Capítulo 2

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Jade Prescott

Já se passaram duas semanas desde a minha primeira consulta com a psicóloga. Ao todo tenho duas consultas por semana, ela disse que vai me encaminhar para o psiquiatra para ter um tratamento mais aprimorado mas não vamos deixar nossas consultas de lado. Ainda bem porque eu gosto de conversar com ela.

O motivo pelo qual eu não procurei por tratamento antes foi por vergonha ou medo, não sei. Meu pai não sabe sobre o acontecido, minha tia e eu preferimos deixar esse assunto entre nós duas. Pelo jeito que meu pai é, é bem capaz de ele colocar toda a culpa em mim e dizer que eu fui oferecida. Mas isso é um assunto pra outra hora.

Neste momento estou pegando um carrinho de compras no Walmart e vou em direção aos corredores extensos e começo a colocar todas as coisas mais gordurosas que eu encontro pelo caminho.

Meu dia hoje se resumiu em discussão com quatro professores, meu pai falando que eu sou idiota por motivos que eu desconheço e ter sido atropelada por um carro enquanto estava indo pegar o meu carro no estacionamento.

Está tudo indo muito bem e conforme o planejado - e vamos de ironia. Vejo que o carrinho está cheio de tudo que engorda e vou em direção ao caixa.

Saio do Walmart depois de pagar tudo e vou em direção ao meu carro, coloco tudo no porta malas, entro no meu Audi TT RS e dirijo em direção ao apartamento do Weston.

Como eu consegui comprar esse carro é bem simples. Eu tenho minha própria empresa. É uma loja em que vendo maquiagem e junto dela tem tipo uma doceria, vendemos os dois e os clientes amam. Já estou me programando para abrir a terceira empresa.

Decidi investir mais na minha empresa desde que meu pai passou a negar as coisas pra mim, por exemplo, comida e roupas. Foi com a minha força de vontade que eu consegui comprar o Audi que dirijo hoje e ajudar minha avó com as despesas de casa. Eu moro com ela desde o dia em que nasci.

Chegando no condomínio o porteiro autoriza minha entrada e estaciono próximo ao elevador. Pego todas as sacolas e entro no elevador, não acredito que vou subir 20 andares com 6 sacolas na mão, por que esse babaca teve que se mudar para o último andar? O elevador abre e dou de cara com a sala do apartamento. Bem bonito por sinal.

— WES? — Grito para ele vir até a minha pessoa.

— Oi, amor. Que tanta sacola, hein.

— É, pega. — Entrego todas pra ele. — Apartamento bonito, está vendendo droga é?

— Não, eu iria usar todas. — Rimos.

— É verdade. Meu dia hoje não está dos melhores, vim para assistirmos alguma coisa e talvez conversar.

— Por que seu braço e sua perna estão sangrando? — Ele diz enquanto me analisa.

— Fui atropelada, mas não foi nada demais. — Dou de ombros.

— Claro que foi demais. Vai tomar um banho que eu vou pegar o kit de primeiros socorros. Pega alguma roupa no closet. — Sempre protetor.

— Sim, senhor capitão. — Bato continência e vou atrás de um banheiro.

Demoro um tempinho pra achar o quarto dele, quando finalmente acho eu tomo um banho gelado e sinto meu corpo relaxar mas logo essa sensação acaba pois todo o meu corpo começa a doer. Talvez o atropelamento tenha sido demais. Vou em direção ao closet e pego uma cueca e uma blusa larga e visto. Vou até a sala e lá está Wes com um kit do lado, me sento ao seu lado no chão e ele começa a limpar os ferimentos.

Necessito de MimOnde histórias criam vida. Descubra agora