Capítulo 26: Batalha em Londres

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                                                                                         EMMA

Alguns dias após minha conversa com Ryan, chamei meu time de inúteis para discutirmos meu plano genial.

— O que você quer Emma? São quatro da manhã. — Falou Luke da forma mais gentil que pôde, tentando lutar contra o sono.

— Bom, queria falar sobre a missão suicida dos nossos amiguinhos.

Luke e os irmãos de Ashley me encararam preocupados, ignorando finalmente a vontade de fechar os olhos.

— É eu sei... eles são como Kamikazes só que sem a parte do avião e precisamos salvá-los!

Luke parecia empenhado em me ajudar, as crianças pareciam com medo, mas não negaram nada.

— Gostei da ideia, não quero deixar Ashley morrer.

— Senhora Emma, o que devemos fazer? — Perguntou Antonie determinado e achei sua formalidade a coisa mais graciosa do mundo.

Expliquei para eles meus esquemas, ninguém os recusou. Todos concordaram em participar do meu plano suicida para impedir o outro plano suicida.

— Mas, senhorita Emma... não temos chances. — A irmãzinha de Ashley, Valerie, dizia assustada.

— Relaxa aí, mulher. — Olhei para cima, a noite escura seria até agradável se não estivesse uns treze graus negativos. Vi Nerolyk voando, estava bem maior agora. Não era adulto, mas era poderoso. — Nós temos um plano, euzinha, um exército e um dragão. — Sorri com satisfação.

E foi assim que arquitetei trair Ryan e salvar meus amigos, a sorte foi que o pesadelo estava distraído, provavelmente focado em sair logo do mundo dos sonhos, estava fraco, muito fraco, não era quase nada do que já foi e iria ser novamente.

                                                                                 *** *** ***

— Ryan, me escuta caramba! — Gritei em meio ao caos da batalha.

— Você me traiu, Emma... eu queria ajudar... e... por quê? Por que me traiu? Tudo seria perfeito, seria feliz do nosso lado. — Ele estava uma mistura de indignado e desesperado, suplicava e berrava, surtava e murmurava melancólico. Era tedioso e depressivo.

— Deixe de ser otário, cara! Venha conosco, meu irmão vai aceitar... eu acho...

— Não! Não posso... minha família luta pelo pesadelo há séculos.

— Que besteira! O trouxa do pesadelo acabou de confirmar que os irmãos da Ashley são tipo seus primos...

— Você não entende, Emma... minha mãe é loucamente fiel ao pesadelo e está muito doente... o sonho dela é que eu me torne rei de algum continente enquanto o pesadelo será o imperador do mundo.

Não podia responder que a ideia era ridícula. Na verdade, nem precisei falar nada, Félix foi jogado para o alto e caiu perto de mim, ajudei-o a se levantar.

— Obrigada por não ser uma cuzona, Emma. — Ele beijou minha mão como um súdito cumprimenta uma rainha. Sorri antes que ele disparasse de volta à destruição. — Ryan... por favor... eu não quero lutar com você...

— Ainda dá tempo! Junte-se a mim, Emma... vai ser divertido... nunca mais estaremos em lados opostos. Eles não te entendem como eu! — Ryan berrava com os olhos arregalados, parecia um maluco psicótico.

Os caçadores de pesadelosOnde histórias criam vida. Descubra agora