Capítulo 6

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AURORA

Acordei, olhando o quarto e lembrando de qual casa e situação, eu estava não na casa do Sr. Joes. Mas sim, do o homem que eu havia me unido por toda eternidade. Sinto mãos batendo rapidamente e então andei até a porta. Ouço ainda o barulho, só parar quando eu abro e me deparo com a empregada do casarão.

- O Senhor Joes, lhe mandou, informar que gostaria de tomar o café com a senhora. Desculpe se te acordei! Mas estou precisando, correr para a cozinha. - Sorri, concordei com a cabeça. Ela foi direto para o corredor que levava para a cozinha.

Me virei e fechei a porta. Peguei a mala que eu havia deixado no quarto. Coloquei em cima da cama. Analisei todos os vestidos e escolhi o azul marinho. Fui no banheiro do quarto e depois sair. Vesti as minhas roupas debaixo e vesti o meu solto, vestido e de minha mãe.

Abrir a porta e caminhei, olhando com mais atenção. A toda casa. Eu precisava, pelo menos conhecer o que se tornaria um lar, que apesar de tudo. Não era ruim. Era o bastante. Satisfatório. Só que eu teria que encarar uma realidade que eu era casada e não submissa do meu marido. Nunca pensei, de forma alguma, que estaria sendo assim. O meu casamento. Isso me deixar com vômito e faz me sentir...

Meus passos estavam perto da sala e entrei. Vi seus olhos permanecerem em mim. Sem ao menos, se moverem, e continuarei esperando que eu diga alguma coisa. Não me permitiria, conversar até que ele puxasse o assunto.

Sentei e coloquei o café em minha xícara.

- Aurora, tivemos algo, ontem e queria pedir, desculpas. Me permita-me, lhe servir? - Ele levantou e colocou os pães sob o meu prato e colocou em um copo o suco.

- Obrigada, Sr. Joes! - Agradeci, olhando para seus olhos. Ele permaneceu, um pouco a mais do que necessário em pé.

Depois sentou na cadeira.

- Sei o que eu fiz. Não, voltarei mais. A cometer o mesmo erro.
Ele disse se levantando.

- permita-me, me ausentar. Tenho que tratar de negócios.

Levantei da cadeira.

- Eu poderia lhe ajudá-lo?
perguntei, ele ficou pasmo e, após isso.

- Obrigado pela gentileza, só que eu estou a mais tempo nesse rumo. Deixe os negócios, comigo!
- Ele sorriu e virou sua costa, sem ao menos, dizer para qual lugar estava indo.

Respirei fundo, pensando que ele não era tão... Não sei ao certo, só que eu admirei sua compreensão.

Pelo menos, poderíamos ser amigos.

Tirei os nossos pratos e andei até a cozinha.

Coloquei na pia e a empregada, a qual não sabia, seu nome e nem seu sobrenome. Colocou sua mão no seu peito. De susto.

Até suspirar.

- Você não precisa fazer meu trabalho. Você é a esposa do Sr. Joes. - Ela disse, limpando suas mãos molhadas no avental de pano que tinha em sua cintura.

Ela mexeu com a colher na panela e se virou para mim. Olhando um pouco a mais.

- Me dei, esses pratos, Aurora... senhora Joes. Desculpe... - Ela disse, me aproximei dela e toquei em seus cachos. - Você é linda, gostaria de não ter esses cabelos de macarrão e bem... tão maravilhosos como o seu. - Sinto seu sorriso se expandir, em seu rosto.

- Pensei que a senhora seria grosseira, repugnante, como a ex do Sr. Joes. Ops! Nã... era para eu ter tido. - Ela voltou a mexer na panela.

- Não, tudo bem! Eu não tenho absolutamente nada para fazer. Me permita-me, aprender seus dotes culinários? - Pergunto, ela olhar um pouco para mim e então diz:

- Acho que o Sr. Joes, não gostaria disso. - Então, coloquei as mãos na cintura. Depois relaxei meus ombros, tirando a tensão.

Amarrei meu cabelo com um laço.

- Ele não precisa saber, se caso acontecer. Isto é pedido meu! Creio que essa aliança no meu dedo, possa pelo menos... deixa-me, fazer algumas coisas a qual eu quero.

O dia passou corrido, passei pelo Jardim e aprendi fazer pratos maravilhosos. Vi meu esposo comer silenciosamente.

Respirei fundo e levantei da cadeira.

- Gostaria de frequentar aqui, na sua casa. Aulas de culinárias. Preciso me distrair. Já que sou uma inútil. - As lágrimas nos meus olhos, facilmente escorreram na minha bochecha.

Me virei, deixando sentado e queimando a minha pele, subi rapidamente a escada.

Fechei a porta do quarto.

Senti algumas batidas na porta. Mas não quis ouvir e nem atende-las, adormeci entre elas.

Permita-me, lhe amar?Onde histórias criam vida. Descubra agora