𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟐𝟖 - 𝐎 𝐟𝐥𝐚𝐠𝐫𝐚

843 108 132
                                    

Cole estava ofegante ao meu lado, se vestiu novamente e ligou o carro saindo daquela parte deserta. Me ajeitei também descendo a saia e concertando a calcinha, seguimos o resto do caminho em silêncio, eu caindo de sono ao seu lado.

De fato incendiavamos por onde passassemos, ele era fogo e eu gasolina e juntos, uma explosão de desejos. Estava adormecendo e vez ou outra abria os olhos, mas quando o encarava sorria, ele era incrivelmente forte, e lindo, muito lindo...

Quando chegamos na garagem do prédio luxuoso, desci do carro à contragosto, subimos o elevador juntos, eu apoiada nele e enquanto ele ia fazer não sei o quê caminhei até meu quarto onde coloquei um baby doll de seda rosé confortável e me deitei embaixo do edredom tentando me entregar ao sono. Quando estava quase dormindo alguém me abraçou por trás. Cole. Colocou seu nariz em meus cabelos e inspirou fundo, estava apenas de cueca, eu senti e enquanto ele me abraçava adormeci sob seu toque acordando somente no outro dia com a cama vazia.

◆━━━━━━◆❃◆━━━━━━◆


Eu estava nervosa. Finalmente saberia o sexo do bebê, do meu bebê. Me arrumei depressa no dia seguinte, tomei um banho relaxante e vesti uma calça jeans com uma blusa de alcinha, os cabelos eu já havia me acostumado à deixá-los soltos e assim eu fiz. Kalel ficou encarregado de me levar ao consultório e para evitar atrasos comi uma porção no café da manhã mais reduzida, Dália fazia coisas realmente maravilhosas. Como hoje era sábado ela só trabalharia até 12h00, então quando saí me despedi da mesma que torcia muito dizendo ser uma menina, eu apenas sorria envergonhada e dizia que o que viesse era benção.

Quando desci de frente para a clínica, subi o elevador quase tendo um treco e entrei na sala de ultrassom 15 minutos antes do previsto.

- Animada Lili? - O médico perguntou enquanto passava o gel em minha barriga, antes disso ele pediu que eu bebesse o máximo de água que eu aguentasse e me deitasse na maca já inclinada.

- Muito! - Não contive a animação com sua pergunta e logo ele passava aquele objeto pela extensão onde estava úmido. Foram longos segundos que se sucederam antes dele finalmente falar.

- Não vamos conseguir saber o sexo hoje. - Aquilo pareceu me murchar, mas não durou muito, afinal, eu estava me consultando sozinha, imaginando o rostinho do meu bebê sozinha, apenas eu e ele.

- Por que? - Perguntei.

- Ele está mal posicionado. - Ele ainda olhava o monitor. - Não se preocupe, em alguns casos isso é muito normal, talvez no 4° ou no 5° mês consigamos ver. - E logo ele estava limpando o gel em minha barriga, pegou uma prancheta alí ao lado da cama e começou a fazer umas anotações. - Você tem se alimentado de 3 em 3 horas?

- Só quando estou no trabalho que eu me alimento com menor frequência, mas durante a noite e inclusive de madruga eu costumo comer muito.

- Sim, é recomendável que você se alimente melhor no trabalho, ficar longas horas sem comer pode prejudicar o bebê e a você também. - Explicou e anotou na prancheta, acho que era um formulário. - Tem sentido enjôos?

- Não.

- Teve algum sangramento anormal?

- Também não, Doutor.

- Sentiu alguma cólica, ou dor abdominal?

- Absolutamente tudo igual. - Sorri e ele também.

- Certo. Finalizamos. Aparentemente tudo normal. - Desci da maca e peguei minha bolsa. - O sr. Sprouse me contratou 24 hrs para a senhorita, peço que qualquer sintoma diferente me telefone imediatamente.

❦𝗨𝗺𝗮 𝗣𝗿𝗼𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮 𝗜𝗻𝗲𝘀𝗽𝗲𝗿𝗮𝗱𝗮❦ [𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢́𝐝𝐚]Onde histórias criam vida. Descubra agora