Necessito de Mim

Capítulo 25

Jade Prescott

Entramos na delegacia, a policial que está na recepção nos reconhece e pede para nos aproximarmos. Acompanho Carter, enquanto Zoe e Damon se sentam. Coloco os braços em cima da bancada e sorrio.

— Jade e Carter Prescott. — Ela fala e sorri.

— Policial Martinez — falo. — A minha policial preferida.

— Weston já está aqui novamente?

— Aparentemente sim. — Carter diz. — Pode chamar alguém?

— Claro.

Ela sai e entra em uma sala, Carter resmunga algo sobre Wes ser muito irresponsável. Não se passa muito tempo até a policial sair da sala com um homem, ele vem em nossa direção e nos cumprimenta com um aperto de mão.

— Qual de vocês dois são os responsáveis por ele? — Ele pergunta.

— Nenhum, ele já é maior de idade. — Carter responde.

— Mas como ele é meio... — Busco uma palavra na minha mente. — Inconsequente?

— Burro. — Carter diz.

— Exato... Enfim, nós cuidamos dele.

— Tudo bem. Me acompanhem.

Seguimos o oficial até uma sala que parece de interrogatório. Quando entro vejo Weston com as mãos algemadas em cima da mesa e de cabeça baixa, tem um cara ao lado dele, não me parece alguém com boa índole. Mas quem sou eu para julgar alguém só de olhar?

— Por que exatamente ele está aqui dessa vez? — pergunto e Wes levanta a cabeça ao ouvir minha voz.

— Gente me desculpa. — Resolvo ignorar a voz dele e olho para o oficial.

— Weston e esse outro rapaz foram parados e no carro havia drogas.

— Drogas... — Paro de falar e respiro fundo.

— Olha as coisas melhorando. — A ironia do Carter é o que o ajuda a não partir para cima de Wes.

— Ele vai ter direito a fiança?

— O rapaz ali disse que as drogas são todas dele e que Weston Prescott não sabia que estava no carro. Então, sim, ele tem direito a fiança.

— Vamos logo resolver isso. — Saio da sala junto com o oficial.

Fomos até outra sala e resolvemos as questões da fiança, logo voltamos para onde Wes está. Carter está encostado na parede com um olhar furioso. Não julgo, também estou.

— Podemos levá-lo?

— Claro. — O oficial assente e vai em direção a Weston. — Sugiro que o repreendam longe da delegacia, pois agressão é crime.

— Pode deixar — sussurro e saio da sala, sendo seguida por eles.

Sinto minhas mãos tremeram e as fecho. Respiro fundo e conta até 20 mentalmente. Damon e Zoe se levantam assim que nos viram, e começam a nos seguir até o lado de fora.