🐾 PRÓLOGO🐾

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Eu estava com um saco de lixo na mão quando aconteceu.

Assim que abri a porta de casa para pôr o lixo fora, uma coisinha marrom, tipo caramelo, pulou e ficou de pé com as patas na minha barriga. De início levei um susto, mas logo me encantei pelos olhinhos castanhos bem claros, quase mel, do animalzinho.

O cão, o mais dócil que já conheci, estava com a língua de fora, o rabo peludo abanando e parecia sorrir. É loucura pensar isso, eu sei! Soltei o saco no chão e fiquei de joelhos falando de modo infantil e fazendo carinho atrás da sua orelha. O animal deitou a cabeça na minha mão e começou a fechar os olhinhos, como se estivesse prestes a dormir.

Meu coração, mole como é, apertou com tamanha fofura.

Me levantei e olhei a rua, totalmente vazia, então olhei novamente para o cãozinho.

- Você está com fome rapaz? - Ele logo começou a se animar e abanar o rabo. - Acho que isso é um sim! - Eu ri da forma com que ele havia se empolgado.

Levei o lixo até a lixeira, com o animal rodeando minhas pernas, fazendo-me tropeçar e quase cair.

- Tá bem, tá bem. - Ele estava me olhando com expectativa - Venha, eu vou te dar algo pra comer!

Abri a porta de casa e ele entrou correndo.
Na cozinha, peguei uma antiga vasilha do meu cachorro que havia falecido há dois meses e a observei carinhosamente, me lembrado do meu antigo companheiro, o que eu jurara ser o único e último.

Um uivo fraco, como se ele estivesse choramingando, ecoou pela cozinha me lembrando da tarefa a ser seguida.

Coloquei as tigelas com ração e outra com água no chão e me sentei, encostando minhas costas nos armários observando o doce animal comer.

Quando ele terminou deitou-se no meu colo de barriga para cima e esticou a patinha, deixando-a repousar sobre o meu peito. Afaguei a sua barriga e orelha, sorrindo feito boba apreciando sua fofura.

- Que tal ficar essa noite hein? Acho que essa casa é muito grande para uma pessoa só... - O olhei. - Okay, você fica, mas tem que tomar um banho...

Eu tinha uma leve impressão de que ele sabia exatamente do que eu estava falando, pois uivou como se discordasse, ainda em meu colo.

O levei para o banheiro e enchi a banheira na expectativa de que fosse fácil, afinal, eu era acostumada com um cachorro que adorava tomar banho morno e depois dormir.

Mas foi exatamente ao contrário, ele quem me deu um banho! Pulando em mim e lambendo o meu rosto, ele me derrubou dentro da banheira.

Me levantei e tentei lavá-lo o mais rápido possível. Depois de muito esforço, eu consegui e o animal já seco ficou correndo pela sala. Respirei fundo, feliz e satisfeita pelo trabalho ter acabado. Mas eu ainda precisava lavar e higienizar o banheiro.

Quando acabei, tomei um belo banho, voltei à sala e a "bolinha" de pelos estava deitada no tapete, de barriga para cima, com a cabeça para o lado e dormia tranquilamente.

Ri da situação, peguei o jantar na cozinha e sentei no sofá da sala ligando a televisão em um programa de fatos curiosos.

Ri da situação, peguei o jantar na cozinha e sentei no sofá da sala ligando a televisão em um programa de fatos curiosos

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Latidos, lambidas e até a próxima!

𝙏𝙞𝙩𝙖𝙣, 𝙤 𝙘𝙖𝙘𝙝𝙤𝙧𝙧𝙤 𝙘𝙪𝙥𝙞𝙙𝙤Onde histórias criam vida. Descubra agora