Capítulo 9: Fim de festa - O início do caos.

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Na saída da boate antes de pegarmos nossos casacos na chapelaria, ouvimos um quebra quebra de copos e quando percebemos já estávamos no meio da confusão, parece que algum esquentadinho não gostou de uma mão boba e começou uma briga.

- Ótimo, sem as provas que dancei com um cara, morrendo de dor de cabeça e agora isso, não falta mais nada, e a culpa é toda sua Tae, se tivesse me filmado aquela hora, a gente já podia ter ido embora a horas.

-E perder a parte onde você foi salvo por um bonitão? Nem pensar!! Aliás, eu perdi vocês de vista depois que ele deu um chega pra lá no grandalhão, onde vocês foram?

-Lugar nenhum eu fiquei por ali e ele saiu de perto.. Agora não é hora para conversa fiada Tae, a polícia está aqui e se a gente tiver que ir para delegacia, eu juro que te mato.

-Você tinha que perguntar se não podia piorar, né? Boca de trapo! Nós não temos 20 anos completos ainda, só o que falta é pedirem identidade...

-Eu nunca vou entender essa nossa lei, aos 19 você pode beber, mas não pode ir numa balada, somente aos 20 anos, isso é tão frustrante!

Policial: Senhores, boa noite! Identificações, por favor!

É claro que nós tínhamos ID falsas e fomos pegos em flagrante delito.

Nossa família é bem conhecida e respeitada por isso ao ouvir o nome PARK o oficial decidiu não nos incluir no boletim de ocorrência, mas antes de nos liberar ligou para nossos pais, queria nos entregar pessoalmente aos nossos responsáveis e deixar bem claro que aquilo era uma cortesia, dessa forma ele não aceitaria nenhuma gratificação por nos livrar do registro criminal, mas garantiria a doação anual para a corporação.

O grupo PARK sempre ajuda a comunidade.

Meu tio, nem se deu ao trabalho de ir até lá, porque o meu pai se prontificou em retirar nós dois da delegacia, ele só falou por telefone com Tae, disse que também aprontou quando era jovem e que depois queria os detalhes de nossa aventura.

Prevendo minha morte, eu quase pedi ao policial que me indiciasse e me enviasse para o presídio mais longe dali, mas não deu nem tempo, como um raio rompendo o céu, meu pai apareceu já com dois advogados a tiracolo. Depois das explicações do oficial e de se acertarem quanto a nossa saída sem registro, recebi aquele olhar de reprovação e um 'Em casa a gente conversa', que me arrepiou até a alma.

                                                                                           ...

O titio Park, não é muito careta, ele entende bem o tempo em que vivemos, mas ainda assim ele tem suas restrições e regras, a imagem do herdeiro da família deve ser impecável, sem mácula, e saber que quase fomos fixados como delinquentes foi um susto que ele não esperava ter, não com seu filho sempre tão maduro e responsável, ao menos diante das responsabilidades que a vida lhe deu assim tão cedo. Já com sua vida particular, era outra coisa, e essa parte, essa pequena parte de sua vida Jimin não costumava reportar ao seu amado pai. Nunca falou, por exemplo, quando e com quem foi seu primeiro beijo, sua primeira transa ou o primeiro porre, e nós já tomamos alguns porres nessa vida universitária. Talvez por isso o olhar de meu tio não foi de reprovação, mas de decepção, o que para Jimin era pior que um soco.

Nenhum crime fica sem punição.

-Nem por um decreto!!

Com essa frase meu pai terminou seu longo discurso sobre responsabilidade, sobre confiança e punição. Ou seja, nem por um decreto eu escapo do castigo!

Codinome Beija-FlorOnde histórias criam vida. Descubra agora