Prison (Frerard) *Repostagem

Blade

Atenção: O capítulo contém cenas fortes – e mesmo que eu tenha adaptado, não consegui mudar quase tudo - então peço descrição aos leitores. Boa leitura ❤️

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Acho que na verdade, Gerard Way tinha seu lado emocional. Talvez eu estivesse errado. Eu não tenho tempo para presumir algo, mas Gerard Way fazia coisas feias naquela cadeia. Muito feias como, abusar de alguém ou assassinar alguém, armava fugas e contrabandeava objetos  proíbidos ou drogas. Ele era conhecido como o "gótico do crime" e era justamente pelo aspecto "emo" ou "gótico" que fazia toda a diferença. Ele não tinha cara de bandido, mas sim de um modelo muito bem pago. Eu só não entendia o porquê de  Gerard, com todo aquele poder, não fugir dali. Por que continuar no inferno se ele tinha como fugir e todos os recursos para isso? Eu acho que Lúcifer sempre quis ser da ala divina, só acho. Nunca da infernal. Parece que Gerard havia se acostumado com aquele "lar" onde podia ter controle sobre as coisas ali, mas talvez no mundo real o controle fugisse de suas mãos.

Eu não entendia do eu estava acontecendo. Eu apenas tinha medo. Comecei a ter uma crise. Senti minhas mãos tremendo e minha cabeça pesando, meus pulmões imploravam por ar e eu não consegui pensar em mais nada. Sentei-no chão daquele banheiro sujo. Deixei a água cair nos meus cabelos e minha visão rodopiava, girava, o teto ia lentamente caindo e a visão começava a ficar turva. O banheiro parecia tão maior do que era. Eu me sentia desprotegido, sozinho, mesmo que eu estivesse atrelado com um bandido branquelo metido a serial killer, não significava que eu iria aceitar tudo que ele me falava.

Eu queria sair dali...

Eu só fechava os meus olhos, pensava em minha família, meus amigos...

De repente, homens entraram no banheiro e me puxaram pelos cabelos, mandando eu levantar. Levantei, respirando ofegante, ainda de olhos fechados, tentando puxar ar entre os pulmões. Quando abri os olhos, eram os mesmos caras que tinham me batido há uns dias atrás, naquela cela suja que eu dormia Que caralho, bem quando meu rosto fica okay vocês vêm me bater de novo?

Pera, acho que eles não queriam me bater.

Merda.

- Você é tão gostoso - Disse um cara forte e todo tatuado vindo até mim enquanto outro homem segurava os meus braços me imobilizando. Eu não sabia o que fazia porque a porra do medo me fazia travar inteiro e eu não me mexia. Minhas mãos endureceram eu só queria que eles me matassem logo.

Eles podiam fazer esse favor para mim.

- Só vai logo, me matem logo - Eu disse com a voz tremula, mas ele não ligou para o meu pedido.

- Que voz grossa ele tem! Não, você não vai morrer hoje - O tatuado levou seus lábios até os meus, forçando um beijo que tentei recusar, mas o mesmo segurou em meu rosto e apertou enquanto me beijava. Ele tinha um gosto de cachaça enquanto  eu respirava forte, tentando puxar folego e me tirar dali, só que o homem de trás segurava meus braços.

O homem que me segurava, beijava meu pescoço, enquanto roçava atrás de mim. Eu não tinha o que fazer, eu não tinha o que pensar, eu só estava com medo. Isso me mostrava o quanto eu era impotente. Tentei gritar, mas minha boca estava ocupada com um desconhecido me beijando.

Gemi de pavor, comecei a chorar, mas o cara tatuado parou o beijo, me dando um soco na barriga que me fez gritar e me encolher.

- Cala a boca! - Voltou a me beijar levando suas mãos para tocar minhas partes íntimas, mas aquilo só me agoniava, enquanto o de trás me invadia. Apertei meus olhos, tentando tirar meus pulsos que estavam sendo segurados.