Quatro anos depois do fim de um relacionamento conturbado, os destinos de Any e Josh se cruzam novamente, quando o CEO mais famoso no ramo de software relança um aplicativo mundialmente e é convidado para escrever uma coluna na aclamada revista Pois...
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Josh
Aperto o botão para chamar o elevador, mas minha cabeça continua voltando para Any e nosso breve momento. Minha perna direita não para de tremer enquanto encaro os números no alto da porta de metal. Eu secretamente desejei revê-la por tanto tempo, e agora tudo que eu quero é admirar a mulher incrível que ela é. Digna de devoção, apreciação, degustação e todas as coisas que posso fazer com ela e que minha cabeça não para de pensar sobre.
Cada segundo, cada minuto, cada hora, em que Any permitiu minha companhia, foi como se o resto do mundo não existisse, e alguns momentos eu pensei que eu poderia abrir mão de tudo para vive-los para sempre ao lado dela.
As portas se abrem.
— Boa noite! — Cumprimento o homem que sai.
— Boa noite! — Ele responde, e tenho a impressão que já o vi em algum lugar.
O elevador está vazio, entro e no momento que as portas se fecham me arrependo. Seguro a barra de ferro ao fundo enquanto ele desce, recriando em minha mente a sensação de tê-la tão perto, de tocá-la, de cheirá-la, de senti-la. Dou um soco no metal gelado que range e trepida. Eu tenho certeza que a boca de Any dizia uma coisa, mas seus olhos outra.
— Droga! — Levo a mão ao resto.
Vamos lá Josh, você não pode pensar com o pau, você precisa de um motivo. Ela é linda! Mas ainda não é motivo forte suficiente. Ela te deixa maluco, mas esse seria um claro motivo para ir embora. E... Ela disse que na segunda tudo voltaria ao normal, mas segunda estarei em uma viagem para Seattle, o que me obriga a voltar ao seu apartamento e adiar a normalidade e talvez beijá-la para criar um acordo formal.
Começo a andar de um lado para o outro, nervoso. Eu preciso beijar Any. É uma necessidade latente e irracional que está me enlouquecendo. O elevador finalmente chega ao saguão de entrada e aperto de novo os números para o andar dela.
— Por favor, segure as portas para mim. — Alguém pede do lado de fora, mas não o faço. Eu preciso subir o mais rápido possível de volta ao apartamento de Any.
Caminho em passos largos quando finalmente chego ao andar. Eu não sei porque estou fazendo tudo de novo, mas existe algo maior que qualquer razão me empurrando de volta para ela. É uma profunda e explosiva conexão emocional que eu não sei como parar novamente, ou talvez eu nunca tenha de fato conseguido.
A porta está entre aberta, dou uma batida curta e a empurro.
— Any! Eu acho que vamos ter de adiar... — O sorriso que eu tinha no rosto gradualmente se desfaz. Paro de falar no momento em que meus olhos a encontram, nos braços do cara que a pouco tempo esbarrei no elevador.
Ele a beija com ardor, como se precisasse dela para existir, com suas mãos cravadas em suas costas e eu sinto uma pontada incomoda no peito como se uma barra de ferro o perfurasse, além de um gosto amargo na boca, o mesmo gosto que senti quando proferi as palavras que me trouxeram até aqui "Eu dormi com a Heyoon" há quatro anos atrás.