Capítulo 8

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OLIVER

Cheguei e desci do cavalo. Meus seguranças estavam lá frente. Só que não estavam, do mesmo modo, antes de eu partir. Para tratar de negócios na cidade.

— O que aconteceu com vocês? – Pergunto, analisando o pano ao redor da cabeça de Ethan e no Willam, sentado se doendo, colocando algo frio em sua perna.

– Duque, sua esposa fugir e ela acertou eu, e o Wiliam e então, não conseguimos impedi-la, foi para dentro das plantações. – Balancei a cabeça negativamente.

— Seus! Seus... —  Virei meu rosto e olhando para as plantações.

— Não é preciso que,  vá comigo mais! Irei encontra-la, e quero não vê-los, nunca mais aqui! –Eles entraram dentro de casa, sabendo que só restava uma hora para o almoço.

—  Vocês vão embora, mas podem ficar para o almoço. Perdi a fome, irei procura-la, até achar. – Elevou a minha voz e caminhei novamente e subi no cavalo.

Só devia estar na cidade.

Pensar que eu iria por no meu lado, para conhecer meus negócios e me ajudar. Parece uma adolescente de treze anos.

Penso comigo mesmo.

Procurei e perguntei por ela. Pessoas observaram ela de longe, disse que não prestaram atenção. Quando for embora, junto com uma moça. Que havia faturado.

A minha cabeça estava explodido de tanto pensar e repensar, mas eu lembrei que não sabia nada de minha esposa. Nada e nem conseguiria saber, para qual lugar. Ela poderia estar. 

Senti uma lágrima cai no meu rosto.

Só podia ser a minha culpa

Eu fui tão rude com ela...

Eu quase a forcei e...

A minha mente se voltou no passado, quando cheguei. Deitei na cama macia e adormeci sem jantar. Não estava com estômago para as minhas lembranças.

Tentei várias vezes

Falhei terrivelmente.

Lembrança:

2 de ferveiro de 1878

A única lembrança vaga, aos meus dez anos de idade. O fogo estava em toda casa. Eu estava me sufocando com a fumaça. Meu corpo estava se deitando aos poucos e a minha consciência foi de vinte minutos. Depois disso, uns cinco meses depois, me deparei com um hospital infantil. Passei alguns meses à qual não me lembro. Meses depois.

Fui para o orfanato, me adaptei a língua americana, lendo uns livros infantis, com meu amigo, nascido na América do Norte.

Me escolheram entre tantos.

Só passei um dia.

Cheguei a casa, sorridente, me deparei com um idoso de aparência muito mais velha. Uns 65 anos. Ele não manteve uma palavra a minha chegada até que, o momento que estávamos na mesa. A senhora Joes, era gentil demais. Se preocupava, a cada segundo se eu estava bem. Se eu gostava da comida ou se eu preferia dormir ao seu lado. Para que eu não tivesse pesadelos.

Agora entendo, aos quais pesadelos se referia.

A morte dos meus pais biológicos, tão pobres e humildes.

Ela insistia em saber, se eu estava gostando da casa.

Depois de perguntar as tantas questões que listei, agora pouco.

—  Isabel, pare de rodia, o pobre rapaz. Meu filho, desculpe se não usei o tempo de me apresentar e nos conhecemos melhor... sou quem vai te criar, te alimentar e você vai dever isso, muito no futuro. Todo esse casarão, um dia será seu. Preciso descansar, meus olhos. – Ele levantou e caminhou até a enorme escada.

A Isabel segurava minha mão, tão firme e senti, que eu tinha uma família.

— Você não precisa ouvir tudo que ele diz, ouviu, bem? Às vezes, os homens podem ser insensíveis. Só entenda, algo. Acabamos de perder nosso filho primogênito. –  Seus olhos encheram de lágrimas.

—  Vamos, meu filho. Terminei seu prato. –  respirou fundo, olhando para o lado. – Precisamos descansar! – colocou seu braço e pegou uma colher cheia e colocou na minha mão e disse:

— Coma!

Limpou suas lágrimas em um guardanapo. E, voltou a olhar para mim. Enquanto, acerelei de comer. Com muita fome. Que eu não poderia negar. Estava faminto.

Comi bem pouco na viagem.

Abrir os meus olhos, forcei meu corpo a se levantar. Caminhei pelo corredor até o quarto de hóspedes. Que era de Aurora.

Antes de fugir

De sua infeliz casa.

Rageu a porta e me deparei com seu vestido, que era de minha mãe adotativa em cima de sua cama.

Caminhei, lentamente até sua cama. Peguei seu vestido, pelo meio e deixei dobra-lo no meu braço. Olhei para todo resto, o espelho e vi uma foto bem antiga.

Estava em cima da estante que se embeleza.

Peguei e sentei na cadeira.

Seus traços eram intensos demais.

Senti uma pontada no meu peito.

Saudades

Queria que estivesse ao meu lado  e conhecendo do meu negócio, para que não se sentisse miseravelmente inútil, como disserá.

Ela dever ter fugido pela minha petulante atitude, grosseira e estúpida.

Queria que estivesse aqui.

Mas prendê-la, a mim?

Ela é a minha esposa e dever estar no meu lado. Para sempre.

Deito em sua cama e coloco as minhas mãos juntas e adormeço.

Toco no lado e transpiro seu perfume. Mas ela não está ali.

Eu precisava, apenas saber aonde ela estava. Poderia estar correndo perigo e não sabendo se cuidar...

Fiquei um pouco, recuperando o meu corpo e fiz pressão para que eu levantasse.

Meus pés caminharam até a porta. Passei até o meu quarto, queria relaxar toda tensação do meu corpo todo. Despi-me, entrei na água morna.

Relaxei meus ombros.

Ainda com a foto de Aurora nas mãos. Encarando seu rosto angelicalmente, delicado.

Esperando que voltasse...

Só que eu sabia que a liberdade que tanto queria, não seria pego tão facilmente. Me embulhei em um pano e fui vestir a minha roupa. Coloquei as roupas íntimas, depois as minhas roupas em questão; azul e branco. Depois peguei as minhas botas.

Coloquei cada uma.

Até que meu coração parou por um momento. Havia uma carta ou apenas um bilhete, escrito às pressas. Em cima da cama.

Parei tudo que eu pensava em fazer. Abrir, após ver meu nome escrito e vi um pequeno texto ali:

"Querido, Oliver.

Desculpe por não ter prometido ficar casada com você. Para toda eternidade. Mas nós sabemos que isso custou a minha liberdade de viver meus sonhos e meus planos.

Não estou esperando ter um filho e muito menos, viver em casarão e segui as regras, as quais não me parece boa e não é cabível à mim.

Sei o quanto irá me procurar, e também, deduzo que irá me procurar pelos quatros ventos da cidade. Como se fosse uma criança malcriada e que não havia comprido seu dever.

Como filha. Mas lhe peço, que não me procure, preciso que entenda.

No fundo, no fundo, Duque.

Você não é, o que está por debaixo, dessas suas roupas e desse teu olhar. É nobre, compreensível. Dever estar pensando, assim como eu agora.

Ela foi embora, pela minha atitude tão descarada, vergonhosa e indelicada para uma dama, igual a aurora. Com todo sinceridade de meu coração.

Lhe perdoei, de verdade.

Com amor,
Aurora. "

Permita-me, lhe amar?Onde histórias criam vida. Descubra agora