Capítulo 7: Pagando a aposta por Jimin

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Depois de uma dose de coragem e outra de tequila, finalmente entrei no carro que nos levaria até a boate.

Uma coisa não posso negar, esse pessoal sabe fazer uma festa.

Muita gente colorida, alegre e perfumada em uma fila que parecia não ter fim, - tem tanto gay por aqui mesmo? - como se pudesse ler meus pensamentos Tae se virou e disse, nem todos são gays, grande parte do pessoal aí é como a gente, pagando aposta, matando a curiosidade ou apenas nem sabe que é uma boate lgbt.

Nós passamos direto, não precisamos ficar na fila, porque ganhamos ingressos VIP.

Ao som de The Weather Girls - It's Raining Men, entramos na boate e começamos o 'pagamento', quer dizer, eu não me soltei antes da 6ª dose de tequila, e de algumas margaritas, mas o Tae nem precisou de aperitivo, foi logo indo para pista e dançando freneticamente, eu filmei tudo, óbvio! A parte dele está paga.

Minha cabeça já estava rodando e meu estômago ficando embrulhado mas eu tinha que pagar a aposta se não de nada adiantaria toda aquela produção, criei coragem e fui pra pista comecei a dançar e não demorou muito para um cara se aproximar e pegar pela minha cintura pra dançar coladinho... senhor me abana!

Não estou acreditando que estou fazendo isso, se meu pai me vê nessa situação, ele me mata.

Nunca na minha vida eu pensei em homens, só fiquei com garotas, não que eu tenha uma vasta experiência nessa área, mas nenhuma delas reclamou..

Agora cá estou eu, filho único de pai viúvo e herdeiro de uma das mais influentes famílias de Seul, dançando coladinho com um marmanjo. Eu quero morrer!

Se bem que se meu pai me visse agora, eu estaria morto com certeza.

Alguns minutos ali e eu já queria sair correndo, mas Tae não filmou nada e ficou se fazendo de desentendido, assim eu teria que passar mais tempo naquela situação até ter provas de meu 'pagamento', eu estava começando a passar mal e acho que fiz uma cara nada amistosa pro grandalhão, porque ele me deu apertão no braço e tentou me arrastar para um canto, entrei em desespero, cambaleando e assustado eu só vi uma mão fechada em punho socando meu 'parceiro' de dança.

Logo depois mais um puxar pela cintura, mas dessa vez pra me retirar do local.

Meu bom samaritano me colocou contra a parede ergueu minha cabeça, olhou bem em meus olhos e perguntou se eu estava bem, se eu precisava de ajuda pra voltar pra casa. Eu falei que estava bem e que estava com meu primo, ele sorriu e disse:

-Isso eu sei, eu vi vocês desde a entrada até a sua súbita ida pra pista, já estava te filmando a horas...

JM: Eu não entendi, me filmando?

-É maneira de falar, eu percebi você quando chegou e não consegui mais me focar em outra coisa, também percebi que essa aqui não é a sua praia ou estou errado?

JM: Oh, sim, você está certo, só estou aqui porque entrei em uma aposta tosca e perdi, minha punição é essa, cabelo rosa e dançar com algum estranho.

-Então eu estava certo, você não queria estar com aquele cara.

-Não mesmo!! Fico te devendo uma.(risos)

-Eu poderia pedir um pagamento agora, mas não sou de cobrar por ajudar a quem precisa. Então não vou nem tentar nada, mas confesso que estou um pouco decepcionado, adoraria provar esses seus lábios!

Senhor!!! Eu não sei se foi o calor do lugar, meu estado de embriaguez ou a pura curiosidade, só sei que em um impulso eu falei que não gosto de dever nada pra ninguém e que se o pagamento fosse apenas um beijo eu pagaria minha dívida.

Codinome Beija-FlorOnde histórias criam vida. Descubra agora