Capítulo 22: Descobertas e sofrimentos

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Michael é Malael?! Por que vocês não me avisaram? Seus monstros, eu me senti a maior idiota.

Eis que estava lá eu, um dia na ilha, preocupada com a Emma e Malael tem a brilhante ideia de vir falar comigo sem nem sequer conseguir esconder sua tristeza. Gênio. No dia seguinte fui falar com Michael, tinha umas ideias de como encontrar sua irmã. Estava com dó dele pela primeira vez e ela durou bem pouco, para ser mais exata, pouco mais de vinte e quatro horas.

Perguntei a Félix que também andava desanimado onde o desgraçado estaria e o garoto albino também não tinha ideia. Então, cacei o maldito pela ilha até achá-lo no estádio de queimada conversando com um cara, era Simon. Por falar nele, a propósito, gostaria de avisar que estava bem, assim como o restante da equipe dele. Miguel havia feito uma armadilha, mas eles escaparam, quase que não, mas escaparam. Enfrentaram muitas sombras, porém, eram quase todas esfumaçadas, não foram o pior dos problemas.

Simplesmente achei a conversa suspeita, pois nunca os vira conversando antes e estavam isolados de todos em um estádio que nem estava sendo mais usado, já que os esportes foram cancelados para treinarmos para a Guerra. Eles estavam no gramado, lá embaixo e eu, no topo das arquibancadas, por sorte, ainda não tinha sido vista. Por isso, recuei e saí da arena para depois descer a montanha e entrar lá novamente, dessa vez, estava na parte mais baixa, perto dos dois.

Estava escondida em um corredor que dava para os vestiários dos jogadores, de lá, conseguia vê-los e escutá-los.

 — Devo reunir os nossos também? — Perguntava Simon.

— Sim, não temos muita escolha, eles não estarão preparados.

— As sombras estão sempre preparadas.

 — É... eu sei. — Dizia Michael distraído, provavelmente preocupado com Emma. — Diga a todos que apareço por lá... depois que pegar minha irmão de volta.

— Ok. Já a encontrou?

 — Sim, achei sua mente, o mais difícil foi entender a localização. A mente dela é sempre fácil de achar, principalmente quando ela está com raiva.

— Ela está com raiva agora?

Michael assentiu.

— Deve estar... está xingando alguém. Mas, está bem, felizmente. Vou buscá-la sozinho, não quero ninguém em perigo. Temos uma guerra pela frente, não podemos morrer antes, nesse resgate.

— Certo, vou avisar seus súditos. Mas, é aquilo que eu vivo falando... os filhos da luz não vão querer a nossa ajuda, vão tentar nos matar também. Você viu o que fizeram com Elizabeth e, matando a pobrezinha, criaram o coite. Acho que eu também ficaria bravo se matassem a minha mãe por nada.

— Sim, eu sei. Temos que tentar, nós não temos opções.

— Certo, Malael. Seus súditos ficarão felizes, aquelas sombras perdidas amam o rei que têm. — Simon, então, desapareceu. Não em um portal, só desapareceu. Ele não era Fortis, era Ubiquitous.

— Seu grande... filho da... — Berrei tão alto que meu eco foi além do estádio.

Michael arregalou os olhos. Ele com certeza queria ser um Ubiquitous para desaparecer naquele momento.

— Está aí há quanto tempo?

— Tempo suficiente para descobrir que você, seu desgraçado imprestável, é o Malael.

— É...

— E, para descobrir que além de tudo é uma sombra idiota ou coisa do tipo. E você é rei do quê?!

Os caçadores de pesadelosOnde histórias criam vida. Descubra agora