Ruin ~ Shawn Mendes

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Contém hot!

Bella

A bola de neve de mentiras agora cai sobre mim, me deixando gelada e molhada, sentindo meu coração doer. A expressão de dor na cara dele, eu daria qualquer coisa para apagar da minha mente. Ele falava e eu só conseguia me perguntar O que eu fiz? O arrependimento é sufocante. 

Vejo nos olhos dele tanta dor e tristeza que eu não consigo mais encará-lo. Não consigo, simplesmente. O tom da voz dele é tão doloroso, me corta por dentro, como o açougueiro corta a carne. Me dilacera, me corrompe, me explode. Queria chorar.

Queria chorar por tudo, pela bagunça que eu fiz, por toda dor que eu causei. Shawn o pega no colo e eu me sinto distante esse amor, desse carinho. Me abraço, me sentindo só. Sinto o olhar da Camila, mas não tenho coragem de olhar pra ela sem desabar. Tudo está errado e a culpa é só minha.

O sapatinho do Peter cai e eu pego, pra por de volta. Estou tão perto dele que é difícil respirar e raciocinar. Nos olhos, quando nossas mãos se encontram. 

"Que momento fofo, parecem até uma família."

Loren chega, batendo palmas, os olhos escondendo uma fúria assustadora. Eu estraguei os planos dela agora, e isso me deixa satisfeita. Ela tornou a nossa vida um inferno. Claro, não me obrigou a mentir, mas me obrigou a fazer parte dessa farsa. Ela causou tudo isso, querendo ou não. Se ela não estivesse grávida, eu batei nela bem no meio dessa cara rebocada dela.

"Que bom que a cadelinha da família chegou."

Camila debocha. Seguro riso. Camila é só o deboche mesmo, não perde uma.

"Você nunca me defende, não é? Agora se é com essa daí, você vira uma fera."

Balanço a cabeça, sem acreditar nessa mulher. Nunca tinha visto alguém tão vitimista assim. Alguém precisa fazer ela entender que ela não precisa se submeter a essa humilhação. Não ter um pênis não torna alguém fraco, ela tem que entender isso. Dói ver ela segurando o Shawn a todo custo, mesmo sabendo do desinteresse dele. Nenhuma mulher merece ser tratada assim por um homem, não importa a necessidade ou as circunstancias. 

Ravi aparece.

"O que ta pegando aqui? Estão perdendo a festa. Voces não vão aprontar um barraco no meu casamento, amores."

"A putinha aqui não sou eu."

Loren solta, dando uma risadinha depois. Quero arrancar a cabeça dela, avanço, mas a Camila me segura. A Loren não sabe como quem está se metendo. Ela acha que eu sou quem? Não vou deixar ela me ofender desse jeito.

"Parem!"
Ravi está irritado, olhando pra Loren com raiva.

"Quem te garante que ela não engravidou de qualquer um e está mentindo pra te prender a ela? Não é a primeira vez que ela mente."

"Me solta, Camila. Eu não vou bater nela."- Ela me solta, ainda desconfiada. Peter brincava com o cachorrinho de pelúcia dele. Pego ele e estendo pra ela.-"Leva ele pra fazer um teste de paternidade, então."

Ela da uma risada.
"Eu não vou fazer nada."
Me aproximo dela, feroz. Se ela me ofender de novo, eu vou esquecer que ela ta grávida e vou meter o tapa na cada dela.

"Ninguém vai fazer teste nenhum. Não tenho dúvidas, e se você não aguenta isso, Loren, por favor, a porta está aberta. Eu te disse que eu vou ficar com você até o nascimento dessa criança, depois, é cada um na sua. Então já vá se acostumando porque essa é a minha mulher e eu não vou mais aturar que você a ofenda, está claro?"

Shawn me puxa, bufando, irritado.
"Oi, família."
Froy surge do nada.Shawn dá uma risada.
"Ótimo, agora o circo ta completo: é uma palhaçada atrás da outra."

"Eu tenho o seu bilhete da liberdade."
Froy diz, tranquilo.
Shawn se aproxima, encarando ele como dois leões disputando o poder.

"Se você não sair da minha frente, eu vou perder a paciência."
Froy ergue a sombrancelha, mas dá licença. Caminho ao lado do Shawn, nervosa pela irritação dele. Está assim por minha causa?

Ele me leva até a entrada e eu paro.
"Não posso perder o casamento, Shawn."
Ele abre a porta do passageiro, no carro dele, me olhando.

"Só por uns minutos, por favor. Preciso esfriar a cabeça."
Balanço a cabeça. Eu sei o que ele ta falando, tudo parece errado, mentira, tudo despencando.

Camila aparece.
"Me dá esse bonitinho, eu cuido dele."
Eu dou, agradecendo mudo, e ela assente, piscando pra mim. Entro no carro, ele fecha a porta, da a volta e entra, acelerando.

Fico quieta, vendo ele tentar se acalmar, os sentimentos confusos nele, a respiração dele pesada, seu corpo todo tenso.
Ele estaciona numa rua. Fico sem entender.

"Isso é por minha causa?"
Tenho coragem de perguntar, baixinho, cautelosa.

"Não. Também. Não sei."
Ele suspira. Deixo ele pensar.

"O que quer fazer?"
Pergunto, doce e cuidadosa. Tudo a tempo dele. Ele me olha, ofegante.

"Quer mesmo saber?"
A voz dele tem tanto tesão e desejo que meu corpo se arrepia, mordo o lábio, já imaginando o que vai acontecer.

Ele me pega e me leva pro colo dele com facilidade, apertando a minha coxa e me fazendo gemer baixinho de prazer.

Meu corpo responde ao toque dele involuntariamente. Abro a camisa dele, botão por botão. Como pode ser tão lindo? Meu fôlego e minha sanidade vão para o espaço.

Ele abre o zíper do meu vestido e eu tiro, com esforço. É aperto aqui, mas gostoso demais. Ele tira meu sutiã, investindo nos meus seios, de um jeitinho que me deixa doida.

Os dedos dele entram na minha calcinha e me penetram, fazendo movimentos rápidos e fortes, me deixando completamente molhada.

Gozo nos seus dedos, e ele os passa na boca.
"Tava com saudade desse teu corpo lindo, morena."

Ajudo ele a tirar a calça e eu ponho a mão dentro da cueca dele, fazendo movimentos com seu membro, lentamente, mas com precisão, do jeito que ele gosta.

Ele pega a camisinha no porta luvas.
"Eu tomo remédio!"
Ele ri, botando a camisinha.

"Da última vez que transamos sem camisinha, tivemos o nosso menino."
Rio. O coração derretendo de amor por esse momento.

Ele me puxa pra um beijo profundo, enquanto eu me encaixo no colo dele, fazendo o membro dele penetrar em mim com profundidade, rebolo e quico no colo dele com cuidado e desejo.

Não contenho gemidos e ele também não. Os gemidos roucos que escapam da boca dele são perfeitos, a maior prova de que, entre nós, existe mais do que uma atração forte: existe amor. Um amor complicado demais, uma rosa com muitos espinhos, mas perfeito, da sua maneira.

Eu gozo e, logo ele também. Minhas pernas estão meio bambas, meu corpo arrepiado pelo sexo gostoso, melhor do que o que eu jamais poderia imaginar.
Nos arrumamos. Ele volta a ligar o carro e, dessa vez, pega minha mão e beija.

"Já me perdoou?"
Pergunto, interessada. Ele ri.

"Não. Eu queria só sentir você. Ainda temos muita coisa pra resolver."
Ele é tão fodidamente lindo quando está sério. Meu pedaço de mau caminho.

"Mas isso não vai se repetir?"
Vejo o sorrisinho dele, mesmo que tente esconder.
"Acha mesmo? Você é uma droga, Isabella, e eu estou fodidamente viciado em você."

Sorrio também.
É bom voltar ao passado, é bom ser dele, mesmo que só por alguns segundos. Acabamos voltando pra festa e curtindo cada momento, sempre trocando olhares. O que eu faço com essa vontade de ficar com ela até o fim da minha vida, de beijar a boca dela, de amá-la até o sol nascer, de encher nossa casa com os nossos pequenos, de dividir uma vida com ela?

O que eu faço com esse amor?

Notas da autora:
Eu nem ia por música na mídia, mas esse capítulo ta tão lindinho que merece❤