capítulo 23

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Beth Greene

Depois daquele momento tenso. Seguimos pelo restante do mercado e depois finalmente finalizando as compras.
Não precisamos fazer uma grande compra, já que Daryl mora sozinho e quase não faz refeições nele.

Colocamos as compras no porta-malas do carro e seguimos para seu apartamento em silêncio. O que é comum perto de Daryl. Maior parte do tempo ele passa calado e observando, como se o silêncio fosse algum tipo de aliado.
Não sei como eu me sinto a vontade estando aí lado dele, ele é praticamente mudo em comparação ao meu falatório, mas ele nunca reclamou.

Não me incomoda seu silêncio, seus murmúrios, grunhidos, pequenas falas ou raras provocações; pelo contrário, eu admiro, faz parte dele, isso o torna mais interessante.

Sempre fui uma garota mais no meu canto e não tomava iniciativa, nunca me aproximei dos amigos de Shawn ou os homens que trabalha para ele, mas com Daryl simplesmente era diferente, talvez seja porque ele me deixa confortável de alguma forma, é diferente dos outros, não me afastou de forma tão mal educada como fez com o restante das outras pessoas que estão com ele no trabalho na oficina, na verdade ele até tentou manter uma certa distância, mas uma parte de mim gosta de provocar, Daryl Dixon.

Não nos beijamos mais dês do dia da festa e na manhã seguinte na sua casa, talvez aquilo tenha sido um erro, mas com certeza é um erro que eu gosto de cometer e faria isso mais vezes, mas não se remete somente a mim. Não quero deixar ele desconfortável, por mais que ele não reclamou no dia após a festa. Me sinto confusa em relação a isso tudo, a minha vontade de estar perto e querer mais intimidade, me sinto confusa com seu silêncio, com suas provocações, me sinto mais confusa ainda pelos meus pensamentos que sempre estão rodeadas dele.

_ você está bem?

Sou acordada pela sua voz baixa. Nem percebi que já estávamos chegando e Daryl estava passando pela a entrada da garagem.

_ sim. Só estava pensando em algumas coisas- falo e vejo ele balança a cabeça. Ele estaciona seu carro na vaga ao lado da sua moto e sai na frente.

Eu fico em dúvida só eu devo segui-lo ou ir para qualquer outro lugar que não seja perto dele.

Saio do carro e vejo ele pegando algumas sacolas e saindo na frente e ele deixou algumas sacolas ainda dentro do porta-malas, algumas bem pesadas por sinal. Pego as sacolas e fecho os porta-malas e me apresso para acompanhar ele.

_ deixou as sacolas mais pesadas para mim?- pergunto assim que chego perto suficiente. Escuto sua risada baixinha.

_ estou carregando mais sacolas- responde.

_ as compras são suas- falo. Paramos assim que chegamos na frente de sua porta. Ele finalmente me olha.

_ não pedir para pegá-las- fala e depois entra.

_ é, você está certo- falo, me dando por vencida. Coloco as compras em cima do balcão . Vou até a sala e me sento no sofá dando um suspiro alto de cansaço. Vejo o olhar de Daryl e em seu rosto uma careta permanente.

_ o que é? Estou cansada- fala.

_ se você diz - fala e rir de leve. Ele começa a guarda as comprar. Me aproximo para ajudar. Ele parece não incomodar com minha presença transitando no seu local.

Depois de guardamos todos os itens, ele aparece com duas colheres e os potes de sorvete e me encara com diversão.

_ já quer fazer isso?- pergunto. Pego a colher que ele me oferece. Vejo ele me encarar por uns segundos e depois volta ao seu trabalho de abrir os potes.

_ está com medo de perder?- pergunta. Sinto humor e provocação em sua pergunta.

_ é claro que não. Você está?- devolvo a provocação. Ele rir em resposta e enfia a sua colher no pote do meu sabor escolhido e eu faço o mesmo com o seu sabor.

Quando coloco na boca já imaginando que minha reação seria como eu tinha imaginado anteriormente, mas eu tenho uma surpresa, não foi como eu pensava.

O sorvete era realmente bom, tinha uma misturas de sabores e era muito satisfatório. Era o tipo de sorvete viciante, que até em dias de frio, você seria capaz de tomar.
Sem me conter eu acabo arrastando minha colher novamente para o pote, e eu podia ver a cara de diversão que Daryl me lançava, enquanto ele nem se quer tinha terminado a metade da sua colher.

_ tem algo a me dizer, loirinha?- pergunta .

_ cala a boca- falo e como o doce da colher e ainda pude desfrutar a gargalhada gostosa que ele solta ao ouvir minha resposta. Me esqueci até como se come, olhando para esse momento.

O que está acontecendo com você, Beth?

Estou ficando maluca?

_ tomou bastante sorvetes para concluir que esse era o melhor, né?- pergunto tentando desviar dos meus pensamentos. Ele solta um grunhido em resposta e pega uma colher do seu sorvete favorito agora.

_ em que sorveteria você costumava ir? - pergunto curiosa. Jogo o peso do meu corpo na outra perna, por está cansada de ficar em pé e ele parece notar a minha ação. Ele me pega os dois potes e equilibra a colher na boca e vai em direção a sala e depois os coloca na mesinha. Vou até ele e me sento no chão perto da mesa e ele se senta ao meu lado, escorando as costas na parte da frente do sofá.

Olho para ele esperando uma resposta, ele exita um pouco antes de responder.

_ uma sorveteria qualquer. Isso não importa - ele olha para o lado e parece preso em seus próprios pensamentos.

Não sei o que responder, talvez falar sobre si mesmo não seja algo confortável para ele.
Ele olha para mim um breve momento e retorna a falar.

_ Carl, filho de Rick, ele me levou em uma sorveteria perto da sua escola uma vez - ele fala. Seus dedos vão para sua barba como se refletisse nas suas palavras- Rick estava ocupado no dia e me pediu para buscar seu garoto, eu não sabia como conversa com uma criança como ele, mas aí ele começou falando sobre como estava calor e realmente o sol estava queimando até o crânio- ele rir da lembrança- ele me falou dessa sorveteria e eu acabei falando que nunca tinha ido em uma, então acabamos indo lá , ele me fez jurar segredo do seu pai, que estava tomando sorvete antes de almoçar- fala.
Sorriu com isso.
Daryl Dixon é realmente um homem interessante.

_ ele me parece um garoto legal- falo.

_ ele é um garoto fodão - fala. Sorrio das suas palavras que eram elogios para ele.

_ parece que você ganhou a aposta- falo. Ele me encara e seus lábios torcem em um projeto de sorriso.

_ é, parece que sim - fala. Olho para os potes e nem tinha notado que nós estávamos quase acabando com ele durante o curto momento de conversa.

_ talvez meus gostos não sejam tão bons quanto eu pensei- falo olhando para ele e atraindo sua atenção- deveríamos ter comprado um pote menor. Que desperdício.

_ é, seus gostos não são realmente bons mesmo- fala provocando. Olho para ele não acreditando na audácia que ele tem de provocar. - desperdiçar é algo feio, Greene, mas talvez esse sorvete não seja tão ruim assim.

_ quer dizer que...- começando falando esperançosa, mesmo sabendo que eu não estou certa. Vejo ele me encarar como seus olhos azuis, profundamente penetrante. Ele pega um pouco de sorvete de abacaxi da colher e arrasta o polegar nele. Fico em dúvida no que ele vai fazer, mas eu fico surpresa, sem reação e com uma sensação diferente e boa, quando ele passa o polegar pelos meus lábios, deixando o rasto de sorvete nele.

_ quero dizer que ele não é bom quanto o outro, mas eu pode ficar melhor agora- fala, antes de vim em minha direção e tomar meus lábios. Sem esperar mais nenhum segundo me envolvo mais no beijo, deixando ser aprofundando com a mistura doce no meio.

The Agent DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora