava ali de perto, após dizer aos enfermeiros que se aproximaram de si de que estava bem. – Sim sim, mas agora vão cuidar de você. Vou até seu quarto assim que terminar de ajudar aqui – sorriu, tentando não transparecer estar compactuando com a mentira.

Seojoon, no entanto, a segurou mais um pouco, deixando que se afastasse o possível para ver os olhos lacrimejados.

– Gahyeon, só me perdoe. Eu não sei onde nosso filho está. – Em seu rosto havia muita culpa por ter levado o garoto consigo. Por mais que o dissessem que não havia qualquer pessoa consigo no momento do acidente, não conseguia esquecer do rosto de Jimin olhando a floresta passar rapidamente diante de seus olhos pelo banco do carona.

A enfermeira aproveitou que Seojoon segurava seu rosto e deixou um selar sobre os lábios ressecados, permitindo que o levassem para dentro sem dizer qualquer coisa. Andou rapidamente até o homem parado próximo as escadas com um olhar perdido e empurrou seu peito, chamando alguma atenção de quem estava em volta.

– Namjoon, o que foi isso?! Onde está meu filho? – conteve-se para não gritar na cara do caçador. Ele havia prometido trazê-lo de volta e agora além de Jimin não estar ali, seu marido ao menos se lembrava do que poderia ter acontecido e onde esteve todo aquele tempo.

Namjoon achou-se merecedor daquela reação, mal se considerava um bom líder até então. Ainda que caçadores tenham se aproximado para agradecê-lo por se preocuparem com cada um, não se sentia suficiente. Devolveria o cargo para Wonho assim que melhorasse.

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