Capítulo 8: O dragão Nerolyk

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Me troquei e fiquei estilosíssima. Agora estava com uma camiseta igual a de Victoria, branca com mangas compridas douradas e o desenho de uma raposa no centro. Porém, optei por um short jeans e meia calça prateada ao invés de uma calça legging igual a dela. Também coloquei o casaco que Félix me dera, embora tivesse ganhado alguns do mesmo estilo muito bonitos.

Victoria, então, conduziu-me por vários corredores até sairmos no jardim. Percebi que estávamos no primeiro castelo que tinha visto na noite anterior, era o que irradiava dourado. Notei que ele também apresentava muito prateado e branco em seus detalhes. Esses caras não brincavam em serviço quando se tratava de cores das equipes.

O jardim pelo qual passávamos era tão deslumbrante quanto os outros daquela ilha. Por que tudo tinha que ser tão lindo lá? É difícil querer sair vazado de um local assim! Havia estátuas de ouro, de cobre e de prata. Gramados que formavam desenhos e fontes lindas também se destacavam.

Por fim chegamos no grande portão de... adivinha... ouro. Meus olhos estavam começando a se incomodar com o elemento químico de número atômico 79, do grupo 11 da tabela periódica e de massa atómica 197 u.

- Cadê esses lerdos? - Murmurou Victoria enquanto diminuía o passo e olhava ao redor, procurando por Michael e Félix creio eu.

Cessei meu caminhar a fim de esperar por Félix, ele era legal o bastante para que eu fizesse isso.

- Eu odeio esperar.

- Relaxa.

Victoria voltou-se para mim, começou a me encarar furiosa. Então eu disse:

- Pense positivo! Veja como estamos estilosas. Apontei para minhas roupas e dei um giro para mostrar que falava sério. Pude perceber que ela conteve uma risada.

Ótimo, assim não vai suspeitar de nada e poderei fugir sem ser notada. Todos vão pensar que estou me adaptando. Sou genial!

- Meninas! Esperem por nós! - Gritou Félix vindo do castelo.

Como ele sempre estava tão animado eu não sei. Tinha um sorriso fofo, tranquilo, que acalmava qualquer um. O fato de que era um ser amável me incomodava porque não podia odiá-lo, ele era só um doido vivendo com outros doidos por vontade própria.

O lance dos poderes ainda me irritava. Seria tudo verdade, ou seria um mero truque para prender vítimas nesse local?

Logo atrás daquele targaryen sorridente vinha o oposto de sua alegria em pessoa.

Michael não sorri não? Como alguém pode não sorrir sendo amigo daquele menino que usa pijaminha de ovelhinhas?! Deve ser um monstro cruel mesmo! Nem o senhor Darcy conseguia ser tão fechado assim!

Por um segundo, Michael me pegou encarando sua cara depressiva com forte desprezo. Mudei o foco de meus olhos logo após ser flagrada. Agora olhava para o meu novo... poderia dizer amigo?

Não! Nenhum deles é seu amigo! Não seja uma tola carente.

Então, Félix me abraçou como se fossemos melhores amigos ou algo assim. Não o chutei para longe porque... porque... bem... não queria jogá-lo para longe. Era tão adorável que fiquei com pena. Por isso, acabei abraçando o garoto também. Depois, percebi que o desprezo já não estava em meu rosto mais. Agora estava estampado nos rostos de Victoria e Michael.

O que é? Não se abraça ninguém aqui. Esquisitos.

- Certo! Vamos nos mexer. - Disse Victoria, ainda irritada.

Os caçadores de pesadelosOnde histórias criam vida. Descubra agora