capítulo 20

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Daryl Dixon

Eu não entendo como é muito fácil e divertido está com a garota, Beth Greene. A conversa com ela simplesmente fluía naturalmente, na verdade ela falava a maior parte do tempo e eu apenas escutava.
Não é sacrifício nenhum, é bom escuta-la .

A garota loira gesticulava rapidamente e eu não vi nenhum momento sua mandíbula pedir descanso. Ela brotava com um assunto do nada como se saísse do chão de apartamento.

Minha mente confusa não entende como ela é simples e se sente tão a vontade perto de mim. Eu tenho noção de como não tenho uma cara amigável e evito falar ou expressar qualquer relação social, tratando as pessoas com ignorância as vezes. Sei que errado, mas foda-se. Nunca tive ninguém para falar que isso é errado e nunca tive paciência para aguentar alguém ditando o certo e o errado para mim.

As pessoas que me colocaram no mundo nunca me deram a educação sobre isso, pelo contrário. Era o mal do nome Dixon, que te torna um tremendo filho da puta e Merle foi o exemplo real dessa "educação" de merda.

Acordo dos meus pensamentos quando percebo quão longe eles foram tão rapidamente.

Olho para o lado do sofá e vejo Beth me olhando com dúvida. Eu nem sei que diabos a garota estava tagarelando.

_ você está bem?- pergunta.

_ sim. Por que?- pergunto.

_ estávamos falando sobre viagens e do nada você desligou - fala rindo.

_ é... Eu pensei longe- falo.

_ com certeza não é sobre viagens- fala. Olho para ela atento. Como ela pode saber tanto sobre mim? Nem mostrei ou falei nada para que ela entenda minha expressões ou devaneios.

_ tem razão- falo me levantando do sofá e vou até a cozinha pegar um copo de água.

_ sério? Então no que estava pensando?- pergunta curiosa. Ela se levanta um pouco e debruça na parte da frente do sofá e me encara com um sorrisinho.

_ como se isso importasse- murmuro para mim mesmo e tomo da minha água. - estava pensando em como você fala demais- falo assim que termino de beber. Ela me olha com a sombrancelhas erguidas.

_ tá brincando?- pergunta com um olhar abismada. Meus lábios tremem de lado , esboçando um projeto de sorriso.

_ não- falo.

_ às vezes, eu fico com dúvida se eu admiro ou odeio sua sinceridade- fala rindo de leve.

_ quando descobrir, guarde para sí - falo.

_ tudo bem. Eu acho que já sei a resposta de qualquer forma- ela fala.

Sinto o celular vibrar no bolso da calça e me surpreendo a quantidade de mensagens que tinha e eu nem se quer vi.

_ seu irmão marcou um reunião. Eu vou ter que ir- comunico.

_ tudo bem. Vou pegar minhas coisas e vamos- fala já se levantando do sofá e indo em direção ao quarto.

Não demora muito, ela aparece com com sua saia e sapato. Eu termino de amarrar o cadarço do coturno e pego meu colete e pertences.

_ vamos de carro ou de moto?- pergunta animada.

_ carro- respondo simples. Percebo seu semblante cair um pouco.

_ por que?- pergunta.

_ não vou pilotar com você desse jeito- falo apontando para sua saia e saio em direção a porta. Não quero ver sua reação, muito menos deixá-la constrangida.

The Agent DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora