O final de semana com Mathias acabou se tornando simplesmente incrível! Os dois dias que passamos juntos, no meio do nada, sem ninguém por perto para nos preocupar foi algo maravilhoso para mim. Acho que de alguma forma, esse tempo juntos acabou fazendo que eu conhecesse um lado do Mathias que nunca pensei existir, e descobrir que ele é um homem bem humorado, divertido e romântico faz com que aquela sensação estranha que já conheço, remexa meu estômago, só que agora de um forma diferente, um forma que me deixa um pouco mais... assustado!
Perceber que o sentimento pelo meu professor de matemática está crescendo e se intensificando me faz lembrar que o que estamos vivendo é algo completamente errado sob os olhares das outras pessoas. Nem mesmo gosto de pensar nas consequências caso tudo isso seja descoberto por alguém, e é por isso que após o nosso primeiro sexo, na noite passado, decidi que não pensaria sobre isso, sobre como esse caso vai acabar. Na verdade, tudo o que quis foi aproveitar cada segundo dessa viagem, usando essa oportunidade para tentar desvendar quem é o homem que está fazendo minha vida virar de cabeça para baixo.
São quase seis da tarde quando Mathias e eu entramos na nossa cidade. É domingo e tento não me lamentar tanto por nossa viagem ter chegado ao fim. Em vez disso, me perco em pensamentos, lembrando dos melhores momentos que passamos juntos e um sorriso quase escapa dos meus lábios quando percebo que todos eles envolveram o sexo que nós fizemos.
A única pessoa com quem fiz sexo antes do Mathias foi o Nando e talvez agora, depois de vivenciar todas essas experiências com o homem ao lado, sou capaz de perceber o quanto Nando e eu não fazíamos a mínima ideia do que era sexo de verdade, ou pelo menos eu não sabia. É estranho estar comparando tudo, mas acho que o fato de Mathias ser um homem mais velho e termos essa... ligação estranha, fez com que cada toque, sensação e orgasmos fosse inigualável a qualquer outra coisa que posso imaginar. Hoje consigo me dar conta de que com Nando eu era apenas um fantoche e não o culpo por causa disso, afinal, erámos dois adolescentes sem muitas experiencias na vida para saber como degustar do sexo da forma certa. Mas com Mathias... ah, com Mathias foi tudo diferente.
O amor que fizemos na noite passada não foi o único. Na verdade, aquilo foi apenas a forma que Mathias encontrou de dizer que o sexo está além de qualquer coisa carnal. Ele aproveitou cada minuto do nosso exilio naquele chalé para me mostrar que o prazer não vem do ato em si, mas da conexão com a pessoa com quem estamos fodendo. E só de lembrar cada toque seu, cada beijo, a sensação da sua língua percorrendo cada centímetro da minha pele...
- Está dormindo? – abro os olhos rapidamente quando ouço a voz de Mathias dentro do carro. Me remexo no banco, olhando em volta e descobrindo que já estamos parados no estacionando onde ele me buscou mais cedo no dia anterior, perto da minha casa. Tudo está escuro e não há sinais de pessoas pela rua. Somos só nós dois.
- Foi só um cochilo. – falo, sorrindo para ele e baixando os olhos para nossas mãos quando ele segura a minha e cruza nossos dedos. Mathias solta nossos cintos de segurança e então se aproxima de mim, para beijar meu rosto e em seguida meu ombro. Quando se afasta para me olhar, o encaro e percebo o quanto nosso passeio parece tê-lo transformado, pois Mathias nunca pareceu tão relaxado como agora. – Não queria ter que voltar. – eu assumo, deixando minha cabeça encostar no banco.
- Nós podemos voltar quando você quiser. – Mathias diz e mordo meu lábio com força, pois a cena dele andando pelado dentro do chalé me vem a cabeça na mesma hora.
- Vou gostar muito disso. – falo e sinto minhas bochechas esquentarem, principalmente quando vejo o sorriso malicioso de Mathias, que parecer ler meus pensamentos. – Acho que preciso ir, mas eu não quero. – eu digo para ele, que suspira e trás uma das suas mãos até meu rosto.
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Stay
RomanceMikael é um garoto de dezessete anos que está iniciando seu último ano no ensino médio. Ele é bolsista numa pequena escola particular da sua cidade, onde também trabalha meio período como bibliotecário, para ajudar nas despesas de casa. Mika, como é...