Capítulo 10

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Any

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Any

Qual é o ponto de iniciar um jogo que você sabe que irá perdê-lo no final? No fundo eu sabia que seria fraca. Não porque esqueci do que Josh me fez, mas justamente porque me lembro de tudo. Toda vez que ele me olha, com seus intimidantes olhos azuis eu me sinto presa em um redemoinho de emoções novas e antigas. Se existe realmente uma fita que une nossos destinos, ela está apertando cada vez mais forte.

Meu corpo ferve. É difícil respirar quando alguém parece ter levado tudo. Seguro fortemente a borda baixa do iate com medo de que minha necessidade em me afastar dele me leve novamente a queda. Ninguém nunca me disse as coisas que Josh me diz ou eu simplesmente nunca prestei atenção quando não ditas por ele. É impossível ignorar quando as palavras possuem poder de comprimir seu peito de tal forma que dói. Continua doendo o esforço que faço para não me apaixonar por ele, continua machucando acreditar nisso.

Me viro para olhar para ele. Meus olhos recaem sob Josh no alto do convés, iluminado por uma mistura da luz da lua e neon. Sua imagem sem camisa e com calça baixa é indecente. Ou talvez a indecente seja eu, que não consigo tirar os olhos da entrada de seu abdômen marcado. Se a Netflix fizesse uma releitura de Deuses gregos perdidos em NYC, ele seria um Poseidon perfeito.

Está tudo tão quieto. Eu só consigo ouvir o barulho do mar e minha respiração pesada. Quando o silêncio se faz presente, tudo que a gente sente fica mais alto. É como se nada mais existe. Nem passado, nem namorado, nem o resto do mundo. Só eu e ele.

Eu quero beijar ele. Não, eu não quero. Eu preciso.

— Quer saber Josh... — Digo em meio à uma respiração pesada. — Foda-se.

Corro da ponta do convés até o alto, descalça e com meu vestido colado ao corpo. Ainda venta bastante, me causando calafrios. É como um choque térmico, eu deveria sentir frio, mas estou quente. Josh sorri para mim, e isso é como um sopro no estômago. Ele abaixa os braços em minha direção, como quem se rende.

Esses braços, essas tatuagens, são impressionantes e me fazem sentir mais atraída a ele que nunca. Droga! Eu acho que estou obcecada.

Pulo em seus braços e Josh me agarra pela cintura, tirando meus pés alguns centímetros do chão. Mergulho minhas mãos em seu cabelo molhado e minha testa encontra a dele. Sua respiração é tão desregulada quanto a minha. Ele acaricia meu nariz com o dele algumas vezes, em movimentos de baixo para cima. Engulo seco antes de aproximar meus lábios dos dele, mas antes que eu o faça, um feixe de luz incomoda, nos atinge.

— Desculpe. Ouvi um barulho, não pensei que teria alguém aqui até essa hora. — Um segurança, devidamente uniformizado segura uma lanterna potente.

Josh me solta delicadamente e sinto falta da pressão que seus dedos faziam em minha pele. Ele solta um suspiro pesado e passa as mãos na própria barba, coisa que faz sempre que está zangado.

BadBoy PoisonOnde histórias criam vida. Descubra agora