Capítulo 18

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Jade Prescott

— Ei, Zoe. — Bato na porta do quarto dela.

— Oi. — Ela abre a porta.

— Estou indo trabalhar. Quando sair da casa da sua mãe, vai lá na loja, quero saber da conversa.

— Tu é uma curiosa do caralho.

— Você me ama desse jeitinho. Beijinhos. — Dou um beijo em sua testa e saio.

Não sei por qual motivo, mas estou com uma sensação ruim no peito. Sabe aquele aperto de que vai acontecer algo ruim, só não sabe o que é? Pois é... Estou com isso agora.

Hoje é quinta, véspera do meu aniversário. Normalmente, eu ficaria animada, se tivesse lembrado, claro. Esquecida é meu nome do meio. Mas não vejo necessidade de comemorar esse ano. Minha avó morreu, porra! Estou sofrendo.

Tento ao máximo não ficar me martirizando com isso, só que ela era minha âncora e agora não a vejo mais, não a sinto, mas continuo a amando incondicionalmente.

Desperto dos meus pensamentos com Damon estalando os dedos em frente ao rosto. Ele tem uma bandeira com alguns donuts e dois chocolates quentes em uma das mãos.

— Você tá legal?

— Claro. — Sorrio. — 10 dólares. — Ele me entrega o dinheiro e atravessa o balcão.

— Deixei você vir aqui? — Levanto as sobrancelhas.

— Não preciso da sua permissão. — Ele me entrega um copo e senta-se no chão. — Pega um donut, você está com cara de quem ainda não comeu hoje.

— Estava sem fome quando sai de casa. — Pego um e mordo. — Veio aqui para comer donuts mesmo?

— Sim e não. Estava com vontade de comer, mas queria mesmo era te ver. A propósito, você está mais gata do que nos outros dias. — Solto uma risadinha.

— Você é bom nisso.

— Não sou? — Ele ri. — Hoje a dona Dalila disse que está ansiosa para te ver amanhã.

— Também estou. Espero que tenha abastecido a geladeira. — Escuto sua risada e me viro para atender uma mulher. — Obrigada pela preferência.

— Amanhã eu passo aqui antes de você ir lá para casa.

— Certo, mas para que?

— Irmos no Walmart. Tenho que abastecer a geladeira. — Sorrio para o garoto sentado no chão.

Vejo Zoe entrar na parte da cafeteira me procurando, aceno para a mesmo e ela vem em minha direção. Atravessa o balcão, mas para logo que vê Damon no chão, ela me olha e aponta para ele.

— Esse é o Damon. — Ela me lança um olhar de surpresa. — Damon, Zoe.

— E aí? — Ele diz. — Senta aí. Quer um donut?

— Não, obrigada. — Ela senta-se ao lado dele e pega o copo dele. — Mas isso eu aceito.

— Como foi lá? — pergunto.

Necessito de MimOnde histórias criam vida. Descubra agora