𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟔 - 𝐎 𝐜𝐨𝐥𝐞𝐠𝐚

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- MAS QUE DROGA É ESSA QUE VOCÊ FEZ? - Adelaine gritou enquanto eu olhava ao redor procurando um jeito de escapar.

- Er... Esse err... - Eu estava totalmente sem jeito, seus óculos agora estavam no alto da cabeça e ela estava vermelha... De raiva.

- ISSO NUNCA FOI UM RELATÓRIO! - Ela gritou batendo em cima de papéis na mesa que eu achei que fossem os relatórios. - A fonte está errada, os anexos, mas que droga é que você fez! - Eu não sabia, Deus, primeiro dia de trabalho e eu estava levando uma bronca dela já. - Vai refazer tudo.

- O quê? - Me aproximei, minhas mãos estavam vazias, havia deixado o celular dentro da bolsa. A olhava como se isso pudesse fazer toda a raiva dela sumir. - Eu não sabia que tinha que...

- Vai descobrir! - Pegou uma pasta e me entregou. - Some da minha frente. - Eu respirei fundo, então me virei e saí.

Eu estava tremendo. Nunca tinha sido tratada daquela maneira, meus olhos estavam cheios de lágrimas.

- Tá tudo bem? - O garoto de mais cedo na recepção se aproximou. Olhando agora eu conseguia achá-lo desejável, seus lábios eram carnudos, não era muito magro e não malhava, sua pele negra contrastava bem com seu cabelo cortado baixo, usava uma calça jeans escura e uma blusa com um tom mais claro que esta.

- Tá. - Respondi secando as lágrimas antes delas caírem.

- Ela te humilhou não foi? - Aquilo me chamou atenção. - Vem, vem até minha sala, te ensino como fazer os relatórios.

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Quando adentrei minha casa naquele dia, eu queria paz, aquilo tudo estava sendo demais pra mim.

Kaleb me ensinou a fazer com facilidade o trabalho que era função daquela vaca da Adelaine me ensinar. Ele era gentil, e além de tudo tinha um cheiro incrível.

Ele me explicou detalhadamente como fazia aquilo, e quando entreguei a pasta perto do fim do meu expediente, ela não fez nenhuma objeção.

Coloquei meus pés na mesinha de centro e respirei fundo. Então puxei minha bolsa e finalmente abri a caixinha daquele objeto.

Não sei quanto tempo passei descobrindo detalhes daquele celular, configurei o mesmo e até cadastrei o chip que tinha comprado a tempos mas como não tive oportunidade nunca tinha usado.

Eu estava cansada, seria daquele jeito todos os dias?

"Você não precisa trabalhar se não quiser"

As palavras dele ecoaram em minha mente. Suspirei afastando aqueles pensamentos, e quase como se fosse por telepatia ele chegou, e bateu na porta.

Caminhei até a mesma e abri, novamente, ele estava tão lindo, e eu seria capaz de me perder em cada detalhe, seu terno estava impecável, e um óculos escuro escondia seus olhos, logo não sabia pra onde ele olhava diretamente.

- Boa tarde! - Ele saudou e eu dei espaço pra ele entrar na minha casa. - Como foi seu dia de trabalho?

Uma maluca infernizou meu dia, gritou comigo, me humilhou, sua esposa também foi atrás de mim e adivinha? Ela tem sido muito gentil comigo mesmo depois de eu ter transado com você, ah, espera! Ela não sabe que eu transei com você.

- Bom, e o seu? - Me joguei no sofá novamente e coloquei meus pés na mesinha.

- O de sempre. - Respondeu. - Eu e Jade queremos te levar pra jantar. - O olhei.

- É brincadeira né? - Calcei as sapatilhas novamente e me levantei indo até a cozinha beber água.

- Não. É o restaurante preferido dela. - Ele respondeu indo atrás de mim.

❦𝗨𝗺𝗮 𝗣𝗿𝗼𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮 𝗜𝗻𝗲𝘀𝗽𝗲𝗿𝗮𝗱𝗮❦ [𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢́𝐝𝐚]Onde histórias criam vida. Descubra agora