𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟑𝟓.𝟐 - 𝐀𝐬 𝐯𝐞𝐫𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬 𝐜𝐫𝐮𝐞́𝐢𝐬

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❦𝗟𝗜𝗟𝗜 𝗣𝗔𝗨𝗟𝗜𝗡𝗘 𝗥𝗘𝗜𝗡𝗛𝗔𝗥𝗧❦

Enquanto eu pegava um táxi, disquei o número de Cole e esperei que ele atendesse minha ligação depressa. Hailey nunca me incomodaria se não fosse urgente e sua voz chorosa demonstrava claramente que algo não estava certo. Ao contrário do que eu esperava não foi ele que atendeu, a voz de uma mulher invadiu meus ouvidos fazendo meu coração se apertar em confusão.

- Alô? - Falei primeiro.

- Pois não?

- Eu... O Cole está? - Fui direto ao ponto.

- O senhor Sprouse está em uma reunião importante e não quer ser interrompido. - Ela respondeu com um pouco de dureza na voz. - Quem gostaria de falar com ele? Quer deixar recado?

- Quero sim. - Suspirei enquanto encarava o motorista acelerar pelas ruas de Manhattan até a Sétima Avenida. - Diz que Lili ligou. - Eu já estava pronta pra desligar quando ela falou.

- Lili? Lili Pauline Reinhart? - Ela perguntou. - Só um minuto. - E eu aguardei esses segundos ouvindo o outro lado ser tomado por uma voz grossa enquanto meu coração dava um looping no peito. - Lili? Tudo bem com você e o bebê?

- Tá sim. Eu não queria incomodar. - Estava nervosa como se fosse uma donzela intocada que nunca havia falado com um garoto antes. - Eu só queria saber se sabe o que aconteceu com a Hailey.

- Hailey Dobrev? A namorada do Matteo? Não ele não me falou nada.

- Ela me ligou e disse que estava no apartamento, então eu saí mais cedo pra saber o que aconteceu. - Suspirei respondendo. - Achei que pudesse saber de alguma coisa, não sei o que esperar.

- Fica calma. Vou ligar pro Matteo quando eu finalizar a reunião e descobrir alguma. Mais tarde apareço por lá.

- Certo, certo. Até mais. - Ele não respondeu e a linha ficou muda, então puxei o telefone do ouvido e finalizei a ligação.

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Subia o elevador da garagem apertando o botão insistentemente e com pressa, algo estava errado, algo aconteceu. Quando adentrei a cobertura o silêncio era quase ensurdecedor, caminhei até a cozinha onde a morena dos cabelos lisos estava curvada sentada num banquinho alto, seus cotovelos estavam sob o balcão da ilha com uma xícara entre as mãos e seu rosto estava inchado assim como seus olhos vermelhos denunciando que havia chorado.

- Lili... - Ela sussurrou antes de se jogar em meus braços e começar a chorar. - Me desculpe por te incomodar, me... desculpe...

- Shh, tudo bem. - Retribuí seu abraço afagando seus longos cabelos lisos. - Você jamais incomoda Hailey, tudo bem... - Agora ela chorava.

- Eu não sabia pra onde ir e só pensei em você, eu...eu... - Falou em prantos.

Eu não sabia como consolar ela, nem se tinha um manual ensinando como fazer, mas enquanto a abraçava forte e acariciava seus macios cabelos soube que fazia o certo, era como se eu soubesse que ela precisasse disso, de um abraço, de um afago, de uma amiga...

Ela demorou-se por mais ou menos 15 minutos antes de se acalmar, Dália que a havia recebido e lhe servido uma xícara de chá voltou momentos depois pra ver como ela estava e eu aproveitei perguntando por Jade, a esposa de Sprouse não se dava bem com Hailey e a última coisa que ela precisa é de uma briga hoje, Thirwall não estava em casa.

- Quer começar a contar? Se sente bem pra isso? - Eu não queria pressiona-lá, mas eu queria ajudar e eu só poderia fazer isso se soubesse o que a levou até alí aos prantos.

❦𝗨𝗺𝗮 𝗣𝗿𝗼𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮 𝗜𝗻𝗲𝘀𝗽𝗲𝗿𝗮𝗱𝗮❦ [𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢́𝐝𝐚]Onde histórias criam vida. Descubra agora