❦𝗨𝗺𝗮 𝗣𝗿𝗼𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮 𝗜𝗻𝗲𝘀𝗽𝗲𝗿𝗮𝗱𝗮❦ [𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢́𝐝𝐚]

𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟑𝟏 - 𝐎 𝐞𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨 𝐢𝐧𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐚𝐝𝐨

Abri os olhos para a escuridão do quarto porém continuei imóvel, lá fora um frio assolava e aqui dentro, apesar do aquecedor não dar muita conta, ainda sim estava uma temperatura agradável.

Aquela cama era confortável, nada comparada a que eu tinha na One 57, mas era boa, me remexi finalmente e empurrei os cobertores de lado. Estava apenas de vestido, levantei e caminhei até o banheiro, minha cara estava amassada e meu olho lutava para abrir, sem falar no pequeno rastro de saliva no canto da boca.

- A bela adormecida deve tá com inveja. - Ri com minha própria piada e lavei meu rosto na pia, depois escovei os dentes e penteei os cabelos, quando terminava a última ouvi alguém bater na porta.

- Lili? - Verônica chamou.

- Pode entrar! - Coloquei a cabeça para fora do banheiro e falei, ela o fez.

- Desculpa atrapalhar seu sono. - Ela sorria.

- Não atrapalhou, já estava acordada. - Sorri e continuei passando a escova pelas madeixas loiras, virada para o espelho em minha frente eu vi ela me olhar pelo reflexo, mais precisamente para minha pequena protuberância. - Tudo bem com Eric? - Quebrei o silêncio e ela desviou o olhar rapidamente se focando em meu rosto.

- Ah, sim, sim. Você tem visita. - Ela informou e eu esqueci que ainda escondia a gravidez me virando intrigada, o que daria mais uma boa visão da barriguinha.

- Visita? - Questionei.

- Sim, disse que é seu namorado, devo mandar subir?

Cole Fuck Sprouse.

- Não, já tô descendo. - Expliquei e ela concordou e saiu.

Como ele me achou? Quem ele pensava que era? Eu estava com a cabeça a mil, não queria brigar, nem discutir alí na casa do meu irmão, aliás, se Eric souber quem Cole era, aí sim, vai ter discussão, briga e com uma pitada de azar até polícia sem falar da mídia. Vesti o sobretudo novamente sentindo-me confortável naquela temperatura, deixei-o aberto e desci as poucas escadas que levavam a sala. Eric estava jogado no sofá.

- Namorando maninha? - Seu tom tinha uma pitada de ironia.

- Enrolada. - Esclareci e caminhei para fora do apartamento, peguei o elevador e cheguei no hall, e lá estava ele, de terno, com os cachos lhe caindo perfeitamente sob a testa, uma expressão dura no rosto e nos olhos escuros é como se tivesse mágoa.

Senti um pequeno nervosismo enquanto caminhava até seu encontro, num canto o porteiro assistia a televisão e nem reparava na gente.

- Cole! Mas o que é que você tá fazendo aqui? - Perguntei, mas já imaginava qual era a resposta.

- Você não pode fugir de mim, Lili. - Seu rosto ainda era pedra, sem expressão mas eu podia ver um certo desdém em seu tom.

- Você não é o dono do mundo. - Rebati mesmo isenta de sua acusação, eu não estava fugindo dele, não definitivamente.

- Pode apostar porra, vou até o inferno pra encontrar você! - Respondeu frio e um "v" se formou entre minhas sobrancelhas, ele finalmente demonstrou algum tipo de reação e parecia bravo.

- Você veio de Manhattan pra me arrastar daqui pelos cabelos? - Perguntei no mesmo tom que ele.

- Não pelos cabelos. - Eu sabia que ele não falava totalmente sério.

- Eu não vou voltar com você. - Respondi. - Você pode mandar em Nova York e nos seus milhares de empregados, mas em mim você não manda!

- Porra, Lili! - Ele passou as mãos pelos cabelos. - Eu juro que não tinha nada com ela... - Seu tom mudou, agora era como se ele implorasse. - Desde que estamos juntos nem com a Jade eu tenho dormido. - Sua confissão me chocou. Jade é sua esposa e mesmo assim ele nem tem estado tão presente. - Acredita em mim, por favor... - Seus olhos imploravam.