𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟑𝟎.𝟏 - 𝐎 𝐟𝐥𝐚𝐬𝐡𝐛𝐚𝐜𝐤

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A semana seguinte foi silenciosa para mim.

Quase acreditei que não soubesse mais falar.

Cole raramente estava em casa e na tentativa de não pensar nele e nem esperar por ele encontrei um cômodo naquela cobertura bem acolhedor.

A biblioteca. Sempre amei ler, no entanto esse hábito se tornou escasso desde que tive que começar a me virar. Em uma semana naquela solidão eu li 5 livros sendo eles:

• Novembro, 9 - Collen Hoover
• Crepúsculo - Stephanie Meyer
• O Lado Feio do Amor - Collen Hoover
• Hades: Meu Inferno Particular - Evy Marciel
• Verity - Collen Hoover

Todos os títulos eram novos e estavam intocáveis, me sentia quase que em outro mundo enquanto devorava as páginas atrás de respostas

Não vi Cami naquela semana, e diferente dos últimos meses não nos encontramos na sexta-feira. Mazze ao que tudo indicava estava ao lado dela pois sempre que eu passava pela recepção nem o típico "boa tarde" ela me dizia.

Cansada daquela monotonia, no sábado eu resolvi mudar. Como era de se esperar Cole não estava em casa naquela manhã e após um bom banho e um reforçado café fui para meu quarto arrumar uma bolsa.

Apenas com o básico, coloquei meu laptop dentro da bolsa não muito grande e saí do quarto indo direto pra sala.

- Senhorita? - Dália estava encarando-me enquanto eu esperava o elevador chegar.

- Sim? - Seu olhar era alternado ora na bolsa ora em mim.

- Vai embora? - Seu tom era um tanto quanto preocupado. Eu não tinha o por quê de dizer a verdade, e nem de dizer a mentira.

- Vou. - Suspirei.

- Senhorita eu...

- Dália, me chama de Lili, por gentileza... - Lembrei a ela.

- Claro, claro. Lili, eu lhe peço, não vá querida! - Ela demonstrou preocupação, sua testa estava franzida e entre as sobrancelhas uma ruga era visível.

- Não tem mais nada pra mim aqui Dália! - Suspirei e deixei a bolsa no chão, depois caminhei até ela, seus olhos estavam cheios de água. - Não chora...

- Ah, Lili... - Ela me abraçou acariciando minhas costas, depois me soltou secando as lágrimas. - Eu sei que o sr. Sprouse é difícil, mas por favor, não o deixe... - Suas lágrimas ainda desciam apesar dela controlar.

- Eu sei que ele é, Dália... - Suspirei. - No ponto que chegamos não tem muito o que fazer. - Expliquei.

- Nesses meses que você esteve aqui, eu nunca o vi tão feliz em toda a minha vida. - Seu relato chocou-me, a parte do meu coração que não queria fazer o que eu já estava indo fazer pesava para que eu ficasse.

- Sei. - Suspirei não querendo prolongar, o elevador já havia chegado. - Eu sei que se importa muito com ele e não quer vê-lo sofrer, mas tem coisas que são inevitáveis.

- Querida, peço novamente, não abandone o sr. Sprouse! - Sua voz era carregada de dor. - Ele vai sofrer muito...

- Ele é casado, Dália. - Suspirei. - Até mais, querida... - Entrei no elevador com a bolsa deixando pra trás Dália, que se desfazia em lágrimas.

Pedi um táxi assim que cheguei no térreo e disquei um número enquanto passava as coordenadas para o motorista.

- Alô? - Atendeu no primeiro toque.

- Eric? - Chamei pelo meu irmão.

- Lili?

- Sou eu. - Esclareci.

❦𝗨𝗺𝗮 𝗣𝗿𝗼𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮 𝗜𝗻𝗲𝘀𝗽𝗲𝗿𝗮𝗱𝗮❦ [𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢́𝐝𝐚]Onde histórias criam vida. Descubra agora