Capítulo 1

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Jade Prescott

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Jade Prescott

Minha psicóloga está me olhando atentamente na esperança de que eu fale algo, mas tudo o que faço é segurar o choro que está entalado na minha garganta. Por que mesmo que tenho que ser tão fraca? Por que a minha vida não pode ser normal ou igual a de uma adolescente dos filmes que eu vejo?

Que se foda todo o lance de "coisas ruins acontecem para que melhores possam acontecer”. A porra do mundo é cruel e doentio. Tive o desprazer de sofrer uma agressão tanto física como psicológica, que explica o porquê de eu estar deitada sobre o sofá que tem na sala da minha psicóloga.

— Por que eu sinto uma vontade absurda de chorar? — Direciono a minha pergunta a ela.

— Porque quando coisas ruins acontecem conosco nossa primeira reação é desmoronar. — Ela para por um instante de anotar e me olhar de um jeito acolhedor.

— Eu me sinto culpada, mas eu sei que não deveria me sentir assim. Eu estava na minha casa, no meu quarto e isso me da liberdade de ficar do jeito que quero. Certo?

— Certo, você não tem culpa. Seja lá o que tenha acontecido.

— Não entendo até hoje o porquê disso ter acontecido. Eu estava vulnerável.

Suspiro, será que eu devo dizer como eu estava pra ela? Ou é cedo demais? Vou contar! Tenho que fazer isso se quiser superar.

— No meu primeiro ano do ensino médio, tive o desprazer de ficar doente, isso aconteceu quase na metade do ano. Minha avó me levou ao hospital, porque fiquei muito mal mesmo. Então, o médico passou remédios e alguns deles me davam muito sono. Eu acabava capotando e nada me acordava, nada mesmo. Eu não estava indo para a escola, peguei um atestado de uma semana. Em um desses dias o meu tio pediu para minha avó para que um dos filhos dele ficasse lá em casa porque o quarto dele estava em reforma.

Minha avó sempre foi muito acolhedora com os netos e disse que ele podia passar o tempo que precisasse, então ele foi para lá. Eu sempre fui muito próxima desse primo, ele era engraçado e atencioso. Teve um dia que minha avó foi trabalhar e eu fiquei sozinha com ele. Nesse dia eu estava com muita dor, a dor mais insuportável da minha vida e eu tomei três comprimidos de uma vez. Se um já me fazia parecer morta, imagina três. Adormeci tão rápido e foi um sono tão profundo que quando acordei estava bem desnorteada.

Mas senti um incômodo entre as minhas pernas. Abri os olhos assim que despertei por completo, quando me virei de lado o incômodo doeu mais e senti algo molha entre as minhas pernas, e aí olhei para o meu corpo. Eu estava nua. Fechei os olhos e busquei na minha mente se em algum momento eu tinha acordado e tirado a roupa, mas nada veio na minha mente. Abri os olhos quando senti a cama se mexer do meu lado.

Necessito de MimOnde histórias criam vida. Descubra agora